DESENVOLVENDO A CONSCIÊNCIA HISTÓRICA E
SOCIAL NA VIDA DOS ALUNOS E ALUNAS
Ana Carolina Prohmann
Apesar de muitos
acreditarem que a História só serve para compreender o passado, isso não é
verdade. A História nos mostra o presente, estudar o passado para poder
compreender o que está acontecendo agora, todas as relações presentes na
sociedade, que existiram até então, e são importantes hoje. Qual seria a função
da História? Estudar a ação dos seres humanos no tempo, e não o passado por si
só. É isso que deve ser percebido pelos alunos e alunas em sala de aula.
Dessa forma quando o
professor e professora estão em sala de aula, eles têm que fazer relações com o
ser humano na história, é ele o sujeito da história. O aluno e aluna por sua
vez tem que se ver presente nessa história, tem que se sentir representado/a,
caso contrário a História não fará sentido algum. Por isso, não podemos
valorizar apenas o conhecimento do professor e professora. É o conhecimento
dos/as alunos/as e professores/as, uma troca de conhecimentos. Nunca podemos
partir do pressuposto de que a classe não tem consciência histórica, ela tem
sim, e é nisso que o/a professor/a tem que trabalhar. Utilizar essa consciência
em sala de aula, valorizando, e até mesmo desconstruindo e formando outras
formas de consciência histórica.
Para o aluno e aluna
adquirir mesmo o conhecimento, não basta uma transmissão, é necessária uma
produção, o conhecimento deve ser produzindo em sala de aula, e não entregue ao
aluno/a pronto, não pode ser apenas uma assimilação de informações. A História
tem que ser interpretada, analisada, relacionando com a vida prática dos alunos
e alunas. Temos que pensar sempre nos usos da História para a vida humana. Não
seria apenas ensinar, é apreender para que serve a História, se nem os/as
professores/as souberem para que serve o que estão ensinando, como os alunos e
alunas vão entender o sentido de estudar certo tema. Por isso da importância
dos/as professores/as estarem cientes do que estão ensinando. É necessário
entender o mundo que nos cerca, perceber a realidade do/a aluno/a, os temas
ensinados não vão ser aplicados da mesma forma para cada turma, os professores
sempre terão que modificar seus métodos.
Segundo Rüsen (2001) a
consciência histórica está presente em três dimensões do tempo: o passado,
presente e futuro. Esses três tempos fazem sentido a uma narrativa histórica. A
consciência histórica nos leva as narrativas críticas e a problematização,
dessa forma os temas trabalhados devem estar relacionados com a vida prática,
se não for dessa forma a História não tem sentido.
Temos que pensar para que serve a história para os alunos e alunas, como foi dito tem que ser útil para a sua vida prática, durante o Regime Militar em 1964, por exemplo, os sujeitos históricos interessavam ao estado, foi nesse período que foram criados os heróis, nós no papel de professores/as temos que sempre estar revendo os temas aplicados e repensando a função prática na vida do/a aluno/a. São eles que tem que se ver representados/as na história. No Regime Militar a história servia para ensinar a cidadania, seria para respeitar a pátria, não era nem para o aluno ou aluna, nem para o professor ou professora pensar, os/as alunos/as e professores/as tem que pensar se isso mudou.
Temos que pensar para que serve a história para os alunos e alunas, como foi dito tem que ser útil para a sua vida prática, durante o Regime Militar em 1964, por exemplo, os sujeitos históricos interessavam ao estado, foi nesse período que foram criados os heróis, nós no papel de professores/as temos que sempre estar revendo os temas aplicados e repensando a função prática na vida do/a aluno/a. São eles que tem que se ver representados/as na história. No Regime Militar a história servia para ensinar a cidadania, seria para respeitar a pátria, não era nem para o aluno ou aluna, nem para o professor ou professora pensar, os/as alunos/as e professores/as tem que pensar se isso mudou.
Essa mudança pode ser
percebida a partir de como os temas são trabalhados em sala de aula. Se existe
pesquisa histórica, utilização de fontes, se os temas são tratados de
diferentes maneiras, com vários recursos. Não apenas passar o conteúdo para o/a
aluno/a, mas fazê-los produzir esse conteúdo. Construírem o conhecimento.
Os alunos e alunas são capazes de desenvolver o próprio saber e romper com seus próprios pré-conceitos sobre os temas trabalhados. Quando realizei meu estagio supervisionado, trabalhei com a Ditadura Militar, e para que os alunos e alunas desenvolvessem o seu próprio saber, utilizei o método da aula- oficina, trabalho organizado pela Isabel Barca em 2004, a ideia da aula oficina, é que primeiramente o/a professor/a escolha o conteúdo a ser trabalhado com a turma. Então perguntar aos alunos e alunas o que sabem a respeito do tema, no meu caso utilizei em forma de texto, pedi para que escrevessem um texto, ou o que sabiam sobre o assunto. Em seguida o/a professor/a seleciona fontes históricas que sejam pertinentes. Em sala os alunos e alunas analisam as fontes, construindo o saber, a professora e professor podem auxiliar, todos então, estão participando do processo de construção do pensamento histórico.
Os alunos e alunas são capazes de desenvolver o próprio saber e romper com seus próprios pré-conceitos sobre os temas trabalhados. Quando realizei meu estagio supervisionado, trabalhei com a Ditadura Militar, e para que os alunos e alunas desenvolvessem o seu próprio saber, utilizei o método da aula- oficina, trabalho organizado pela Isabel Barca em 2004, a ideia da aula oficina, é que primeiramente o/a professor/a escolha o conteúdo a ser trabalhado com a turma. Então perguntar aos alunos e alunas o que sabem a respeito do tema, no meu caso utilizei em forma de texto, pedi para que escrevessem um texto, ou o que sabiam sobre o assunto. Em seguida o/a professor/a seleciona fontes históricas que sejam pertinentes. Em sala os alunos e alunas analisam as fontes, construindo o saber, a professora e professor podem auxiliar, todos então, estão participando do processo de construção do pensamento histórico.
As opiniões e as
conclusões dos/as alunos/as devem sempre ser valorizadas. Dessa forma
avaliadas, e quando não estiverem apropriadas, podem ser reconceitualizadas com
a ajuda da professora ou professor. Dessa forma, os alunos e alunas estão
cientes do que estão apreendendo e motivados/as, por que será gerada uma
curiosidade por eles/as, e o prazer da descoberta, e não da narrativa pronta.
Qualquer vestígio do
passado pode ser considerado uma fonte, cabe ao educador/a saber selecionar as
que se adequem mais para cada turma. E para ela ser estudada o historiador, ou
quem for analisá-la, no nosso caso os/as alunos/as, saberem questionar as
fontes e extrair delas respostas.
É interessante levar
fontes que já foram vistas pelos alunos e alunas, como em redes sociais por
exemplo. Documentos que são utilizados de uma forma manipulada, por isso da
importância de levar para os alunos para que possam analisar e perceber na
sociedade como essas articulações podem interferir na História. Com o auxílio e
cuidado da professora ou professor, juntamente com textos explicando os acontecimentos
históricos, essas análises serão possíveis e válidas para a vida dos/as
alunos/as.
A aula oficina, além
de ser mais produtiva, torna a aula mais interessante. Afinal, uma aula que
seja somente explicativa, não permite o contato dos/as alunos/as com a
História, eles/as devem construir o conhecimento, rompendo com os métodos
tradicionais de ensino. Até por que nossos alunos e alunas não se adaptam mais
aos métodos tradicionais utilizados, os/as professores/as devem acompanhar
essas mudanças e tornar sempre o ensino próximo ao aluno/a. O método da
historiadora Isabel Barca (2004), permite a participação da turma e o debate,
maneira que permite uma criticidade para os alunos e alunas. É a partir dos
conhecimentos do/a aluno/a, que o professor e professora podem dar ênfase nos
temas. Para finalizar o/a professor/a deve fazer novamente a atividade de
investigação para perceber a compreensão do passado. Dessa forma docentes e
discentes podem perceber o ganho histórico que o conteúdo ofereceu.
Temos que pensar que
vivemos em um mundo no qual as informações são recebidas de forma muito rápida,
e as pessoas tem acesso a tudo. A internet, por exemplo, deve ser um
instrumento dentro da sala de aula, é ela o lugar que o/a aluno/a mais tem
acesso, a professora e o professor devem aproveitar essas informações para
utilizar na sala de aula. O cuidado deve ser grande, pois sabemos que muitas
das informações e notícias vistas pelos/as alunos/as podem não ser verdadeiras,
por isso a necessidade da pesquisa. Já que vivemos na era da tecnologia, porque
não, aproveitá-la? A professora e professor devem utilizar os recursos que a
própria classe tem para utilizar na sala de aula. Dessa forma as aulas tendem a
ser mais interessantes.
Para o/a aluno/a não é
nada chamativo receber um texto pronto, retratando uma história passada, na
qual ele não vê interesse algum. Até porque não faz nenhum sentido aprender
alguma coisa que não vai servir para nada. Por isso a importância de ensinar
temas úteis para a vida prática do/a aluno/a, coisas que ele/a vai perceber no
seu cotidiano. A ditadura acabou, mas o/a aluno/a tem que perceber que não
houve uma ruptura completa, isso não existe na história, ainda temos uma
herança da ditadura muito grande, seja pelos nossos governantes, pela polícia e
pela própria sociedade, afinal, existe pessoas que estão pedindo a volta desse
período.
Quando um aluno ou
aluna consegue analisar uma música escrita contra a ditadura, que até então
eles escutavam e não viam outro sentido, esse/a aluno/a será capaz de analisar
a sociedade em que vive e poderá mudar sua realidade e seu futuro, e não apenas
o seu, mas o do outro, perceber o outro e respeitá-lo.
Os/as alunos/as quando
estudarem a História devem olhar para si mesmos e ter a capacidade de olhar
para o outro, e respeitá-lo, mesmo que seja diferente. Por isso acredito que o
ensino de História seja capaz de gerar mudanças sociais e culturais na vida
dos/as aluno/as.
Referências
Referências
BARCA, I. Aula
Oficina: do projecto à avaliação. In. Para
uma educação histórica de qualidade. Actas das IV Jornadas Internacionais de
Educação Histórica. Braga (PT): Ed. Universidade do Minho, 2004.
RÜSEN, J. Razão histórica: Teoria da história: Os
fundamentos da ciência histórica. 1.ed. Brasília: Editora Universidade de
Brasília, 2001.
Olá Ana Carolina, gostaria de esclarecimento acerca de uma questão. Quais seriam as outras formas de consciência histórica?
ResponderExcluirAss: Jonathan Evangelista de Araujo
Olá Jonathan, todos temos consciência histórica.Rüsen nos mostra quatro tipo de consciência histórica, a tradicional, que seria os laços com o passado, a exemplar que são os princípios morais, a critica baseada em argumentos históricos e a ontogenético que é a mudança dos tempos,o nosso objetivo seria a ultima fase. Acontecendo uma mudança estrutural da consciência histórica. Ana Carolina Prohmann
ExcluirOlá Ana, li o seu texto e gostei de algumas ideias que apresentou, pois muito me servem no cotidiano escola, entre elas, posso ressaltar a ideia de que o ensino de história pode utilizar das trocas de saberes entre discentes e docentes, como também, com a perspectiva de que estamos sujeitos a aprender, desaprender e reaprender de formas múltiplas, afinal, o conhecimento não é algo 'acabado'.
ResponderExcluirNo decorrer da sua escrita, você fez menção aos heróis que foram criados e/ou exaltados no período de Ditadura Militar e o sentido histórico que havia para aquele momento, neste sentido, as minhas perguntas partem das seguintes dúvidas: nos dias de hoje, * quais as metodologias que podem ser empregadas para desenvolver o sentimento de pertencimento nacional/local? (Sem fechar-se a exaltação de sujeitos políticos, e ao mesmo tempo sem nega-los ou apaga-los da história) * Como vincular a reflexão, o ensino de história e as práticas de cidadania? *Existe diferença entre consciência história e social?
Abraços
Boa noite Jessica, acredito que esse pertencimento ao local, deve ser formado sempre relacionando os temas, coo por exemplo quando trabalhei a ditadura, trabalhei com a ditadura militar no Paraná, para não se tornar algo distante dos alunos, pois muitas vezes os temas não são próximos ao cotidiano dos alunos. Os heróis históricos são importantes, mas é interessante mostrar uma realidade diferente desse heróis. A consciência social, seria uma consciência humanizada, a partir da história formar uma consciência histórica e então a social, dessa forma conhecer,o outro e respeitar, mesmo que seja diferente. Ana Carolina Prohmann
ExcluirCyntia Elisa Couraça de Souza
ResponderExcluirO professor ao utilizar uma abordagem significativa ele constrói o conhecimento no aluno, não apenas lê os textos e escreve atividades, ele cria uma relacao com o aluno, mostra a essencia de se estudar historia, onde ele percebe a importancia de conhecer o passado para entender o presente, a ditadura ainda mais hoje quando abordada em sala de aula pode se vincular a realidade presente do Brasil, muito pedem o retorno militar ao poder, mas nem tem o conhecimento deste momento no país, por isso é importante o professor relacionar o dia dia com a historicidade.
No texto você diz que “A História tem que ser interpretada, analisada, relacionando com a vida prática dos alunos e alunas [...]” e que “[...] Por isso da importância dos/as professores/as estarem cientes do que estão ensinando.”
ResponderExcluirEntão pergunto: será que um professor de história consegue ser imparcial, sem ideologia político/partidária e ensinar história com a “verdade” dos fatos?
Acredito que nunca vamos alcançar a verdade dos fatos, mas sempre devemos buscar o mais próximo. O professor/a na sala de aula pode expressar a sua escolha partidária, mas não pode impor aos alunos/as. É a partir das analises de fontes que os/as alunos/as vão formar as suas opiniões, e sempre com as orientações dos/as professores/as . Ana Carolina Prohmann
ExcluirVocê acha que outras disciplinas que não seja História, podem gerar mudanças sociais e culturais na vida dos alunos?
ResponderExcluirSim, sempre que nessa matéria exista diálogos, representações, práticas culturais e descontinuidade.
ExcluirAna Carolina Prohmann
Bom dia, nesse processo de consciência histórica e social da vida dos alunos, Além da aula-oficina, quais outros métodos aplicáveis, com mesma eficácia,em sala?
ResponderExcluirFabricio Rodrigues Sozar.
Boa tarde Ana Carolina! Como você me definiria trabalhar a consciência histórica dos alunos e a consciência de classe, sendo imparcial? Haja vista que seu texto não esclarece muito essa questão, nem a bibliografia?
ResponderExcluirBom dia Eduardo. O professor quando desenvolve a consciência histórica e social, quando digo social, me refiro a desenvolver alunos e alunas mais "humanos", que respeitem o outro, mesmo sendo diferente, vai se tornar imparcial, pois vai dar liberdade para os alunos para expressarem suas opiniões, e a partir delas haver o dialogo, e dessa forma poder orientar em situações reais da vida presente, pela compreensão do passado. Ana Carolina Prohmann
ExcluirBoa noite Ana Carolina,
ResponderExcluirÉ inegável a importância dos valores sociais e humanos para a formação do individuo mais justo, humanitário e crítico. O espaço escolar proporciona para o estudante essa possibilidade de criticidade em relação ao que ocorre ao seu redor. Porém somente o ensino de História contribui para a formação social, politica e critica dos estudantes? As aulas oficinas é um grande recurso para o professor(a), mas por si só resolve?
Acredito que elementos como a formação dos professores, currículo e conteúdos devem ser analisados neste processo de construção do sujeito histórico e social também.
Ótimo texto, grato.
Bom dia Italo,
ExcluirA História é um instrumento muito importante, pois tem a função de orientar em situações reias da vida dos alunos, pela compreensão do passado, seria muito mais do que aumentar o conhecimento. Mas é claro que ela sozinha não basta, outras matérias são importantes para esse desenvolvimento social, político, a interação entre todas as disciplinas é muito importante. A aula oficina é um dos recursos que o/a professor/a pode utilizar, somente ele não basta, em cada turma é uma metodologia diferente, e concordo com você, a formação dos professores e os conteúdos tem uma grande importância nesse processo. Obrigada, Ana Carolina Prohmann
você diz no seu texto que utilizou de oficinais e outros métodos para ensinar os alunos sobre historia, e pra quem trabalha em escola particular , que tem todo um cronograma e livros didático com unidade para o ano todo, todo caculado, como poderia driblar esse sistema e pondo métodos iguais o seu?
ResponderExcluirAssina: Rosiele Albuquerque negrão
Boa tarde Rosiele, trabalhei com a aula oficina em escola particular, confesso que é muito mais complicado, pois temos os livros para seguir, mas com acordos com a direção pode se utilizar esse método, infelizmente o/a professor/a vai ter que selecionar os conteúdos trabalhados, e dar ênfase para aqueles que a turma mais necessite. Os próprios alunos e alunas preferem a aula dessa forma, muito mais produtivo, do que apenas seguir os livros. Ana Carolina Prohmann
ExcluirEssa nova base do ensino que esta pra ser aprovada, pode ser um modo de doutrinar os alunos?
ResponderExcluirFlavio Vinicius Dias de Oliveira
Boa tarde Flavio, acredito que não, isso depende muito da forma que o/a professor/a vai aplicar o conteúdo. A nova base de uma forma geral, faz o aluno ler o mundo, e ele próprio produzir o conhecimento. Ana Carolina Prohmann
ExcluirComo poderia aplicar em um projeto de estágio para o oitavo ano? Adriana Weber
ResponderExcluirBoa tarde Adriana, a aula oficina pode ser aplicada em qualquer turma, somente é necessário a adaptação dos conteúdos e fontes para que eles possam analisar, por exemplo, levar pequenos fragmentos das fontes, e o/a professor/a sempre auxiliando. Ana Carolina Prohmann
ExcluirQuais são suas sugestões para a elaboração de oficinas em salas super lotadas como acontece na nossa educação pública? Grande abraço, excelente pesquisa!
ResponderExcluirEllan Eduardo
Boa tarde Ellan, em salas super lotadas, acredito que uma boa opção seria fazer analises de fontes em duplas ou trio, mas o cuidado deve ser grande para a aula não virar bagunça. Obrigada, abraços! Ana Carolina Prohmann
ExcluirOlá Ana!
ResponderExcluirA proposta da nova Base de Ensino de História sugere um recorte cronológico muito grande na disciplina de História. Como romper preconceitos e relacionar passado e presente diante desta situação?
Abraço e parabéns pelo trabalho e sugestões apresentados!
Olá, o objetivo sempre vai ser que o/a aluno seja capaz de ler o mundo que o cerca, como o recorte é grande, cabe ao professor/a escolher os conteúdos mais importantes para cada turma e aproveitar esses conteúdos e trabalhar temas que muitas vezes estão fora do livro didático, por exemplo as mulheres na ditadura militar, ou utilizar os temas associando com a localidade do aluno, por exemplo a ditadura militar no Paraná. Muito obrigada, Ana Carolina Prohmann
ExcluirAna Carolina, Li o seu texto e concordo com a ideia de relacionar presente, passado e futuro, mais achei que vc escreve sobre o tema muito superficialmente e gostaria de saber quais seriam as outras formas de consciência histórica? e devemos lembrar que o ensino didático nunca para sempre evolui, mas tem aquele professores que param no tempo e não acompanham a evolução, sendo assim nem todos conseguem ser imparciais em relação a esse novos métodos de ensino esquecendo de analisar a diferença entre consciência história e social?
ResponderExcluirEliane Luczkiewicz da Silva.
Olá Eliane,Rüsen nos mostra quatro tipo de consciência histórica, a tradicional, que seria os laços com o passado, a exemplar que são os princípios morais, a critica baseada em argumentos históricos e a ontogenético que é a mudança dos tempos,o nosso objetivo seria a ultima fase. Acontecendo uma mudança estrutural da consciência histórica. Com certeza vai haver professores/as que não acompanhem as novas metodologias, que é uma grande pena, pois apreender e compartilhar conhecimento nunca é demais. A consciência social, deve tornar os alunos e alunas mais humanos, ou seja, respeitando todas as pessoas. Ana Carolina Prohmann
ExcluirPara que eu possa como docente implantar uma consciência histórica e social em meus futuros discentes, apesar de lincar o passado com o futuro, como se trabalha com essa metodologia em escolas públicas onde há adolescentes tão descrentes de nosso país e até de seu próprio futuro?
ResponderExcluirA partir das opiniões dos alunos poderia relacionar com a história, e sempre demonstrando que o conhecimento é a única forma de mudar o mundo, mesmo que seja lenta, e o futuro depende deles. Ana Carolina Prohmann
ExcluirHá como relacionar o passado com o nosso presente? Onde é imposto de uma forma diferente as intensões do governo, antes impondo e hoje simplesmente deixando de investir no ensino básico das redes públicas, e deixando assim os alunos desta sem oportunidades de escolherem suas profissões, onde o acesso de universidades públicas se dá há quem tem oportunidade de um ensino de qualidade em uma rede privada.
ResponderExcluirPatrícia Souto.
Podemos sempre relacionar o passado com o presente, por exemplo para entendermos a situação atual do Brasil, é necessário estudar o Brasil colonial, estudando as relações desse período,entendemos a situação atual.Ana Carolina Prohmann
ExcluirVivemos tempos sombrios, em que a consciência do mesmo nem sempre é possível. Diante das exigências do ENEM e da fragmentação do tempo e espaços, como é possível trabalhar a consciência do tempo presente e líquido, diante das incertezas?
ResponderExcluirJosé Valter Castro
Olá Ana, acredito ser muito importante refletirmos sobre a educação, sobre nossas aulas, aulas possíveis, para buscarmos um ensino/aprendizagem de qualidade. Para tanto, gostaria de aprofundar mais suas ideias, assim, quais seriam suas sugestões para que possa ser aplicada uma aula "interessante", como citado no texto, em uma realidade que a tecnologia não faz parte do ambiente escolar?
ResponderExcluirAinda, no momento em que você escreve "Para o/a aluno/a não é nada chamativo receber um texto pronto, retratando uma história passada, na qual ele não vê interesse algum. Até porque não faz nenhum sentido aprender alguma coisa que não vai servir para nada. Por isso a importância de ensinar temas úteis para a vida prática do/a aluno/a, coisas que ele/a vai perceber no seu cotidiano.", o que seriam temas úteis? Há aprendizagens que não sirvam para nada? Enfim, gostaria que explanasse melhor este trecho, pois posso não ter compreendido sua ideia.
Abraços, bom texto.
Andressa Hermes
A televisão é um bom instrumento na sala de aula, utilizei muito durante o estagio, com filmes,entrevistas musicas, imagens. Temas úteis seriam temas que fazem sentido na vida pratica do/a aluno/a. O/a professor/a pode ensinar qualquer tema, mas que ele consiga justificar a importância desse tema na vida pratica do aluno/a. Todo conhecimento é importante, na área de História, nos gostamos de vários temas, por que achamos interessante, mas temos que pensar que na sala de aula não é bem assim, muitos alunos/as não gostam de história, e só vão ter vontade de apreender se o conteúdo for interessante e importante PRA ele. Espero que tenha me expressado de uma forma que você entenda. Obrigada, abraços. Ana Carolina Prohmann
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBom dia Ana Carolina,
ResponderExcluirLi seu texto e concordo que temos que trazer e usar em sala diferentes recursos que possam instigar e contribuir para o conhecimento dos alunos, porém uma outra dificuldade que percebo são os currículos escolares, que nos engessam de tal modo que fica muito difícil para o professor sair daquele sistema tradicional. Como proceder quando o seu maior problema é o currículo super apertado de prazos que temos que cumprir na escola?
Bruna Corvelo Rebouças de Souza
Boa noite Bruna, infelizmente isso é um grande problema que o professor enfrenta. E o que acontece é que o/a professor/a terá que optar em dar ênfase em um conteúdo que ele/a acredite ser mais importante pra determinada turma. Duas ou três aulas de História por semana é uma carga muito pequena para ensinar tudo que gostaríamos. Ana Carolina Prohmann
ExcluirOlá Ana!
ResponderExcluirLi seu texto e tenho algumas questões em relação ao que foi apresentado. Você diz no texto: "(...) Por isso a importância de ensinar temas úteis para a vida prática do/a aluno/a, coisas que ele/a vai perceber no seu cotidiano.". Quando você diz "temas úteis" você se refere a que tipo de tema? Você não acha que todo conhecimento histórico contribui, de certa forma, pra formação histórica do aluno e para o modo como este vê a sociedade em que vive? Gostaria também de saber sobre outros métodos de aproximar o aluno ao conhecimento histórico, fazendo com que ele não veja a história como algo externo a ele, mas sim tenha a noção de que tudo o que ele é, e que a sociedade em que vive, são frutos de um compilado de acontecimentos históricos.
Giovanna Trevelin
Todo tema é útil, mas é claro que nos professores e professoras não vamos conseguir ensinar todos esses temas, então seria muito melhor ensinar temas relevantes para a vida pratica do aluno, pois o objetivo não é ensinar o que nós gostamos, mas o que faça sentido para o aluno. O objetivo do estudo de História são os processos históricos relativos as ações humanas no tempo e sua significativa atribuída pelos sujeitos. A primeira coisa que penso referente a isso é o uso de fontes como citei, sempre, dessa forma ele vai perceber que a História não é algo distante, e sim o contrario. Ana Carolina Prohmann
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá Ana, gostei muito do seu texto e consigo trabalhar a aula oficina em escola particular, mas com alunos do nível fundamental II em escola da prefeitura não consigo devido a falta de conhecimento básico, inclusive a leitura precária. Como faço para desenvolver em meus alunos a motivação e o interesse para que aprendam a disciplina de História? Aliás, qual seria a importância prática - como você coloca no texto - para nossos alunos aprenderem história?
ResponderExcluirBoa noite Chislianni, que bom que você trabalha com a aula oficina, os alunos adoram, muitos alunos não tem interesse em aprender história por que se veem distante do tema trabalhado, seria interessante levar temas próximos a realidade da turma.Com alunos do ensino fundamental seria legal trabalhar com a História da família deles, dessa forma eles iam se perceber como parte da história. A importância seria dos alunos compreenderem o mundo que eles estão envolvidos. Ana Carolina Prohmann
ExcluirLi as perguntas anteriores e há vários questionamentos meus que já foram escritos, mas ainda há a preocupação de terem professores doutrinando em sala de aula e nem sempre contam ou mostram os dois lados de uma questão. Fazer o aluno ser participativo é muito produtivo, mas até que ponto delegar ao aluno a pesquisa sem uma explicação por parte do docente mais tarde? Vejo muita pesquisa, entrega ao professor e o aluno ganha a nota.
ResponderExcluirO aluno deve ser produtivo sim, ele tem que analisar fontes sempre, mas isso sempre com o auxilio e explicação do professor, a função do professor é muito importante, agora, o que não pode acontecer é a doutrinação, por isso da importância da participação dos alunos. Ana Carolina Prohmann
ExcluirO texto é belíssimo,mas é possível um professor ministrar aula e conduzir debates em sala de aula,mantendo total imparcialidade e esconder sua subjetividade diante da classe?
ResponderExcluirFrancisca Arlene da Silva Pinho
O professor pode demonstrar a sua opinião, só não pode forçar o aluno a pensar da mesma forma. Ana Carolina Prohmann
ExcluirBoa noite, ao ler seu texto, me fez pensar em algumas situações que lidei com uma classe, e percebi a dificuldade de despertar nele a criticidade, visto que já é muito estabelecido a noção deles somente da História tradicional. Por isso questiono, como foi para você ao lidar com essas problemáticas enraizadas da educação básica, do não estimulo a curiosidade,ao pensamento crítico? Como foi a reações deles ao depararem com uma nova abordagem do método de ensino da História que você fez uso? Obrigado!
ResponderExcluirArnaldo Foro Cirineu
Boa Noite Arnaldo, a turma que trabalhei era uma turma muito critica, a aula de História sempre fluía muito bem, pois a maioria dos alunos sempre questionavam e debatiam os temas,mas é claro que alguns alunos não ´se interessavam muito nas aulas de História, e o que me deixou muito satisfeita foi o fato desses mesmos alunos se interessarem pelas aulas sobre a Ditadura Militar, a metodologia da aula oficina funcionou com essa turma, a reação deles foi muito positiva, principalmente nas aulas com recursos como a televisão,imagens, relato de vitimas, a turma teve um rendimento muito melhor. Ana Carolina Prohmann
ExcluirBom dia, acredito muito nesta metodologia de ligar o passado ao presente e executo isso em minhas aulas. Colocar o tema como algo presente e questionar os alunos de como aquilo que aconteceu há tanto tempo reverbera até os dias atuais, não é uma tarefa fácil, pois a maioria não tem consciência histórica, ou seja, não se vêem como agentes históricos, como digo, acreditam ser platéia e que nada que fizerem irá provocar mudanças em seu contexto.
ResponderExcluirA aula oficina é uma prática super vantajosa e de grande retorno quanto ao entendimento dos temas, afirmo, pois já realizei durante 02 anos este tipo de aula em um museu e os resultados são fantásticos.
Porém possuímos muitas dificuldades estruturais, como calendários apertados, necessidade de fechamento de conteúdos dos livros, salas lotadas e todos os problemas que já conhecemos.
Nós professores temos ótimas ideias e implantamos elas por pura teimosia, por acreditar que podemos plantar sementes que germinarão com sucesso. Temos que implantar mudanças estruturais mais profundas e assim realizar nossas atividades e promover o ensino de história ou de qualquer outra disciplina com dignidade.
Marciane de Souza
Marciane, concordo, e são professores assim como você que vão garantir um futuro melhor aos alunos e alunas. Ana Carolina Prohmann
ExcluirOlá Ana Carolina,
ResponderExcluirsou professora de história readaptada e tenho mais de 30 anos entre sala de aula e outras funções relacionadas a sala de aula. Nestas décadas, jamais visualizei de forma tão gritante o desconhecimento histórico, principalmente das classes média e media alta. Sabe-se que quase sempre tem boa formação acadêmica, no entanto, nas questões histórica/social/ filosófica não conseguem refletir sobre a construção da desigualdade sócio/histórica do país.
Em reflexões, pergunto-me, onde nós professores de história erramos? (se é que erramos).
Por que, de maneira geral, é tão difícil o cidadão destas classes construir olhares que incluam todos ao acesso dos bens produzidos ao longo da humanidade? Como dizia Bertoldt Brecht.. "São tantas histórias... tantas questões."
Marlene Ana Kiewel
ExcluirOlá Ana Carolina,
sou professora de história readaptada e tenho mais de 30 anos entre sala de aula e outras funções relacionadas a sala de aula. Nestas décadas, jamais visualizei de forma tão gritante o desconhecimento histórico, principalmente das classes média e media alta. Sabe-se que quase sempre tem boa formação acadêmica, no entanto, nas questões histórica/social/ filosófica não conseguem refletir sobre a construção da desigualdade sócio/histórica do país.
Em reflexões, pergunto-me, onde nós professores de história erramos? (se é que erramos).
Por que, de maneira geral, é tão difícil o cidadão destas classes construir olhares que incluam todos ao acesso dos bens produzidos ao longo da humanidade? Como dizia Bertoldt Brecht.. "São tantas histórias... tantas questões."
-Gostei muito do teu texto e me perguntei por que escolhi História?Tu fizeste essa pergunta um dia?
ResponderExcluirDesde já grato pelas reflexoes...
Alfredo Coleraus Sommer
Boa noite, já fiz sim essa pergunta, a e resposta é por que acredito em um futuro melhor, e isso só vai acontecer por via da educação, principalmente a história, que permite o conhecimento do que o aluno é, conhecendo a história para conhecer a si mesmo, a sociedade, a história torna as pessoas mais humanas, ela faz você pensar no outro e entende ló, sem julgar, mas sempre respeitando.
Excluir