Adauto Santos e Miriam de Lima

"BOLANDO UM SOM": ENSINANDO HISTÓRIA COM MÚSICA

Adauto Santos da Rocha
Míriam de Lima Cabral



A música é um proveitoso instrumento para o ensino de História, visto que funciona como meio de difusão de conteúdos através de uma justa harmonia entre sons, o que em síntese é tratado como eficiente no que diz respeito ao campo de ensino da História. Com o intuito de subsidiar a proposta desse simpósio e de apresentar possibilidades de ensino através da música, esse trabalho norteia-se na busca e na análise de composições dos mais variados estilos musicais, fundamentadas no repasse de conteúdos históricos, implícita ou explicitamente. No decorrer do texto serão apresentadas ao leitor algumas composições, a fim de fomentar uma discussão subjetiva sobre possíveis diálogos entre música e história, visando como as composições podem ser aplicadas no espaço educacional.

Por séculos a escola foi vista como um local de ensino estático, no qual o poder sempre esteve centrado nas mãos do professor, este por vez, convencionalmente, sempre estava posicionado "acima dos alunos", como um ser autoritário, munido de artifícios que o transformava em um profissional, na maioria das vezes, provocador de exclusão do aluno em relação às aulas. Embora esse método autoritário de ensino permaneça em vigor dentro de várias escolas nos dias de hoje, o profissional do ensino de história deve por si só procurar novos métodos de repasse dos conteúdos que deveram ser tratados no decorrer das aulas como descrito a seguir por Maria Auxiliadora Schmidt:

"As transformações da sociedade contemporânea, bem como as novas perspectivas historiográficas, como as relações entre história e memória, têm estimulado o debate sobre a necessidade de novos conteúdos e novos métodos de ensino de história". (SCHIMDT, 2004, p. 24).

Nessa perspectiva a escola atua como espaço social, e o professor de história como instrumento de ensino, no sentido de utilizar de outros meios de instrução fora dos artifícios convencionais para colaborar com a produção do conhecimento, nesse processo, o trabalho do professor está centrado em cobrar do aluno a leitura das fontes musicais, a fim de estimular o gosto pela leitura, tão quanto a formação de um senso crítico e analítico que será posto em prática pelo aluno através da análise das letras de determinadas músicas, enquadrando-as no contexto social vivenciado por cada aluno, buscando fazer um relação entre a música ali tratada e sua realidade.

A grande jogada na utilização de composições para o ensino de história do Brasil, por exemplo, é evidenciar o período da ditadura militar no país, como uma forma de mostrar que nem mesmo a censura e os métodos de repressão dos militares fez com que as músicas deixassem de ser produzidas, basta pensar apenas nas fortes composições abrolhadas na época por artistas que acabaram virando ícones da produção musical do Brasil até os dias de hoje, como Chico Buarque e Milton Nascimento por exemplo. A grande maioria da produção musical do Brasil em torno do Golpe de 64 esteve ligada ao feitio de denúncias metafóricas proliferadas contra o estado e suas práticas em relação à repressão, tortura e silenciamento da população.

A musicalidade serve como uma fonte inesgotável quando se trata de ditadura militar no país, é importante ressaltar ainda, que o ensino de História através da música engloba questões que vão além do quadro político, tais como: aspectos culturais, religiosos, além de tratar de expressões artísticas singulares de cada povo, como descrito por David no trecho a seguir:

"Como função cultural, o exercício da música possibilita vivenciar sentimentos pretéritos e presentes de uma época, pela percepção de como o compositor diz o que diz. Como código musical envolve a ideologia e a "maneira de ser" de determinada época, sua vivência estimula formas de pensamento distintas do rotineiro, o que significa dizer que a música possibilita ao educando atentar para seus sentimentos, alimentando-os com experiências vivenciadas e ressignificadas em novas relações. E se a obra musical aponta determinada direção aos sentimentos do educando (ouvir música é ouvir direções), ela também descortina novas possibilidades de que ele se sinta e se conheça, pois a maneira de vivenciá-la é exclusivamente pessoal, é exclusivamente função do receptor. Expressando sentidos irredutíveis a palavras, a música cria um espaço em que os sentimentos dos educandos acabam por encontrar novas e múltiplas possibilidades de ser." (DAVID, p. 133, 1990).

O ensino de história que explora o campo das mentalidades e das musicalidades faz da música um novo paradigma para o ensino da história, para tanto é necessário que o professor conheça características do período historiográfico ao qual a música está inserida e/ou será relacionada, a fim de evitar equívocos em relação à transparência dos conteúdos propostos, para que se possa fazer a analogia com o assunto indicado, sempre lembrando muito bem de fazer um recorte temporal ao que será apresentado aos alunos no decorrer das aulas.

É importante ressaltar que a ludicidade está invadindo os ambientes escolares, e é nesse sentido que a música entra no local de ensino, engendrada nos smartphones, tablets, e quaisquer outros objetos portáteis que permitam o armazenamento dos conteúdos musicais. Para Élia Santos:

"O lúdico é uma estratégia insubstituível para ser usada como estímulo na construção do conhecimento humano e na progressão das diferentes habilidades operatórias, além disso, é uma importante ferramenta de progresso social e alcance de objetivos institucionais" (SANTOS p.2, 2001).

Partindo do pressuposto de SANTOS, a música enquadra-se no vasto campo da ludicidade, ao tempo em que há uma harmonia entre aprender e brincar, nota-se que através da música o aluno absorve conteúdos se divertindo, estimulando além da capacidade de aprendizagem o prazer.

O uso dessa ferramenta no ensino de história visa desenvolver a percepção auditiva e a memória musical dos alunos, uma vez que a utilização das composições musicais nas aulas implicará em uma leitura acurada e árdua, para que seja possível uma proveitosa extração de informações dos textos propostos. A metodologia de ensino mostrará aos alunos como conhecer, apreciar e adquirir posturas de respeito frente às várias manifestações culturais do país e além dele, se for utilizada uma composição estrangeira, uma vez que a diversidade cultural está presente dentro e fora do ambiente de ensino, sendo necessário que o aluno desperte o senso de curiosidade frente ao contato com as mais variadas e distintas culturas.

Além de tudo, o aluno deve tomar partida de usos e funções da música em épocas e sociedades em distinção, visando a projeção de analogias, uma vez que a sociedade em que vivemos encontra-se mergulhada em uma espécie de eterna transformação e modernização, a música consequentemente acompanha essa modernização. Conforme descrito na parte inicial deste texto, apresentaremos a seguir algumas composições musicais brasileiras, em seguida serão feitos comentários que abriram horizontes para que os leitores e professores interessados pelo assunto pensem e repensem a música como instrumento no ensino de história.

Música:"Camelô"
Compositor: Edson Gomes

Sou camelô, sou do mercado informal
Com minha guia sou profissional
Sou bom rapaz, só não tenho tradição
Em contra partida sou de boa família
Olha doutor, podemos rever a situação
Pare a polícia, ela não é a solução não
Não sou ninguém nem tenho pra quem apelar
Só tenho meu bem que também não é ninguém
Quando a polícia cai em cima de mim, até parece que sou fera (2x)
Até parece (6x)
Sou camelô, sou do mercado informal
Com minha guia sou profissional
Sou bom rapaz, só não tenho tradição
Em contra partida sou de boa família
Olha doutor, podemos rever a situação
Pare a polícia, ela não é a solução não
Não sou ninguém nem tenho pra quem apelar
Só tenho meu bem que também não é ninguém
Quando a polícia cai em cima de mim, até parece que sou fera (2x)
Até parece (6x)

Nesta música o compositor baiano Edson Gomes tenta mostrar as dificuldades enfrentadas pelos profissionais que dependem do comércio informal para sobreviverem, sobretudo nas periferias dos grandes centros urbanos. É importante notar, que no desenrolar da música pode ser notado o enfoque em torno das dificuldades que circundam os vendedores de rua, dentre as dificuldades enfrentadas pelos camelôs, a repressão fiscal e a pressão policial estão entre as mais latentes, pois, fazem com que estes trabalhadores sejam excluídos do mercado de trabalho e fiquem a mercê da sorte, levando em consideração a venda informal como único meio de subsistência dos trabalhadores informais.

Música "Roda viva"
Composição: Chico Buarque

Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega o destino pra lá
Roda mundo, roda-gigante
Roda-moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a roseira pra lá
Roda mundo (etc.)

A roda da saia, a mulata
Não quer mais rodar, não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou
A gente toma a iniciativa
Viola na rua, a cantar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a viola pra lá
Roda mundo (etc.)

O samba, a viola, a roseira
Um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a saudade pra lá
Roda mundo (etc.)

A música Roda Vida de Chico Buarque é passível de fazer o ouvinte adentrar ao contexto social que o Brasil estava inserido durante o período da ditadura militar, no que diz respeito ao âmbito cultural da época, essa música acabou metaforicamente representando o fim da liberdade de expressão. "Roda-viva" faz alusão aos representantes da ditadura, na segunda estrofe quando Chico Buarque fala de destino, no sentido de lutar pela liberdade pessoal e artística, ele cita que "a roda viva carrega o destino pra lá e pra cá", refere-se à censura imposta às pessoas que dilacerava os planos de liberdade social. No sentido formal do termo, a expressão Roda-Viva é, conforme os dicionários, movimentos incessantes; corrupio; cortado; é ainda confusão e barulho, termos que implicitamente são percebidos na genial composição acima descrita.

A letra fala em dois momentos, um que manifesta o trabalho sistemático enfrentado pela população, e outro relacionado ao desejo das pessoas serem sujeitos de sua própria história, a isto está ligado a vontade de ter voz ativa, de ir contra a ditadura. Para ajudar na compreensão da letra e no contexto social em que foi escrita pode-se ler o nome da composição de "trás para frente", e o termo se tornará: Viva a dor, manifestando todo o sentimento envolvido durante a ditadura, período em que a música foi escrita e amplamente difundida.

Conforme planejado no corpo deste trabalho, nós dispomos de composições distintas relacionadas a temas históricos que podem ser trabalhadas em sala de aula, com uma análise da letra da música abordada em aula, tecendo desta maneira, parte dos conteúdos que devem ser apresentados pelo professor no decorrer das aulas.

Referências

ALBERTI, Verena. Manual de História Oral. 3. Ed.- Rio de Janeiro, RJ: Editora FGV, 2005.
ALVES, Hilana Oliveira de; SANTOS Maele dos.  O lúdico e o ensino de história. XVII Simpósio nacional de história. Conhecimento histórico e diálogo social, 2013.
DAVID, Célia Maria; FAGUNDES, Gustavo Henrique Godoy; JANUARIO, André Alves. Música: uma ferramenta para o estudo da História. Franca - SP: CAMINE, 2010.
DAVID, Célia Maria. Criação e interpretações musicais em França: palco e plateia (1872-1964). São Paulo: Unesp, 2002 (Dissertações e teses, v.6).
DAVID, Célia Maria. Música e ensino de história: uma proposta. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, 2009
GUIMARÃES, Márcia Noêmia. Os diferentes tempos e espaços do homem: atividades de geografia e história para o ensino fundamental 2ed.- São Paulo: Cortez, 2006.
LE GOFF, Jacques. História e memória. Tradução Bernardo Leitão - 5ªed. - Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2003.
PINSKY, Jaime. O ensino de história e a criação do fato. 14 ed -São Paulo : Contexto, 2012.
SCHIMIDT, Maria Auxiliadora. Ensinar História São Paulo: Scipione, 2004.
SILVA, Marcos A. da. Repensando a História. 1° Ed- Rio de Janeiro, RJ: Editora Marco Zero, 1984.
VICENTIN, Carolina; REBELLO, Bernardo. Balada dos Deuses. Darcy. UnB, Brasília, (2), p. 50-53, 2009.


130 comentários:

  1. Diante das discussões atuais sobre a base nacional curricular que o ministério da educação propos para o Ensino de História, você acha que o uso da música seria prejudicado?
    att.
    Gustavo Moura

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  2. Parabéns pelo texto, acho muito bacana estarmos discutindo novas metodologias para o ensino de história. Já ministrei alguns mini-cursos sobre o tema voltado para as musicas na ditadura e as questões foram múltiplas. Quanto ao ensino propriamente dito, acredito muito nestas ferramentas, pois muitos estudantes reclamam daquela história “enfadonha” e que muitas vezes não se sentem inseridos. Saliento que o trabalho com musicas regionais e letras que retratam o cotidiano são caminhos que levam a uma relação disciplina histórica – estudante muito proveitosa. Eu por exemplo trabalhei com a musica da banda Natiruts – Palmares 1999, onde abordei vários aspectos históricos e culturais do País. Dessa forma, gostaria de saber de vocês como foi a experiência com esta metodologia? E se conhecem o trabalho do professor Marcos Napolitano “História & Musica”? Abraço


    Ary Albuquerque Cavalcanti Junior

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    2. Olá Ary, gostei muito do seu comentário, o que posso dizer em relação a aplicação dessa metodologia no Ensino de História é que ministrei uma oficina junto com um amigo contemporâneo de universidade, o Cássio Junio Ferreira dentro da Semana de História da UNEAL Campus III, onde colocamos em prática tudo que vimos na teoria através de leituras, nossa oficina foi muito boa, sem dúvidas foi uma experiência singular. Em relação ao trabalho do professor Marcos Napolitano descrito por você no comentário acima não tive contato com sua obra, se você poder me disponibilize através do seguinte e-mail: adautorocha49@gmail.com
      Espero ter respondido, abraços.

      Adauto Santos da Rocha

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  3. Cyntia Elisa Couraça de Souza
    A proposta é excepcional, a utilização da musica em sala de aula não apenas leva o aluno á ter conto com uma fonte histórica, mas ele vivencia liza o momento histórico os sentimentos, expressões, ele consegue absorver o processo e entender como a representação do passado reflete nos dias de hoje.
    A ditadura trabalhada em sala de aula por meio das musicas aproxima se o aluno, ainda mais que é uma época tao "recente", e os próprios idealizam os cantores e composições.

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    2. Isso mesmo Elisa, obrigado pela contribuição.

      Adauto Santos da Rocha

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  4. Bom Dia,
    O uso da música no ensino de História não é recente, principalmente quando o tema da aula é a Ditadura Militar ou a atualidade. Acreditido ser muito eficiente para tais aulas, mas a minha pergunta diz respeito a outros temas, como poderia ser bem utilizada por exemplo na História Antiga, ou dos povos asiáticos, ou medievais, visto que os alunos tem uma certa restrição às manifestações artísticas que diferem muito do que estão acostumados a vivenciar, e sair um pouco dessa dicotomia Ditadura Militar e atualidades.
    Karina Rodrigues Nogueira de Souza, Catalão GO

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    2. Olá Karina, a intenção é justamente adequar vários temas propostos pelo ensino de história com composições, é óbvio que existem períodos remotos que pouco se sabe de produção musical, mas como a tecnologias está sendo renovada constantemente, e como a informática está cada vez mais presente na vida das pessoas não é difícil para o professor de história encontrar composições que auxiliem no ensino dos temas expostos por você no seu comentário, espero ter respondido, abraços.

      Adauto Santos da Rocha

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  5. RONILSON OLIVEIRA PAULINO7 de março de 2016 às 06:01

    Muito relevante a abordagem do texto, uma vez que a música é uma ótima ferramenta a ser utilizada na sala de aula, pois retrata determinado período histórico, além do mais torna as aulas de História mais recreativas e dialogadas, pois os alunos ainda veem a história como a matéria da decoreba.

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    2. A proposta é justamente essa Ronilson. Tornar as aulas de história, que para boa parte dos alunos é esgotante, um momento em que, através da música pertinente ao assunto proposto para aula os alunos se engajem e, dessa maneira atrelando a letra e melodia da música ao período histórico estudado.

      Grata pela contribuição.

      Míriam de Lima Cabral

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  7. Bom dia a todos!!!

    Gostei muito da sua metodologia de ensino, pois além de ser uma ferramenta dinâmica para nosso público adolescente, mostra aspectos sociais e das mentalidades de um período tão conturbado da nossa história. Chico Buarque soube mesmo driblar a censura com suas metáforas!!!

    Évila Cristina Vasconcelos de Sá.

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    2. Exatamente Évila. Chico Buarque, através de suas canções nos traz à memória os momentos tão conturbados como foi o período da ditadura militar, fazendo-nos refletir sobre todos os aspectos sociais inseridos durante período, sobretudo o clima político, torturas e a censura.

      Míriam de Lima Cabral

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  9. Podemos também inferir como exemplo a música de Cartola: Sala de recepção. Tal letra, mostra detalhes de denúncia social, tais como o cotidiano difícil do povo da comunidade da Mangueira. Por sinal, adoro essa canção!!!Enfim, entre tantas outras, Cartola é também uma excelente fonte de ensino e pesquisa em História.


    "Habitada por gente simples e tão pobre
    Que só tem o sol que a todos cobre
    Como podes, mangueira, cantar?
    Pois então saiba que não desejamos mais nada
    A noite, a lua prateada
    Silenciosa, ouve as nossas canções
    Tem lá no alto um cruzeiro
    Onde fazemos nossas orações
    E temos orgulho de ser os primeiros campeões
    Eu digo e afirmo que a felicidade aqui mora
    E as outras escolas até choram
    Invejando a tua posição
    Minha mangueira essa sala de recepção
    Aqui se abraça inimigo
    Como se fosse irmão"

    Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=XkBzd3s5KbU

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  10. Parabéns pela proposta. Precisamos sair da zona de conforto se queremos formar cidadãos realmente críticos do tempo presente.

    Att.
    Luan Moraes

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  11. Bom dia, sou acadêmico do terceiro semestre. Na minha vida estudantil sempre gostei da metodologia musical em sala, pois desenvolvia a curiosidade interpretativa a respeito do momento histórico. Diante disso, Qual possibilidade de uma matéria específica de introdução musical na história nas academias? Qual seria o procedimento burocrático para tal legalização? Fabrício Rodrigues Sozar.

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    1. Existe a possobilidade de criar uma disciplina com duas visões de música e história, uma visão centrada na teoria e outra voltada para a prática das aulas com música. Em relação à burocracia é o colegiado de curso junto aos gestores dos centros de ensino que decidem as disciplinas que devem integrar cada curso, no seu caso você pode fazer uma sugestão ao cordenador do seu curso e esperar o colegiado aprovar.
      Adauto Santos da Rocha .

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  12. Como o uso da música poderia ajudar o ensino de historia, com base no mito que é a mesma é uma matéria desnecessária para o dia a dia, e com nós professores iriamos lidar com a falta de tempo e estrutura de muitas instituições.
    Anderson Tenório da Silva

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    3. *OLÁ ANDERSON, DESDE MEADOS DO SÉCULO XIX QUE A HISTÓRIA PERDEU ESSE SENSO QUANTITATIVO E ELITISTA QUE NOS CONVÊM CHAMAR DE HISTÓRIA POSITIVISTA, QUERO DEIXAR CLARO QUE POR VOLTA DO ANO DE 1929 OS HISTORIADORES FRANCESES MARC BLOCH E LUCIEN FEVBRE CRIARAM UMA NOVA TEORIA PARA A ESCRITA DA HISTÓRIA (HISTORIOGRAFIA) ATRAVÉS DA ESCRITA DE UMA OBRA MAGNÍFICA CHAMADA "APOLOGIA DA HISTÓRIA OU O OFÍCIO DO HISTORIADOR", ESTE LIVRO FORMOU AS PRIMEIRAS BASES DA CHAMADA ESCOLA DOS ANALES, QUE PROPÕE O ESTUDO DAS MINORIAS, DAS MAIS VARIADAS CULTURAS E DOS MAIS VARIADOS MÉTODOS NO ENSINO DE HISTÓRIA. TALVEZ ESSA QUESTÃO DA DECOREBA SE DÊ ATÉ HOJE DEVIDO AO CONSTANTE USO DA TEORIA POSITIVISTA DENTRO DAS ESCOLAS, O QUE A MEU VER É PREJUDICIAL AO SENSO CRÍTICO DOS ALUNO, NESSE SENTIDO, É IMPORTANTE EXPLORAR DOS ALUNOS O QUE O HISTORIADOR FRANCÊS LE GOFF CHAMA DE "CAMPO DAS MENTALIDADES", A FIM DE CRIAR UMA SOCIEDADE MAIS CRÍTICA E INCÔMODA COM AS DESORDENS LATENTES DA NOSSA SOCIEDADE, O QUE A MEU VER DESCONFIGURA A HISTÓRIA ELITISTA E FACTUAL QUE ENALTECE FALSOS HERÓIS. DESTA MANEIRA LÁ SE FOI A DECOREBA.
      EM RELAÇÃO A FALTA DE TEMPO, ACREDITO QUE O MAIOR DESAFIO DO SER HUMANO SEMPRE FOI ADMINISTRAR O TEMPO, NO DIA QUE O SER HUMANO TIVER TEMPO PRA TUDO, A EXISTÊNCIA NÃO FARÁ SENTIDO, O PONTO X DA QUESTÃO ESTÁ NO SENTIDO DE ADMINISTRAR O POUCO TEMPO PARA TUDO.
      ESPERO TER RESPONDIDO SUAS QUESTÕES OU TER FOMENTADO OUTRAS, ABRAÇOS

      Adauto Santos da Rocha

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    4. Obrigado, pela resposta embora concorde com seu comentário a realidade é outra em sala de aula, mas depois de ler atentamente seu texto notei que podemos fazer a diferença agora, só nos resta tentar.
      Anderson Tenorio da Silva

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  13. É notório que a música é de grande importância na vida do ser humano. Nos dias de hoje onde a disciplina história vem recebendo críticas de pessoas infelizes que dizem que não tem utilidade publica, a música pode trazer a criança e o jovem para ter mais intimidade com a matéria, principalmente em forma de parodias de músicas atuais. Acho que isso é uma grande ferramenta para instruirmos cidadãos para serem conhecedores do seu passado e sua identidade.
    RAFAEL SANTANA CUSTÓDIO RIBEIRO

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    1. Isso mesmo Rafael, boa reflexão! Obrigada pela contribuição.

      Míriam de Lima Cabral

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  14. Quais os resultados que podem ser obtidos trabalhando com a música em sala de aula?
    Dulce Casagrande

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  15. Acrescento ainda, que podemos ensinar História Geral com músicas nacionais e internacionais. Exemplos das músicas do Iron Maiden, apesar de ser um grupo de heavy metal, suas letras trazem temas históricos como a II Guerra Mundial, Alexandre, O Grande, entre outros. São letras complexas e ricas em História. Ah, o cantor Bruce Dickson é formado em História! Mas também temos outras bandas internacionais e nacionais que poderemos oferecer ao aluno, durante as aulas e torná-las mais dinâmicas.
    Nesse caso, aí vem minha pergunta aos autores, o que vocês acham de inserir outros tipos de músicas, rock, pop, internacional, nas salas de aulas, existiria algum conflito com a base curricular?

    Danielle Christine O. Lacerda

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    2. Olá Danielle, a inserção de outros tipos de músicas é válida, uma vez que o lúdico é um recurso didático para o ensino. Músicas regionais, rock, pop, mpb, forró, sertanejo podem e devem sim ser inseridas, desde que a letra seja pertinente com assunto sistematizado em sala de aula, que leve a uma reflexão e conhecimento do mesmo. Acredito que não existiria conflito com a base curricular, afinal é um recurso bastante utilizado nas escolas, e que abrange todas as disciplinas.

      Míriam de Lima Cabral

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  16. Música eletrônica, hip hop é possível trabalhar com esse ritmo em sala de aula no ensino de História?

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  17. Música clássica apenas sinfônicas e valsas, quê tema em História posso inserir neste contexto?

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    1. Olá Leandro, você pode usar essas músicas nas aulas de História Medieval. Segue link com sugestões: http://www.ahistoria.com.br/musica-medieval/

      Míriam de Lima Cabral

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  18. Música clássica apenas sinfônicas e valsas, quê tema em História posso inserir neste contexto?

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  19. Ótimo trabalhar com musicas, principalmente regionais, deixam as aulas mais dinâmicas.Porém mtos alunos não "curtem" as melodias, dizendo ser antigas.
    Sara Araujo

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    1. Boa proposta de usar músicas regionais, uma vez que as mesmas estão mais próximas da realidade na qual os alunos estão inseridos.

      Míriam de Lima Cabral

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  20. ELOIS ALEXANDRE DE PAULA

    MUITO BOM O TEXTO, O IMPORTANTE TAMBÉM E ESTIMULAR O CONHECIMENTO DA MUSICA PELA POESIA, ISSO ESTIMULA O CONHECIMENTO. O QUE SENTIMOS NA REALIDADE ATUAL E A MORTE POÉTICA DA NOSSA MÚSICA

    ABRAÇOS

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  21. Muito bom seu texto, também tenho como objetivo de pesquisar a música como fonte histórica aplicada no ensino de história. Tenho como proposta a análise da representação da mulher em algumas músicas da MPB, percebendo seu papel na sociedade brasileira. Além do grande teórico Marcos Napolitano indicado pelo colega acima, posso te indicar a leitura de Geraldo Vince que faz grande discussão sobre a música como fonte de pesquisa histórica, e Kátia Abud, que trabalha exatamente a música no ensino de história.

    Cilésia Lemos

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    1. Olá Cilésia, muito grata pelas indicações de leitura.
      Abraços, Míriam de Lima Cabral

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  22. Venho trabalhando com música nas aulas de história faz muito tempo. Elas surgem como paródias, sambas, rock e ultimamente Rap. Confesso que os alunos precisam comprar a ideia e se interessar pelo objetivo proposto em conjunto com eles. A história nos permite compreende-la de diversas formas. Minha pergunta é: Por que há tanta resistência em usar a música nas aulas de História?

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  23. Ivanize Santana Sousa Nascimento7 de março de 2016 às 16:58

    Não tenho dúvidas de que a música faz milagres e na história deixa a aulas mais dinâmicas.A própria paródia é algo divino.Uso bastante esse recurso e componho sempre paródias.Por outro lado,tem alunos que realmente,não curtem.Mas nem sabem que perdem de aprender com mais facilidade os fatos históricos.O negócio é se ligar no mundo musical moderno,sem apelar para as músicas sem letras.há músicas atuais bem legais e significativas como de Saulo,gospel,Zeca Pagodinho,etc.

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    1. Concordo com você Ivanize. A música no ensino de história possibilita aulas bem interessantes. Obrigada pela contribuição.

      Míriam de Lima Cabral

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  24. Boa noite, o tema é bastante instigante para as aulas de História e proporciona um modo lúdico de aprender e fazer história, porém alguns temas como de História Antiga ou Medieval não consigo encontrar facilmente músicas para relacioná-los. Alguém tem alguma indicação para?
    Abraços, Paulo Cosme dos Santos.

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    2. Olá Paulo. Eu não tenho indicações para estes temas, porém posso te sugerir o uso de paródias. É uma maneira de atrelar a música ao ensino da história, além de despertar o senso crítico no aluno, produção textual, a pesquisa histórica.

      Segue link de alguns sites com sugestões:

      1. http://www.ahistoria.com.br/musica-medieval/ (Aqui você pode escolher algum tipo de música pertinente ao período, e levar para sala alguma delas e remeter ao século em que pertenciam).



      2. http://cafecomhistoriaeeducacao.blogspot.com.br/2012/01/lista-de-musicas-para-trabalhar-em-sala.html

      3. http://www.gostodeler.com.br/materia/16353/usando_o_rock_nacional_nas_aulas_de_historia.html


      Míriam de Lima Cabral

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    3. Muito obrigado pelas informações. Abraço, Paulo Cosme dos Santos.

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  25. O uso de parodias abordando o assunto seria uma boa introducao da musica na sala de aula?

    Flavio Vinicius Dias de Oliveirra

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  26. Olá Flávio. Sim, o uso de paródias na aprendizagem é um recurso didático que desperta no aluno, o senso crítico, a estimulação do hábito de leitura e produção textual, o interesse dos conteúdos trabalhados em sala de aula de uma forma diferente e divertida, além do contato com a pesquisa histórica.

    Míriam de Lima Cabral

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  27. Imediatamente me veio à mente a música Ebony & Ivory e Imagine. Seria prejudicial usar uma música em inglês, sendo que temos tantas em português? Considerar o mérito de cada uma seria também incluir? Adriana Weber

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    1. Olá Adriana, usar músicas em outros idiomas distintos do português do Brasil não seria uma má ideia, mas a meu ver a exploração do campo musical Nacional é mais notória a o assunto for ensino de História.
      Adauto Santos da Rocha.

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  28. Imediatamente me veio à mente a música Ebony & Ivory e Imagine. Seria prejudicial usar uma música em inglês, sendo que temos tantas em português? Considerar o mérito de cada uma seria também incluir? Adriana Weber

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  29. Boa tarde, em seu texto foi apresentada duas canções para se trabalhar, com está ferramenta que é a música. Não seria interessante que o professor saísse de sua zona de conforto e criasse paródias de diversos temas históricos usando melodias de músicas conhecidas?

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    1. ESSA É SEM DÚVIDAS UMA BOA IDEIA.
      Adauto Santos da Rocha.

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  30. Este comentário foi removido pelo autor.

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  31. O uso de músicas no ensino é algo sensacional, faz com que os alunos notem que aquelas canções não foram escritas por motivo qualquer, e que possuem todo um contexto histórico. Parabenizo pelo trabalho e te peço indicações de bandas, canções que podem ser utilizadas no ensino de História Antiga. Obrigada
    Leticia Mello dos Santos

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    1. Olá Letícia. Segue algumas sugestões de músicas e sites que tratam da temática.

      http://www.vestibular1.com.br/turbinando/historia.htm

      http://educacao.uol.com.br/noticias/2009/04/15/de-bossa-nova-a-iron-maiden-e-possivel-aprender-historia-com-musica.htm

      Alexander "the Great" - Iron Maiden - canta a história do conquistador do mundo antigo Alexandre, o Grande.

      Míriam de Lima Cabral

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  32. A música tem facilidade de romper com o óbvio, levantando novas questões problemáticas e abordando temas até então pouco debatidas em sala de aula. Diante da rica quantidade de músicas que existem apesar de não estarem organizadas em acervos como ocorre com os documentos históricos. Desta forma, como o professor poderá aplicar esta metodologia em sala de aula?
    Qual será a forma de avaliar os alunos através da musica?

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    1. Olá Márcia. O professor precisa buscar, ou ter conhecimento prévio de músicas que se encaixem a determinados períodos históricos, uma vez que ele queira utilizar deste método em umas suas aulas. Quanto a forma de avaliar, poderá ser feita através da análise das letras, a medida que o aluno encontrou no verso de determinada música, algo que ligue ao período proposto para o tema discutido em sala de aula. Alguns sites disponibilizam músicas, juntamente com os temas em que elas podem ser utilizadas. Segue sugestões:

      http://cafecomhistoriaeeducacao.blogspot.com.br/2012/01/lista-de-musicas-para-trabalhar-em-sala.html

      http://www.gostodeler.com.br/materia/16353/usando_o_rock_nacional_nas_aulas_de_historia.html


      Míriam de Lima Cabral

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  33. Esse método de ensinar os alunos historia através de musicas, é um tanto quanto positivo e como pode dar uma forma de ensinamento mais dinâmico e diferente, de que, normalmente os alunos estão acostumados. Além de passar a enriquecer e aumentar o repertório de conteúdo cultural dos alunos. Gostei muito do artigo e as musicas que foram apresentadas seguida dos comentários. Realmente o período da ditadura militar no pais tem um serie de coletâneas musicais que tratam desse época. Gostaria de saber se existem mais estudos específicos sobre o ensino da musica dentro da sala de aula e se existem pesquisas sobre musicas que contam outros períodos da historia no Brasil.

    Rafael Silva
    Email: rafa_aeski@hotmail.com

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  34. Olá! Minha dúvida é na questão de seleção das músicas para com o público... As músicas são sempre bem aceitas pelos alunos? Mesmo esses gêneros antigos terem saído de moda? Percebo que os jovens em geral tem muita dificuldade em apreciar músicas antigas. Como fazer com que eles tenham esse "prazer" em ouvir, já que estamos falando em dar mais dinâmica para as aulas.

    Obrigado a atenção!

    Márcio de Oliveira Souza
    souzamos100@yahoo.com.br


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  35. Olá Miriam Lima, concordo com vc que a música é realmente um grande avanço para o ensino nos dias atuais ainda mais agora que os alunos/as se interessam cada vez menos pelos estudos, a música sendo um tema que envolve variados conteúdos é uma forma de atrair os alunos/as do meio educacional.
    Eliane Luczkiewicz da Silva.

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  36. Olá, colega!
    Tudo bem?!

    os estudos com enfoque nas identidades e cultura afro-brasileira muito me apetecem e, nesse caso, sempre lanço mão das músicas como recursos exitosos no trabalho pedagógico. Diante do seu esforço em se debruçar sobre essa perspectiva, o que você me diria a respeito do uso das músicas como instrumento para disseminação da reflexão e rompimento do preconceito racial nas escolas?
    Parabéns pelo trabalho!

    Antonio José de Souza

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  37. Olá amigos Adauto Santos da Rocha
    Míriam de Lima Cabral, parabéns, ótimo trabalho, amei o texto de vocês, foi de grande valia para mim. Vocês foram felizes em exemplificar com duas músicas, uma mais recente, que trata de problemas sociais atuais, que é a questão dos camelôs que são barrados pela polícia (Música de Edson Gomes) e a outra mais antiga que se diz respeito a época da ditadura militar, defendendo a liberdade de expressão (Música de Chico Buarque). A minha pergunta a vocês é: Qual a ideia que vocês me dão para fazer com que alunos do Ensino Fundamental 1 (que são alunos mais novos) se sintam atraídos em assistir as aulas de histórias trabalhando com músicas históricas que foram compostas num período de tempo bem longe da época deles? Sou baiano e aqui as crianças e jovens estão acostumados a ouvir "Trá trá trá".
    Ass.: Ivo Silva - Licenciando em História.

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    1. Olá Ivo. Posso te sugerir o uso de paródias, um recurso didático que desperta no aluno, o senso crítico, a estimulação do hábito de leitura e produção textual, o interesse dos conteúdos trabalhados em sala de aula de uma forma diferente e divertida, além do contato com a pesquisa histórica.

      Míriam de Lima Cabral

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    2. Valeu, obrigado, ótima sugestão.

      Ivo Silva.

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  38. Olá prezados Adauto Santos da Rocha e Míriam de Lima Cabral, boa noite! Quero inicialmente parabenizá-los pela iniciativa em dialogar acerca da relação Música e Ensino de História. Este é um campo bastante profícuo para análise historiográfica, no qual se tornam infindáveis as possibilidades de (re)leituras dos acontecimentos, não apenas no campo da História. Tenho a algum tempo dialogado acerca da relação História e Música, inclusive no ensino de História, e concordo com Napolitano(2002) quando este afirma: "além de ser veículo para uma boa ideia, a canção[...] também ajuda a pensar a sociedade e a história. A música não é apenas “boa para ouvir”, mas também é “boa para pensar”. Assim, tenho refletido acerca dos usos de composições como fonte histórica e o excelente mergulho no passado que este tipo de documento nos proporciona. Em outro trabalho(NAPOLITANO, Marcos. Fontes Audiovisuais: a história depois do papel. In: PINSKY, Carla B. (Org.). Fontes Históricas. São Paulo: Contexto, 2008, pp. 235-289.), entretanto, Napolitano fala acerca da necessidade de se possuir um método específico de análise deste tipo de documento para que não cometamos o erro de realizar uma análise superficial das composições. Assim, gostaríamos que pudéssemos refletir acerca destas colocações apresentadas por Napolitano, pois na comunicação aqui apresentada senti falta de alguns elementos que são essenciais para um trabalho de análise de músicas como fonte histórica. Menciono por exemplo, a localização espaço-temporal das composições apresentadas(Música:"Camelô", Música "Roda viva") bem como a “análise do contexto histórico no qual o compositor se insere, como agente social e personagem histórico”(Napolitano, 2008, p.259), ou seja, a análise historiográfica das próprias músicas: Quando foram produzidas? Por quem? Qual o lugar social onde foram produzidas? De que forma construíram os sujeitos presentes nos textos musicais? Quem são estes sujeitos? Quais mudanças e permanências podem ser capturadas a partir dos textos musicais? Quais temáticas podem ser pensadas através das músicas? Quem eram seus ouvintes? Entre outras. Estas são portanto, algumas questões que considero pertinentes em um trabalho que pensa a relação Música e História, especialmente no que confere a Metodologia do Ensino de História já que sugere o método através do qual o professor irá trabalhar com as composições em suas aulas. No mais parabenizo pela iniciativa, que possamos dialogar mais acerca destas questões.
    Atenciosamente,
    Lucilvana Ferreira Barros

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  39. Olá,

    primeiramente, quero ressaltar que adorei ler esse artigo, pois acredito que ele atende à uma necessidade atual: a inovação na sala de aula. Os alunos não se contentam com as famosas aulas tradicionais, e o seu texto vai dando um arcabouço teorico para a mudança dos professores em relação ao uso correto das músicas no ensino de História. Fiquei curiosa em saber sobre o ensino da música no periodo da Ditadura Militar. Gostaria de saber se já utilizou em sala de aula, e se sim, qual foi a reação dos alunos.

    Agradeço desde já.

    Ana Flávia Crispim Lima

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  40. Conforme Maria Auxiliadora Schimidt: as transformações da sociedade contemporânea,bem como, as novas perspectivas histográficas, como as relações entre história e memória,têm estimulado o debate sobre a necessidade de novos métodos de ensino de história.
    Que transformações ocorrem na aprendizagem do aluno para o seu desenvolvimento integral utilizando a música como recurso inovador e estimulador nas aulas de História, quando o docente não tem o domínio da linguagem musical?

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  41. Bom dia Adauto

    Primeiro queria parabenizar pelo trabalho. Em segundo queria perguntar se você já trabalhou com a música "Não foi Cabral" da MC Carol em sala. Vi matéria sobre o assunto e me interessei.

    Att.
    Fábio Liberato de Faria Tavares

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  44. Parabéns pelo trabalho. As músicas utilizadas nas aulas de história do Brasil focando o período do regime militar de 1964 bem como os sambas de exaltação da era Vargas acredito que podem ser identificados como elementos culturais que através dos projetos políticos, objetivos ideológicos e das tensões sociais se constituem como um processo formativo que estabelecem um processo representativo dentro de uma dada época, pois as realidades sociais são decorrentes da ação de um sujeito ou dos sujeitos assim como diria o filósofo Schopenhauer: “o mundo é minha representação”. Desse modo, como vocês observam esse aspecto formativo e representativo dentro do repertório musical atual nas aulas de história? Para vocês, os professores de história tem um certo preconceito com o funk e com o rap? Vocês acham que esse desprezo que alguns professores dão a esses seguimentos musicais da atualidade inviabilizam o debate histórico com as questões reais do presente como: violência e gênero? Assinado: Pedro Henrique de Carvalho. Instituição: UECE.

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  45. Boa noite
    A proposta é superinteressante, visando a melhora na aprendizagem sou totalmente a favor de novos métodos de ensino, porém gostaria de saber como fazer os alunos levarem a sério a proposta da musicalidade como método de aprendizagem?
    Pergunta: como fazer os alunos levarem a sério a proposta da musicalidade como método de aprendizagem?
    Assinado: Luciana Costa Teixeira

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  46. BOA NOITE
    EXISTE UMA CERTA RESISTÊNCIA DOS PROFESSORES NO USO DE MUSICA EM SALA DE AULA?
    ASSINADO:LUCIANA COSTA TEIXEIRA

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  47. Boa Noite! Adauto Santos da Rocha e Míriam de Lima Cabral, adorei o texto, pois é uma temática que gosto de discutir em meus textos (Monografias de graduação e de especialização), e praticar em sala de aula com meus alunos. Entretanto, uso como teóricos básicos os livros de Marcos Napolitano e/OU de José Ramos Tinhorão. Mas foi bom ler seu texto, pois fez novas indicações de leituras que não conheço, por exemplo, SCHIMDT (2004)e DAVID (1999). Enfim, pergunto aos autores e participantes desse debate, Por que é tão difícil encontrar em sala de aula docentes que trabalham com a relação História e Música como documento?

    JOSÉ CUNHA LIMA

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    1. Olá José Cunha. Desde já agradecemos. Bem, usar o lúdico como ensino não é algo em que todos os professores estejam abertos a utilizar, além do comodismo, de alguns continuarem concordando com a decoreba, falta de tempo, falta de interesse dos alunos, falta de conhecimento do uso da música como fonte para ensino da história, são fatores que levam a tal dificuldade.

      Adauto Santos da Rocha
      Míriam de Lima Cabral

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  48. Boa noite!

    Acho muito interessante essa proposta de utilizar a música para explicar alguns fatos e períodos históricos.

    Gostaria de saber se costumam abrir para discussão entre os alunos qual foi o entendimento deles sobre as músicas apresentadas.
    Existe alguma resistência por parte deles em relação às músicas? Levando em consideração que a maior parte dos jovens, hoje em dia, nem sequer ouviu falar em Chico Buarque, Geraldo Vandré, etc.

    Obrigado
    Fernando Henrique Carreiro de Souza

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    1. Olá caro Fernando,já ministrei junto com um contemporâneo de graduação, o amigo Cassio Junio, uma oficina no CAMPUS III da UNEAL (Universidade Estadual de Alagoas) que tratou justamente do ensino de História a partir da musicalidade, versando principalmente na análise de composições por parte dos participantes.
      Em relação a falta de conhecimento dos alunos, a respeito de Chico Buarque, Geraldo Vandré, Elis Regina, entre outros que fizeram parte do cenário musical durante o período da ditadura, a proposta é justamente essa, apresentar esses cantores e como suas músicas, cantadas em metáforas fizeram parte desse cenário no Brasil.

      Espero ter respondido, abraços.

      Adauto Santos da Rocha.

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  49. Olá, gostaria de parabenizá-los pelo texto, em que essa temática é muito pertinente para o ensino de História, com suas múltiplas contribuições.
    Assim, gostaria de saber como encontrar/escolher uma música que seja adequada ao tema que está sendo aplicado, para que o aproveitamento seja muito significativo para a aula? Alguma sugestão/leitura para que o professor possa estar confiante em se trabalhar música em sala de aula, para que consiga conduzir um diálogo proveitoso e estimulante? Seria esse receio de não dominar o conteúdo da música, o significado, muitas vezes de seus versos, que fazem com que muitos professores não utilizem a música em suas aulas? Ou seria por comodismo, quem sabe?
    Abraços.
    Andressa Hermes

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    1. Obrigada Andressa. A escolha da música deve ser pertinente ao tema proposto para a aula. Como o exemplo escolhido no artigo, ao tratar do período da ditadura militar no Brasil, usar as músicas do Chico Buarque: Roda-viva, Cálice, Acorda amor, entre outras. Acredito que o receio e o comodismo de alguns professores sãos os motivos para esse artifício não ser usado em suas aulas.
      Segue link de alguns sites com sugestões:

      1. http://www.ahistoria.com.br/musica-medieval/ (Aqui você pode escolher algum tipo de música pertinente ao período, e levar para sala alguma delas e remeter ao século em que pertenciam).



      2. http://cafecomhistoriaeeducacao.blogspot.com.br/2012/01/lista-de-musicas-para-trabalhar-em-sala.html

      3. http://www.gostodeler.com.br/materia/16353/usando_o_rock_nacional_nas_aulas_de_historia.html


      Abraços, Míriam de Lima Cabral

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  50. Diana Jane Barbosa da Silva9 de março de 2016 às 21:04

    Boa noite aos autores. Trabalhar com a música na sala de aula é realmente um desafio muito interessante, já fiz uma atividade com música com meu grupo do Pibid de História em duas turmas do ensino médio, e foi um debate que rendeu muita discussão. Foi uma experiência muito significativa para mim como professora em formação. Por causa disso eu tive uma identificação com esse texto. Aqui vocês trazem algumas possibilidades para trabalhar com música na sala de aula, sendo ela como fonte histórica e/ou recurso didático, e também justificam porque trabalhar com música. E pensei em outras ideias, a partir daí, acho interessante também trazer ritmos diferentes para as aulas de História, por exemplo, quando a aula for cultura indígena usar a rádio yandê ... o Mbube para falar sobre África do Sul, iam ser aulas ricas em diversidade.

    Diana Jane Barbosa da Silva

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    1. Olá Diana, muito obrigada pelas sugestões.

      Míriam de Lima Cabral

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  51. Adauto como deve se dar a abordagem junta a coordenação pedagógica, da escola na qual eu ministro minhas aulas pois tentei implantar um projeto de cinema no ensino de história e a mesma achou inviável pois estaria retirando o tempo de duas aulas semanais destinados para o conteúdo programático, sendo que apresentei o projeto no qual eu iria estar trabalhando o mesmo conteúdo mais com um linguagem alternativa ou seja cinema e a mesma não foi aprovada, ou seja alguns gestores não perderam esse senso quantitativo da história. e parabéns pelo texto.

    Ass: Anderson Tenório da Silva

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  52. Boa tarde, a proposta é excelente.
    Mas como ministrar uma aula para alunos de ensino médio, a partir da temática musical se esses alunos não leem. EU CREIO SER IMPORTANTE eles PELO MENOS terem uma noção do assunto a partir de outras leituras, ou só com a musica é possível fazer essa contextualização?

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    1. Olá Danielle. Sim, existe esta dificuldade quanto a falta de leitura por parte do alunado. No entanto com a música é possível fazer essa contextualização, uma vez que a música estará atrelada ao assunto, contendo em sua letra conteúdo para o aprendizado de determinado período histórico, obviamente que o papel do professor neste momento é de suma importância, ele precisa nortear seus alunos.

      Míriam de Lima Cabral

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  53. Este comentário foi removido pelo autor.

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  54. Olá, primeiramente gostaria de parabenizar os autores pelo texto e dizer que foi de uma importância extrema pra mim já que, trabalho como análise de canções.Trago aqui uma dúvida que sempre esteve presente no percurso da minha pesquisa e ainda não foi sanada. A plataforma teórica da minha pesquisa concentra-se na obra de Marcos Napolitano que nos propõe a produção de uma analise impar de cada canção. Permitimos dessa maneira que a música adquira um espaço único na história. Por fim, de que maneira podemos produzir um espaço onde o aluno sinta-se seguramente livre para efetuar as análises a partir do seu senso crítico deixando de lado a preocupação com a intenção autoral e com a questão imposta pelo professor?

    Grata

    Tamires Nepomoceno Franco

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    1. Olá Tamires. O professor deve buscar músicas que se adequem a temática de sua aula e usar deste artificio afim de promover o conhecimento para seus alunos, despertando assim o seu senso crítico.

      Míriam de Lima Cabral

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  55. Adauto como deve se dar a abordagem junta a coordenação pedagógica, da escola na qual eu ministro minhas aulas pois tentei implantar um projeto de cinema no ensino de história e a mesma achou inviável pois estaria retirando o tempo de duas aulas semanais destinados para o conteúdo programático, sendo que apresentei o projeto no qual eu iria estar trabalhando o mesmo conteúdo mais com um linguagem alternativa ou seja cinema e a mesma não foi aprovada, ou seja alguns gestores não perderam esse senso quantitativo da história. e parabéns pelo texto.

    Ass: Anderson Tenório da Silva

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  56. Boa noite, professor Adauto.

    A música “Roda Viva” do Chico Buarque não se aplica muito mais a uma sátira do poder da televisão em fabricar ídolos? A peça conta a história do artista sonhador Benedito Silva, escolhido pelo aparato televisivo para ser transformado em novo ídolo nacional. Para tanto, Silva tem que abandonar suas raízes e se moldar conforme as exigências do mercado e da emissora. Quando se cansa dessa farsa e tenta retornar às suas origens, não tem forças para lutar contra a máquina que o esmaga. Gostaria que me tirasse essa dúvida.

    Obrigado e um abraço.

    João Washington da Costa

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    1. Olá João. A música Roda Vida de Chico Buarque é passível de fazer o ouvinte adentrar ao contexto social que o Brasil estava inserido durante o período da ditadura militar, no que diz respeito ao âmbito cultural da época, essa música acabou metaforicamente representando o fim da liberdade de expressão. "Roda-viva" faz alusão aos representantes da ditadura, na segunda estrofe quando Chico Buarque fala de destino, no sentido de lutar pela liberdade pessoal e artística, ele cita que "a roda viva carrega o destino pra lá e pra cá", refere-se à censura imposta às pessoas que dilacerava os planos de liberdade social. No sentido formal do termo, a expressão Roda-Viva é, conforme os dicionários, movimentos incessantes; corrupio; cortado; é ainda confusão e barulho, termos que implicitamente são percebidos na genial composição acima descrita.

      A letra fala do desejo das pessoas serem sujeitos de sua própria história, a isto está ligado a vontade de ter voz ativa, de ir contra a ditadura. Para ajudar na compreensão da letra e no contexto social em que foi escrita pode-se ler o nome da composição de "trás para frente", e o termo se tornará: Viva a dor, manifestando todo o sentimento envolvido durante a ditadura, período em que a música foi escrita e amplamente difundida.

      Míriam de Lima Cabral

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  57. Boa noite, professor Adauto.

    O uso da paródia de músicas não teria, ao mesmo tempo, dois problemas: o de ser apenas um recurso de memorização de conteúdos e, ao mesmo tempo, retiraria grandes possibilidades de utilizar a riqueza das músicas originais e as várias possibilidades de analisá-las em seu contexto original?

    Obrigado pela atenção e um abraço.

    João Washington da Costa.

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    1. Olá João Washington. Não vejo dessa maneira, depende de como o professor irá administrar esse recurso, uma vez que para se feita a paródia é preciso ter conhecimento prévio da temática proposta para a aula.

      Míriam de Lima Cabral

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  58. Boa noite Mírian e Adauto, gostaria, primeiramente, de lhes parabenizar pelo texto.
    Tenho interesse em saber como introduzir de maneira eficiente a análise das letras de música na sala de aula, pois no contexto de muitos alunos, alguns gêneros musicais não são conhecidos, e isso, pode levar ao desinteresse e atrapalhar o andamento da atividade.
    Obrigada e mais uma vez, parabéns pelo texto.

    Camila Onofre.

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    1. Olá Camila. Obrigada! Respondendo tua pergunta, podemos te sugerir que procure um estilo de música em que seja possível inserir no gosto musical de seus alunos, ou a construção de paródias em cima de músicas que eles gostem mais, é um bom recurso, uma vez que além do conhecimento, estará despertando o senso crítico, análise e produção textual.

      Abraços,

      Adauto Santos da Rocha
      Míriam de Lima Cabral

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  59. Sabemos que a sociedade científica conhece muito bem os benefícios que a música traz à alma, e consequentemente, ao corpo. E ensina de forma prazerosa e menos enfadonha. Para utilizarmos adequadamente a música no ensino de História, é necessário que conheçamos, pelo menos, algumas características dos períodos da história da música para que possa fazer a devida correlação com o assunto que esteja sendo ensinado.
    Já trabalhei com a música utilizando-a como elemento secundário, em outras palavras, a música era analisada e discutida após a leitura de um texto ou uma aula expositiva sobre um tema histórico, e o resultado era surpreendente. Uma vez que a música se configura em uma estratégia para motivar os alunos em sala de aula.
    Francisca Arlene da Silva Pinho

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    1. Justamente Francisca, concordamos com sua reflexão. Agradecemos a contribuição, abraços.

      Adauto Santos da Rocha
      Míriam de Lima Cabral

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  60. Boa noite.
    A metodologia aplicada é muito interessante, porém, infelizmente ainda encontra-se algumas resistências por parte dos alunos, de seus pais e até mesmo por parte da escola.
    Como conscientizar os alunos/pais e direção da escola que uma aula com a utilização de musica ainda continua sendo uma aula?

    Raul Luiz de Souza Machado de Souza

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    1. É importante deixar claro que através da música apresentada em aula é pertinente ao assunto proposto e que através desta é possível aprender história com o uso de outras fontes, que vão além dos livros. E essas fontes não ficam restritas as músicas, como o artigo em questão, mas que podem ser: filmes, fotografias, visitas a museus, desde que essas fontes se adequem ao campo da escola.

      Míriam de Lima Cabral

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  61. Olá amigo, você acredita que a música seria mais instigante ao aluno em sua aprendizagem e desenvolvimento de consciência histórica, que o filme como representação de algum acontecimento histórico a ser interpretado,e problematizado? Ou os dois métodos são bons acessórios para que as aulas de história como muitos dizem, nao se tornem chatas? Pois sabemos que a tecnologia tornou mais fácil a busca de fontes e ferramentas.
    Ass: Jonathan Evangelista de Araujo

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    1. Olá Jonathan. Ambos são métodos excelentes para o conhecimento de determinado período histórico, o filme leva o aluno para dentro do cenário da época, em que possível uma visualização do momento, a música leva o aluno a ter um pensamento crítico e fazer uma análise mais minuciosa, uma vez que algumas músicas estão escritas em metáforas e não traduzem sua essência de forma direta.

      Abraços,

      Adauto Santos da Rocha
      Míriam de Lima Cabral

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  62. Em aulas de história na oitava série, pude ter o prazer de aprender história através da música, que o professor compunha, mas essa estratégia era nada mais para a decoração de conteúdo, não para a problemática e interpretação do aluno sobre os acontecimentos e suas permanências no presente. Diante disso, você crê que a música composta de um assunto do livro didático pode ser útil se com ela trazer uma realidade histórica que o aluno possa perceber e analisar criticamente assim podendo aquilo ter significado?

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    1. Ass: Jonathan Evangelista de Araujo

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    2. Ola Jonathan. Claro que a música é útil para o ensino de história e traz consigo não apenas melodia, mas reflexões sobre determinado acontecimento histórico e, através de determinado o aluno pode analisar, criticar, compreender, aquele período.

      Míriam de Lima Cabral

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  63. Olá! Caros Adauto e Míriam excelente texto. Realmente o trabalho com música no ensino de História é muito relevante e significativo. Principalmente nos dias atuais que os alunos precisam de algo novo que os motivem a aprender. Sendo assim, gostaria de saber a opinião de vocês a respeito dessas novas modalidades musicais que estão cada vez mais populares entre nossos jovens Ex: Funk, hip hop, etc. Como utilizar e se é viável trabalhar com essas modalidades na sala de aula nos dias atuais?

    Muito obrigada.
    Jeseanie Rocha de Araújo Pavan.

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    1. Olá Joseanie. Então é interessante buscar músicas que se adequem ao estilo que os alunos mais gostem, porém que a letra se encaixe na realidade do texto elucidado em sala de aula, o uso de paródias também é um bom recurso na ausência de letras para determinado estilo musical. Em relação ao funk, hip hop é possível sim trabalhar com essa modalidade, uma vez que estes abrangem outras temáticas, não apenas o funk ostentação, por exemplo. Segue link com a letra da música da MC Carol - "Não foi Cabral".

      https://www.letras.mus.br/mc-carol/nao-foi-cabral/

      Abraços,
      Adauto Santos da Rocha
      Míriam de Lima Cabral

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  64. Primeiramente, parabéns pelo texto. O tema proposto é bastante sugestivo para aqueles professores inovadores que sempre buscam estar atualizados e trazer coisas novas à sala de aula.Seria bastante interessante até fazer uma interpretação de uma múcica com os próprios alunos a partir do conhecimento que eles já tenham acerca de determinado período.
    Rebeca Araújo

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    1. Olá Rebeca, obrigada pela contribuição.

      Míriam de Lima Cabral

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  65. Prezados boa tarde

    Parabéns pelo texto realmente mostra uma série de possibilidades para se ensinar história. Minha pergunta é, a possibilidade de usar músicas que exaltem a as culturas indígenas e africanas. Pois um dos problemas é a falta de material para essas aulas !

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  66. * no comentário anterior esqueci de me identificar

    Prezados boa tarde

    Parabéns pelo texto realmente mostra uma série de possibilidades para se ensinar história. Minha pergunta é, qual a possibilidade de usar músicas que exaltem as culturas indígenas e africanas. Pois um dos problemas é a falta de material para essas aulas !

    Érica de Oliveira Santos

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    1. olá minha cara, realmente quando se trata de ensino de história munido de músicas indígenas e africanas há uma certa deficiência na quantidade de produções cabíveis ao ensino, sobretudo pela presença musical marcante dos colonizadores europeus, mas posso citar duas músicas que utilizei quando ministrei uma oficina junto com meu amigo de graduação Cassio Junio na Universidade Estadual de Alagoas voltada para o ensino de História. A primeira música ressalta a causa indígena no Brasil e se chama "índios" do grupo Legião Urbana, a segunda música é uma produção do cantor e compositor Emicida e se chama "Mufete", música que faz alusão a temática afro no Brasil, sobretudo ressaltando as ancestralidades afro no país.
      ESPERO TER RESPONDIDO SUA QUESTÃO OU TER FOMENTADO OUTRAS, OBRIGADO.

      Att, Adauto Santos da Rocha.

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  67. Boa tarde,
    Parabéns pelo texto, a utilização da música no ensino de história contribui diretamente para o processo de ensino aprendizado do aluno, pois ao resgatar uma fonte histórica próxima a realidade em que está inserido possibilita uma aproximação do aluno ao contexto histórico estudado.
    Carlos Eduardo Celdeira Costa

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  68. Olá Carlos Eduardo, o intuito é justamente mostrar que existe outras fontes para se estudar história, e que o conhecimento através da mesma vai além do livro didático, outros livros...

    Míriam de Lima Cabral

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  69. Alfredo Coleraus Sommer11 de março de 2016 às 12:12

    Gostei muito da sua colocação sobre música e acho muito bom para entendermos algumas coisas .Sou musico nas horas vagas e tento fazer alguns versos mas coma matéria em si tenho dificuldade,existe alguma forma de melhorar essa dificuldade com rimas e qual tipo ou titmo de musica se adapta melhor para os alunos,o funk ,por exemplo??
    grato
    Alfredo Coleraus Sommer

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    1. Olá Alfredo! Todos os ritmos são acessíveis para a aulas, porém é necessário que o mesmo se enquadre na temática de aula, pra que não fuja do objetivo principal que é "Ensinar História com Música". Posso te sugerir o uso de paródias, já que você é músico, acredito que terás uma facilidade maior para se adequar. Espero ter respondido.

      Míriam de Lima Cabral

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  70. Olá! Caros Adauto e Miriam, como vão? Tudo bem?
    Venho através deste parabenizar pelo trabalho, uma vez que também acredito e utilizo muito dessa ferramenta em minhas aulas, sei que dá resultado! A questão que idealizo aqui, na verdade passa próximo de uma sugestão para projetos que podem vir a ser aplicados futuramente. algo como: já pensaram na organização de uma feira ou evento musical com temáticas históricas e até de ordem interdisciplinar, onde os alunos poderiam apresentar paródias ou mesmo as interpretações de canções já existentes? Penso que poderia ser de grande valia e até de revelação de novos talentos na poesia e na música. O que acham?

    Abraço

    Vitor Angelo C. Frasca

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    1. olá caro Vitor, em relação a organização de eventos eu já havia falado em alguns dos outros comentários que ministrei junto com um contemporâneo de graduação, o amigo Cassio Junio, uma oficina no CAMPUS III da UNEAL (Universidade Estadual de Alagoas) que tratou justamente do ensino de História a partir da musicalidade, versando principalmente na análise de composições por parte dos participantes. Nós recebemos um convite para ministrarmos nossa oficina em um outro CAMPUS da instituição acima citada, localizado na cidade de Santana do Ipanema.
      Em relação a participação dos alunos, pretendemos abrir espaços para apresentação de paródias.
      Espero ter respondido, abraços.

      Adauto Santos da Rocha.

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  71. Parabéns pelo texto e orientações. Vou aproveitar a ideia. Acredito que além de ouvirmos algumas músicas em sala, levarei impressa para analise em equipe. Assim contribuiria também com língua portuguesa leitura e interpretação de texto. É uma boa ideia?

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  72. Olá primeiramente gostaria de Parabenizar ao autores. Acredito muito na importância da ludicidade em sala de aula e como professora da rede pública de ensino a cada dia busco meios para otimizar as minha aulas de História, mas quando trabalho música em sala de aula percebo as caras feias dos meus alunos, pois utilizo MPB, Pop Rock Nacional e percebo que eles não gostam pois não são gêneros musicais que se enquadram na realidade cultural deles.Então como utilizar a música nas aulas de História e motivar a participação dos alunos de forma efetiva?

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    1. Olá Chrislianni. Obrigada! Como já muito citado em comentários anteriores sobre a mesma questão, te sugeri o uso de paródias. Seus alunos podem escolher a música que mais lhe agradem e adaptarem para o tema proposto em aula.

      Abraços, Míriam de Lima Cabral

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  73. Utilizo a música na sala de aula e atrai bastante os alunos, acho que é esse o dever do professor tentar resgatar de qualquer forma algo que chame atenção dos alunos, pois a tecnologia esta em contato direto com eles e as músicas atuais também e colocar uma música que fez parte da história com letras que fazem sentido para explicar o conteúdo ajuda bastante no entendimento deles. Até fazer com que eles utilizam músicas atuais com parodias de conteúdos que estão sendo estudado é ótimo para eles entenderem.

    Patricia Lilian Mokfa.

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  74. Exatamente Patricia. Obrigada pela contribuição.

    Míriam de Lima Cabral

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