Alexandre Mendes

A HISTÓRIA E O ENSINO DA HISTÓRIA DA CIÊNCIA

Alexandre Claro Mendes



A sociedade contemporânea cada vez mais tem como principal base de desenvolvimento o binômio ciência e tecnologia, porém é importante lembrar que esses elementos sempre estiveram presentes na história humana. Isso pode ser analisado quando o homem do paleolítico lascou uma pedra sobre a outra e criou o biface. Esse artefato feito de pedra talhada foi produzido usando algo fundamental que está presente e é essencial na ciência, isto é, a imaginação, além disso, foi também necessário um processo técnico para sua confecção, fato que se encontrava dentro da própria sociedade.

O objetivo desse artigo é fornecer subsídios ao professor para que ele possa utilizar a História da Ciência nas suas aulas, de modo que o estudante possua condições de ter maior conhecimento em relação aos processos históricos a partir de questões que discutam a ciência no contexto em que ela foi produzida; permitindo assim aos alunos compreender que a ciência não pode ser vista simplesmente como um processo evolutivo de algo “inferior para algo superior.”

A introdução do ensino da História da Ciência contribui para uma discussão interdisciplinar do ensino dentro das escolas e permite aos alunos interpretar o mundo de forma holística no sentido grego do termo, ou seja, compreendê-lo como um todo, pois ciência, arte, filosofia, religião, política, economia e mitologia pode ser analisada pelo prisma da História da Ciência.  Cabe ressaltar que essa interpretação não tem a pretensão de fornecer uma única resposta para aquilo que é selecionado pelo professor e estudado pelos alunos, mas sim de fomentar o debate através da possibilidade de outras hipóteses (MARTINS, 2006, p.17).

Atualmente pesquisadores da ciência, educação e da história acreditam que o ensino da história da ciência é um importante instrumento no ensino como forma de facilitar a compreensão da própria ciência e consequentemente da sociedade que a produz (MARTINS, 2000, p.47).

É importante lembrar que os aspectos da ciência de uma determinada época não podem ser desvinculados de seu contexto histórico, social e político (ZATERKA, 2004, p.30).

Nesse sentido o uso da História da Ciência nas aulas de História ajuda no cumprimento do Artigo 22 da LDB que diz: "A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para a cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos superiores."
Para que ocorra o desenvolvimento pleno da cidadania no mundo atual existe a necessidade de que os jovens tenham conhecimento técnico-científico. Esse conhecimento fornece a juventude algumas possibilidades de inserção no mundo do trabalho; vale lembrar aqui que uma das orientações existentes nas Diretrizes Curriculares Nacionais é o de vincular a educação com o mundo do trabalho e a prática social.

Essa tríada cidadania, mundo do trabalho e prática social deve ser encarada com um projeto interdisciplinar que é característica sine quo non da História da Ciência, daí sua função crucial de estar presente nas aulas de história. O momento atual de integração global de determinados valores políticos e morais estão cada vez mais contidos da difusão de um modelo de ciência e técnica que é Ocidental.

A compreensão não só desse modelo de ciência como também de outros através da história torna-se algo fundamental na proposta de um ensino de História que priorize não uma, mas sim várias sociedades humanas (BURKE, 2000, p. 12).

A História da Ciência: um breve relato

A História da Ciência não pode ser vista simplesmente como a união de duas coisas distintas que acabam por criar geralmente uma terceira com características próprias. (ALFONSO-GOLDFARB, 1994, p. 9)

Desse modo, faz-se necessário apresentar mesmo que forma sucinta alguns aspectos que perpassam a gênese da História da Ciência. Sua base teórica é a interdisciplinaridade, já que seu fundamento epistemológico está em três grandes áreas do conhecimento: filosofia, história e ciência. (MENDES, 2005) O nascimento da História da Ciência está diretamente relacionado com o próprio surgimento da ciência moderna ocorrida entre os séculos XVI e XVII. (FIGUERÔA, 2009, p. 154).

No interior da ciência moderna é possível encontrar alguns dos vestígios da história da ciência como o processo da expansão marítima europeia que permitiu aos europeus ampliarem seus horizontes geográficos, culturais e políticos. Além disso, a tomada de Constantinopla pelos turcos em 1453, fez com que os cristãos bizantinos procurassem abrigo na Europa Ocidental; levando consigo uma série de obras clássicas do mundo grego, ao lado desses livros era introduzido também o idioma grego que havia ficado durante muito tempo adormecido em grande parte continente europeu. O contato com diversas obras no original grego fez com que houvesse uma efervescência cultural na Europa que posteriormente recebeu nome de Renascimento (ALFONSO-GOLDFARB, 1994, p.10/20).

Foi durante o período renascentista, aqui compreendido entre os séculos XIV e XVII, que ocorreu o surgimento daquilo que se convencionou chamar de "Revolução Científica". Entretanto cabe ressaltar que, de acordo com os critérios historiográficos da História da Ciência, o seu uso é impróprio uma vez que ruptura total com o passado nunca ocorreu (MARTINS, 2001, p. 113/129). Sua utilização neste artigo serve apenas para apontar o tripé na qual a ciência moderna vai se fundamentar, isto é, observação, experimentação e matematização da natureza com o objetivo de atingir a dominação do homem sobre seu meio natural. A "Revolução Científica", teria sido o acontecimento que aumentou a influência da ciência, cultura e política da Europa Ocidental sobre diversas regiões do globo (DEBUS, 1996, p.01). O aparecimento da ciência moderna e consequentemente da "Revolução Científica" foi acompanhado de uma grande discussão paradoxal entre dois grupos que ficaram conhecidos como "antigos e modernos".

Para os antigos era fundamental retomar o conhecimento produzido pelos clássicos, já para os modernos, era necessário abandonar as autoridades clássicas e recomeçar, investigando a própria natureza. Nessa época, como também em períodos anteriores, não existia o conceito de ciência tal como conhecemos hoje. O que existia era a filosofia natural ou filosofia da natureza, denominação genérica que tem seu surgimento com os gregos que procuraram estudar e compreender a natureza. Isso incluía todos os fenômenos naturais do mundo físico, sendo assim, o objetivo da filosofia natural era o de estudar as causas físicas dos efeitos naturais.

O mundo físico abrangia um vasto campo de conhecimento para os padrões contemporâneos, isto é, matemática, astronomia, física, química, biologia etc. Essas áreas estavam inseridas numa mesma lógica do pensamento sem nenhum tipo de fragmentação na forma de pensar a natureza, porém não cabe nesse artigo uma discussão mais arraigada da filosofia da natureza.

É dentro desse contexto histórico da Europa dos séculos XV e XVII que tivemos o surgimento de homens como Nicolau Copérnico, Johannes Kepler, Giordano Bruno, Galileu Galilei e Isaac Newton, este último durante muito tempo teria sido o responsável pelo início da "Idade da Razão."

Esses pensadores foram e as vezes ainda são tidos como os grandes "gênios da ciência", já que parte de suas ideias foram apropriadas na atual forma de se produzir ciência.

O pensamento newtoniano talvez seja o maior exemplo pois, no século XVIII, e a partir de então, Newton passou a ser considerado o primeiro e o maior de todos os cientistas da era moderna. Ele teria ensinado a Europa a pensar segundo os moldes da razão fria e sem retoques (KEYNES, 2002, p. 382).

Aliás ainda hoje em muitas aulas de física o pensador Isaac Newton é apresentado como um modelo de cientista que utilizou a matemática e a física para desvendar os segredos da natureza. Isso teria sido possível devido a sua peculiar genialidade.

Essa forma como Isaac Newton é apresentado nas salas aulas da disciplina de física possui diversos problemas e distorce a maneira pelo qual ocorre a construção do pensamento humano. Além disso, muitos jovens passam a acreditar que a produção do saber científico é algo apenas para pessoas "iluminadas pelo saber".

Com a utilização do ensino da História da Ciência alguns desses problemas seriam eliminados, vejamos:

Numa aula sobre Renascimento o professor de história pode dar uma ênfase maior na "Revolução Científica" tendo como tema central Isaac Newton. Existem na língua portuguesa dois excelentes livros que são capazes de auxiliar o professor nessa tarefa são eles:  A vida de Isaac Newton de Richard Westfall e Newton - textos, antecedentes e comentários. O primeiro é uma biografia e o segundo uma coletânea de artigos onde é possível trabalhar utilizando fontes primárias e textos de especialistas na área. Este livro também foi organizado por Richard Westfall, ao lado I.B Cohen. O professor, ao abordar o tema de Isaac Newton em sala de aula, tem condições de mostrar aos alunos algumas características importantes da conjuntura da Inglaterra seiscentista e quais eram as áreas de interesse de nosso pensador como alquimia, teologia, hermetismo, cronologia bíblica etc. Atualmente essas áreas são descartadas pela ciência, já que são consideradas esotéricas, entretanto elas foram fundamentais para a formação do pensamento newtoniano e receberam o mesmo rigor de estudo das áreas mais conhecidas como a matemática ou a física.

Outro fator a ser destacado é a necessidade do trabalho em sala com o uso de documentos históricos. A utilização de fontes primárias fornece condições apropriadas para os alunos compreenderem que não existem gênios da ciência, uma vez que o processo de conhecimento é feito de permanências e rupturas. A frase postulada por Newton ajuda nessa orientação: "Se enxerguei além dos outros, é por que estava sobre ombros de gigantes."

Por isso, a História da Ciência procura estudar o processo de constituição do conhecimento. Porém, é importante lembrar que esse estudo não deve procurar no passado da ciência aquilo que deu certo no nosso presente, pois estaríamos cometendo um erro capital no nosso ofício, o anacronismo.

Portanto, a História da Ciência tem como objeto não só aquilo que hoje é aceito como ciência, mas que de algum modo já foi proposto ou aceito como ciência. O entendimento dessa questão é indispensável para a prática das habilidades e competências, a fim de lidar com a atual complexidade do mundo moderno e com isso promover a construção da cidadania e da prática social que passam a ser fundamentais no mundo do trabalho.

Bibliografia

ALFONSO-GOLDFARB, Ana Maria. O que é História da ciência? São Paulo: Brasiliense, 1994.
BURKE, Peter. História e teoria social. São Paulo: UNESP, 2000.
DEBUS, Allen G. El hombre y la natureza em el renacimiento. Trad. S. Rendón. 2ª. Ed. México: Fundo de Cultura Económica, 1996.
FIGUERÔA, Silvia. Ciência e Tecnologia, in PISNKY, Carla. Novos temas nas aulas de História. São Paulo: Contexto, 2009.
HILL, Christopher. Origens Intelectuais da Revolução Inglesa. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
KEYNES, JOHN MAYNARD. De "Newton, o homem". In COHEN, I Bernard & WESTFALL, Richard S. Newton - textos, antecedentes e comentários. Trad. Ver Ribeiro. Rio de Janeiro: Contraponto/Editora UERJ, 2002.
MARTINS, Roberto de Andrade. Que tipo de história da ciência esperamos ter nas próximas décadas? Episteme. Filosofia e História das Ciências em Revista (10): 39-56, 2000.
___.A história das ciências e seus usos na educação. Pp. xxi-xxxiv, in: SILVA, Cibelle Celestino (ed.). Estudos de história e filosofia das ciências: subsídios para aplicação no ensino. São Paulo: Livraria da Física, 2006.
___. "Como não escrever sobre História da Física" - Um manifesto historiográfico. Revista Brasileira do Ensino de Física. 23, 2001: p.113/129.
MENDES, Alexandre Claro.  A História da Ciência como instrumento da prática interdisciplinar nos cursos de graduação In: 1º Congresso de Graduação da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015. Anais. São Paulo: USP, 2015.

ZATERKA, Luciana. A filosofia experimental na Inglaterra do século XVII: Francis Bacon e Robert Boyle. São Paulo: Fapesp/Associação editorial humanitas, 2004.

46 comentários:

  1. E como despertar a curiosidade histórico - científica, em sala de aula, processos evolutivos da ação do homem na natureza, num mundo aparentemente "pronto"? Onde as respostas brotam de um simples apertar de botão de computador? É possível aplicar um bom conteúdo de história da ciência, sem deixar de levantar outros questionamentos que se fazem necessários, como questões sociais, por exemplo, com uma carga horária de ensino de História tão pequena?
    A interdisciplinaridade hoje, me parece essencial para o desenvolvimento da aprendizajem, porém, a efetiva aplicabilidade, a meu ver, esbarra na falta de interesse de professores fechados em seu próprio universo disciplinar.

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    1. A educação brasileira ainda sofre os resquícios de um ensino fragmentado que tem sua origem na corrente filosófica positivista surgida no século XIX. A formação dos professores realizada nos cursos de licenciaturas deveria ter uma preocupação maior no que diz respeito à interdisciplinaridade, afinal esse profissional do magistério vai trabalhar dentro uma unidade escolar que na sua essência é multidisciplinar devido a existência de um currículo que contempla não uma, mas diversas áreas do conhecimento.
      Como você já disse, a introdução da interdisciplinaridade é realmente algo crucial na educação contemporânea e os professores precisam ter consciência dessa realidade, mas para que isso aconteça não só o professor deve se preocupar com essa questão, mas também as nossas universidades que precisam urgentemente modificar alguns aspectos da estrutura de formação de nossos docentes brasileiros.

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  2. Olá! Sabemos que a Ciência, ou o conhecimento cientificamente produzido, está embasado nos pilares do método e da teoria, que são indissociáveis para o ofício do historiador. Mas como essas teorias formuladas podem ser aplicadas no ambiente escolar, mesmo com o uso das fontes, que são para a História, seus principais critérios de verificabilidade?

    Muito obrigada pelo ótimo texto.

    Daniele Pereira Coelho Nogueira

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    1. O ensino da História da Ciência também procura utilizar as fontes históricas que em grande parte é todo o desenvolvimento realizado pelo cientista. Isso significa que o historiador da ciência tem a obrigação de considerar toda a produção teórica e metodológica do cientista e não apenas aquela que posteriormente foi considerada certa.
      O conhecimento científico é um complexo processo permanências e rupturas, sendo assim, a busca pela compreensão de uma determinada teoria só pode ser entendida na totalidade das diversas hipóteses que foram postuladas ao longo da pesquisa. Essa perspectiva de análise da história da ciência está estritamente relacionada com a própria história já que todo o historiador precisa ter o cuidado de não procurar no passado aquilo que ele vê no presente. Nesse sentido a elaboração de uma teoria deve ser interpretada a partir do contexto histórico em que ela foi produzida.

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  3. De acordo com o texto foi possível perceber a importância da implementação da História da Ciência como fator influenciador no processo de ensino-aprendizagem. Contudo, você acredita que os professores já adquiriram essa consciência sobre a importância da contextualização da História da Ciência, em especial na disciplina de História?

    Simone Emy Strombeck

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  4. De acordo com o texto foi possível perceber a importância da implementação da História da Ciência como fator influenciador no processo de ensino-aprendizagem. Contudo, você acredita que os professores já adquiriram essa consciência sobre a importância da contextualização da História da Ciência, em especial na disciplina de História?

    Simone Emy Strombeck

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    1. Não. A História da Ciência no nosso país está presente apenas nos cursos de Pós-Graduação no nível Lato-Sensu e Stricto-Sensu. Quando se discute História da Ciência nos cursos de graduação de licenciatura ou ciências acaba-se reafirmando uma visão linear da ciência com o surgimento de grandes teorias que tem por trás grandes gênios. A História da Ciência não trabalha com essa perspectiva anacrônica.
      No caso dos professores de História muitas vezes encontramos um dualismo nas suas aulas com a utilização de um modelo tradicional herdeiro da Escola Metódica de Ranke ou a Nova História Francesa.
      Infelizmente a grande parte dos cursos de História no nosso país não contempla a História da Ciência como disciplina. Sua ausência no currículo universitário permite o uso da História da Ciência não como uma área consolidada do conhecimento, mas sim como uma espécie de “perfumaria”, o que é uma pena.

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  5. Olá!
    Tendo em vista que a compreensão da história da ciência no ensino de história deve contemplar várias sociedades humanas, como mostrar aos alunos que carregam consigo diferentes realidades sociais tal contemplação? A partir de que série eles são capazes de compreender e contextualizar essas questões?

    Att,
    Larissa Fernandes Trifanovas

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    1. Uma característica importante da história é que ela pode ser interpretada a partir de diversas realidades sociais. O ensino de história não precisa ser algo estático, ele pode e deve ser dialético, isto é, o diálogo passado e presente precisam ser constantes. Seria mediante a esse diálogo que é possível trazer essas questões da diversidade da realidade social para o cotidiano escolar.
      A formação do professor de história tem como um dos seus propósitos fornecer as habilidades necessárias para que ele tenha a competência de saber qual recorte histórico pode ser utilizado com seus alunos. Caso isso não tenha ocorrido durante formação; seu papel é o de suprir essa falha através de leituras especializadas, cursos e conversas com os colegas docentes.
      Uma questão importante e que merece ser pensada refere-se ao próprio cotidiano escolar do professor na escola, pois apesar da diversidade social dos alunos; quando necessário o professor pode escolher um determinado tema que possa contemplar o universo existente de uma sala de aula.
      O ensino de História da Ciência pode estar presente já no ensino fundamental I, porém é importante que o professor saiba fazer suas escolhas e recortes em relação aos temas.
      Além disso, ele deve procurar ser o mais didático possível devido à faixa etária de seu público. É importante perceber que ser didático não significa ser superficial ou fazer da História da Ciência um relato de curiosidades científicas.

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  6. Olá, Curso o 5º em pedagogia e gostaria de saber qual a certeza desses métodos darem certos? Pois nem todos os professores são pesquisadores, nem todos se aprofundam buscando uma melhor qualidade de aula.
    Outros métodos utilizados não seriam tão eficazes quanto esse?

    Att.
    Meyre Anne Trindade Nascimento

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    1. Atualmente os cursos de licenciaturas aqui no Brasil possuem uma diretriz que afirma que o ensino e a pesquisa não podem estar separados da formação do professor. Essa relação ensino e pesquisa precisa ser uma realidade do docente independente dos problemas educacionais que ainda se fazem presente na nossa sociedade; seja através de sua formação ou mesmo no exercício de seu ofício.
      A introdução da História da Ciência nas aulas de História, não é um método, mas sim uma proposta pedagógica que está ao alcance do professor, portanto cabe ao professor fazer suas escolhas sobre o seu conteúdo e como será possível o ensino e a aprendizagem de seus alunos.
      O ensino da História da Ciência fornece subsídios para uma prática docente interdisciplinar que acredito ser um ímpeto necessário para formação de nossos alunos.

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  7. Grande importância assume atualmente o ensino da ciência nesses tempos de criacionismo. Não seria importante aulas em laboratórios para demonstrar princípios científicos que estão presentes no dia a dia dos alunos?

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    1. O ensino de História da Ciência nas aulas de História não substitui o ensino das ciências , desse modo, as aulas em laboratórios devem ser ministradas pelos professores das respectivas ciências duras como a física, química, matemática etc.
      A História da Ciência tem na sua essência a interdisciplinaridade, apesar disso não podemos esquecer que cada ciência possui sua especificidade.

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  8. Meu nome é Maria Gabriela Ladeira Ribeiro, sou estudante do 5°semestre de Pedagogia, da FMU - SP. Sendo o estudo da história da ciência tão rico, abrangente e fundamental para a compreensão da formação e evolução das sociedades, qual será a razão dele ainda estar em segundo plano nas salas de aulas? Já que com ele pode-se relacionar e contextualizar política, economia, artes e tantas outras temáticas, não seria essa a oportunidade perfeita de exercer a tão falada e almejada interdisciplinaridade em sala de aula?

    Maria Gabriela Ladeira Ribeiro
    5° semestre Pedagogia Noturno- FMU -SP

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  9. Olá, ministro aulas para o ensino fundamental em uma rede pública de ensino, e devido ao restrito material de trabalho, além do ensino-aprendizado ser determinado pelas formas tradicionais, como você me orienta para a introdução da história da ciência, no contexto citado?

    Lidiane Álvares Mendes

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  10. Juliane Robles Costa do Nascimento8 de março de 2016 às 05:43

    Bom dia,
    Meu nome é Juliane Robles e estou cursando o 5º semestre de Pedagogia na FMU, período noturno.
    Levando em consideração que a História da Ciência é fundamental para que o aluno se aprofunde (sem receio) em um local que para ele é desconhecido, como o professor deve agir para despertar a imaginação desse aluno, assim como a pedra despertou no homem o simples desejo de esfrega-la sobre outra pedra obtendo um resultado de proporções tão amplas?

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  11. Olá, Bom dia.

    Podemos ver no presente artigo a importância do Ensino da História da Ciência para que os alunos possam ter maiores conhecimentos em relação a processos históricos existentes e para interpretar o mundo como um todo, contribuindo para discussões interdisciplinares. Levando em consideração essa importância, como os professores podem começar a trabalhar isso mesmo não tendo em sua formação muitas vezes esse conhecimento, e o contato com esse assunto ?. Pois muitos nem sabem da importância de aulas com essa temática, e muito menos que com a História da Ciência podem ter inúmeras possibilidades de trabalhar em sala com a interdisciplinaridade, atrelando esse conteúdo a diversas temáticas existentes.

    Att.

    Mariana da Franca Brasil (Pedagogia 5º Semestre)

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  12. Dado que a História da ciência é multidisciplinar talvez seja necessário melhorar o entendimento em filosofia e da própria ciência básica dos alunos para que eles tenham uma maior compreensão da história da ciência. Procede essa afirmação?

    Alexandre Black de Albuquerque

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    1. As aulas de História da Ciência não substituem as aulas de filosofia ou da ciência, entretanto elas podem ser um excelente instrumento para uma melhor compreensão das mesmas, e da própria história enquanto ação humana no tempo.
      A leitura do livro O que é História da Ciência da professora Ana Maria Alfonso-Goldfarb é uma importante porta para você compreender o diálogo existente entre História, Ciência e Filosofia.
      Em relação aos alunos caso eles tenham um conhecimento maior de filosofia e/ou ciência suas aulas terão uma mais participação e consequentemente uma maior reflexão sobre o papel das ciências na atual sociedade.

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  14. Sonia Arsenia Navarro Cernohovsky8 de março de 2016 às 11:23

    Através do artigo percebemos a importância da ciência no ensino de história. Como podemos ensinar um tema atual,sem correr o risco de entrar na ciência sem perder o foco ou mesmo entrar em outra área que não seja do nosso domínio?

    Att: Sonia Arsenia Navarro Cernohovsky

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  16. Como despertar a curiosidade dos jovens pelo ensino da história da ciência sendo que nas escolas em geral maioria não possui ambientes adequados para estimular e manter esses jovens focado?

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  18. Boa noite, lendo seu artigo pude identificar, que a construção científica, olhando no viés da história da ciência, não é somente atribuição á uma genialidade por parte do pesquisador e sim uma gama de acontecimentos interdisciplinares, que agregados, fornecem o resultado final ou em alguns casos resultado parcial de uma pesquisa. Pois como afirma o próprio Issac Newton "Se enxerguei além dos outros, é por que estava sobre ombros de gigantes." Gostei muito desta afirmação, pois desmistifica o fato de ser o cientista um gênio e o coloca em pé de igualdade, com qualquer que se preste á pesquisar com afinco, o ramo de estudo desejado. Se for esse mesmo o caminho; gostaria de sua resposta. Muito obrigado.
    ELIAS VIEIRA DOS SANTOS
    ALUNO DO 4º PERÍODO DO CURSO DE HISTÓRIA DA FMU

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  19. Como despertar a curiosidade dos jovens pelo ensino da história da ciência sendo que nas escolas em geral maioria não possui ambientes adequados para estimular e manter esses jovens focado?

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  21. Através do artigo percebemos a importância do ensino da história da ciência nas escolas mas sera que as aulas de um professor historiador daria conta de tal missão? já que Ciência tem como principio a observação, experimentação e matematização?

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  22. Como hoje todos falam da interdisciplinariedade dentro da sala de aula, acredito que duas disciplinas tão difíceis precisariam que os educadores trabalhassem de forma mais clara e atrativa para facilitar o conhecimento. História e o Ensino da História da Ciência, como trabalhar essas duas juntas em um único contexto?

    ASS:
    Joelma da Silva Oliveira

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  23. Qual a perspectiva mais adequada de abordagem da história da ciência para o historiador? Se optarmos por um estudo da ciência no tempo segundo as necessidades sociais, correlacionar o surgimento de novas técnicas de determinados segmentos (agricultura, medicina, militar) com as necessidades da sociedade da época, demonstrar os benefícios (ou malefícios, a bomba atômica é um belo exemplo) das inovações científicas para a vida dos homes? Acredito que por esse vinho nos aproximamos do campo do historiador, o estudo do homem, porém na história da ciência não caberia o estudo das evoluções tecnológicas, métodos e termos científicos estranhos ao historiador? Seria uma parceria com um professor de química, física ou biologia uma forma de complementar a parte de atuação do historiador, uma aula interdisciplinar entre os professores segundo sua área de atuação?

    Pedro da Costa Rodrigues 4sem de Licenciatura em História da FMU

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  26. Qual a perspectiva mais adequada de abordagem da história da ciência para o historiador? Se optarmos por um estudo da ciência no tempo segundo as necessidades sociais, correlacionar o surgimento de novas técnicas de determinados segmentos (agricultura, medicina, militar) com as necessidades da sociedade da época, demonstrar os benefícios (ou malefícios, a bomba atômica é um belo exemplo) das inovações científicas para a vida dos homes? Acredito que por esse vinho nos aproximamos do campo do historiador, o estudo do homem, porém na história da ciência não caberia o estudo das evoluções tecnológicas, métodos e termos científicos estranhos ao historiador? Seria uma parceria com um professor de química, física ou biologia uma forma de complementar a parte de atuação do historiador, uma aula interdisciplinar entre os professores segundo sua área de atuação?

    Pedro da Costa Rodrigues 4sem de Licenciatura em História da FMU

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  27. Nos dias atuais onde o mundo tecnológico está em evidencia e de fácil acesso a todos, como preparar os professores para lidar com tal desinteresse pelas as salas de aula? Compreendo pelo o texto que a História da Ciência aborda diversos temas como a Filosofia e diversidades culturais, como trabalhar então a interdisciplinariedade não deixando os momentos históricos de lado e ao mesmo tempo trabalhar temas atuais?
    Ingrid Aurea Bonfim de Oliveira - Pedagogia 5º Semestre-FMU

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  28. Posso então usar essa parte da História na sala de aula, a História da Ciência, mas em que período posso introduzir essa parte para que meus alunos possam tirar melhor proveito?

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  29. Olá professor sou o Raphael Lucas R. de Souza, do curso de história da (FMU) 4° semestre (matutino).
    De acordo com o texto lido do professor Alexandre vemos que, através da imaginação os homens encontraram aperfeiçoamentos necessários para a descoberta e o desenvolvimento no campo cientifico e tecnológico provando que, ciência e tecnologia “sempre estiveram presentes na história da humanidade”.
    O período renascentista cooperou muito para desenvolvimento cientifico na Europa central, num período de muitas barreiras construído na base de uma sociedade extremamente dogmática seguido de grandes reformas religiosas, avanços econômicos e a extraordinária busca por novas terras.
    Portanto conseguimos relacionar o que se deu nesse processo e como ele influência os dias de hoje e de como a ciência revolucionou em torno de verdades plausíveis formando assim “o problema da verdade” tema de analise filosófica e discussão do filosofo e escritor (Jacob Basarian) USP, que relata a respeito do conhecimento humano e suas vertentes, vulgar, cientifica e filosófica nos trazendo uma questão sobre, o que é a verdade, e o que ela representa? Antes deste período citado acreditava-se que a terra erra plana (planeta) e que os horizontes se findavam num grande abismo e depois através de Galileu Galilei e Nicolau Copérnico foi possível a descoberta dos movimentos da terra e que a terra não era plana como se pensava reforçando a questão de que se a tempos atrás a única verdade se consistia de que a terra era plana, quem nos garante que a verdade que vivemos hoje é verdadeiramente o certo a se acreditar.
    Acreditamos que somente as verdades concretas são a chave para todo esse paradigma, e que, temos que nos basear de verdades concretas para melhorias do avanço cientifico e tecnológico.

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  30. De acordo com o texto podemos observar que a história e a ciência estão interligadas, porém como podemos despertar nos alunos do ensino fundamental um maior interesse na parte histórica e não só na parte científica?

    Att.
    Elayne Priscilla de Freitas Tiritan
    Pedagogia - 5º B - FMU - Noite

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    1. A produção científica de uma época é indissociável de seu contexto histórico. Muitas vezes é ouvimos expressões nos grandes meios de comunicação como: “aquele cientista foi um gênio”, “ele estava muito além de sua época”. Essas afirmações tão recorrentes no senso comum e nas revistas ou livros de divulgação científica não tem espaço na História da Ciência, pois é fundamental entender que cada pessoa é filha de seu próprio tempo.
      Nesse sentido a narrativa da própria História da Ciência está embebida de História; portanto cabe ao professor ser responsável em fazer com que o aluno estabeleça essa relação.
      A ciência é produzida pelos homens e estes estão inseridos em um espaço e tempo específico, sendo assim, sua produção científica procura responder as questões do seu tempo, e não do nosso.
      Para os alunos terem essa compreensão que parece tão complexa é importante que o professor utilize documentos como problema e não como verdades.

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  31. Boa Tarde.

    Levando em conta a importância de se trabalhar com a História da Ciência, a partir de que ciclo isso pode ser discutido, desenvolvido e trabalhado com as crianças ? Pois muitas vezes temas como este de tamanha importância, quando trabalhados são de maneira muito breve e nem sempre apresentam metodologias para que de fato esses conteúdos levem esse aluno á reflexão. E mesmo que seja trabalhado esse assunto de forma breve, como oferecer subsídios para que o educando compreenda a essência do mesmo, provocando o interesse e o espírito investigativo ?

    Att. Alessandra Motta.

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  32. Acredito no poder positivo que essa interdisciplinaridade irá trazer para o ensino e aprendizagem, mas também cresce uma grande dúvida e receio á responsabilidade que isso nos trás como educadores e transmissores de conhecimentod, acredito que precisamos nos especializar, buscar conhecimentos profundos para poder atuar em sala de aula, mais do que qualquer outra disciplina, pois em meu ponto de vista é muito mais complexo, foge do que aprendemos na nossa formação escolar durante nossa vida, então se não temos ajuda da instituição que estamos nos formando e um mediador capacitado, talvez pudesse trazer um fracasso nesse processo.
    Então isso não deveria já entrar na grade curricular na formação de docentes? Não estamos atrasados quando falamos basicamente de ensinar a historia da ciência? Já não deveríamos estar sendo preparado para esse desafio?

    PRISCILLA KELLEN GOMES DE ARAUJO
    5º SEMESTRE DE PEDAGOGIA - FMU NOTURNO

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  33. Bom dia!

    Sou estudante de pedagogia, e estou cursando o 5º semestre.
    Como podemos trabalhar o ensino de História de forma que possa transcender os muros da escola?

    Att, Michelle Angelo da Silva Moura

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  34. Olá, achei seu texto muito interessante, acho importante a prática de se discutir o ensino da História da ciência. Mas como forma de fomentar essa discussão com afinco, é preciso começar suas abordagens desde a educação básica, não restringindo apenas aos limites acadêmicos, como você mencionou, é preciso estimular esse contato entre os alunos e as fontes, e por isso lhe trago a um questionamento de como proceder esse estímulo nos alunos e por que ainda é tão pouco corriqueiro essas práticas dentro do espaço escolar?

    Sabrina Gomes de Oliveira



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  35. Boa tarde,
    Você menciona em seu artigo que a base teórica da História da Ciência é a Interdisciplinaridade ( Filosofia, História e Ciências) e que o tripé da Ciência Moderna são: Observação, experimentação e matematização da natureza)." O processo de conhecimento é feito de permanências e rupturas." Por isso, a História da Ciência procura estudar o Processo de constituição do conhecimento.No âmbito da escola, da sala de aula o que se percebe é que a grande maioria dos professores apresentam aulas prontas, não passíveis de serem questionadas, por se tratarem da História vivida em conjunturas diferentes da que vivemos hoje.Com relação as permanências e RUPTURAS para o processo de CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO" - De que maneira trabalhar com nossos alunos s fim de atingirmos esse objetivo, uma vez que o Sistema(representado pelo governo) nos imobiliza de todas formas?
    Não seria a História da Ciência "boicotada" pela sua finalidade, que é o de mostrar o caminho para novas descobertas, que podem ser ou não interessantes para o Sistema Capitalista?

    Att,

    Kátia C. Ciccio
    Aluna do 5º Sem. do Curso de Pedagogia (FMU) noturno.

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  36. Durante a Revolução Científica uma discussão paradorsal entre dois grupos ficaram conhecidos como ''antigos e modernos''. Dentro de um contexto atual como podemos caracterizar tais conceitos de ''antigo'' e ''moderno'' observando a ciência como conhecemo hoje e analisando a natureza em seu atual estado, levando em conta suas modificações históricas causadas pelo homem e\ou até mesmo por fenômenos naturais?

    Att, Kamila Roque (estudante de pedagogia do 5º sem da FMU)

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  37. Como dito em um trecho do texto, os jovens acham que esses homens so conseguiram a descoberta e destaque por serem iluminados pelo saber, o que nao é verdade, já que qualquer conhecimento se constroi com estudos. Esses caras se destacaram a séculos atrás, numa epoca totalmente diferente ds nossa.
    Como o professor pode acabar com ideia de que somente as pessoas com "dom do saber" poderá ser um cientista? De qual maneira ele pode promover a iniciativa de pesquisa?

    Maisa Estrela de Oliveira
    RA 5529581
    5°Semestre de Pedagogia
    FMU

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  38. No ensino atual nas escolas os alunos conseguem compreender que a ciencia nao pode ser vista como um processo evolutivo de algo inferior para superior ? Vitoria Ligia
    pedagogia

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