NATIVOS DIGITAIS,
IMIGRANTES DIGITAIS: QUINZE ANOS DEPOIS
Bruno Leal Pastor de
Carvalho[i]
Um autor e seus conceitos
Há quinze anos, em
outubro 2001, o pesquisador norte-americano Marc Prensky publicava, no volume
nove da revista On the Horizon, o
artigo Digital Natives, Digital
Immigrants. Embora curto – com apenas seis páginas – o artigo se tornou um
sucesso imediato, alavancando internacionalmente o nome de Prensky, até ali
conhecido apenas no ramo americano dos jogos educacionais. Entre os acadêmicos,
o texto tem sido desde então uma referência quase obrigatória
para aqueles que se debruçam sobre a relação entre as chamadas NTICs – novas
tecnologias da comunicação e da informação (já não tão novas assim) – e o
processo de ensino-aprendizagem. Para se ter uma ideia desta influência,
atualmente, segundo dados do Google Acadêmico, Digital Natives, Digital Immigrants foi citado em 12.648 artigos
acadêmicos. Isso, sem contar as inúmeras monografias, dissertações, teses ou papers que não foram ou não podem ser
rastreados e contabilizados pela engenharia de software do Google. O sucesso
foi tanto que Prensky passou a estar com frequência cada vez maior na imprensa,
escrevendo artigos ou dando entrevistas. O autor escreveu vários livros sobre o
tema e tem rodado o mundo com conferências e palestras, além de divulgar
informações sobre o assunto em seu site.
Mas, afinal de contas, do que falava esse artigo?[ii]
A perspectiva de Marc
Prensky é tão simples quanto instigante. Para o autor, o mundo poderia ser
didaticamente dividido em dois grupos: “nativos digitais” e “imigrantes
digitais”. O primeiro se refere àqueles que nasceram a partir dos anos 1980. As
pessoas deste grupo, ele explica, “passaram suas vidas inteiras usando computadores,
videogames, tocadores de música digital, câmeras de vídeo, telefones celulares
e vários outros brinquedos e ferramentas da era digital”. Para Prensky, são
indivíduos que nasceram mergulhados em uma cultura digital e, por isso, muito
naturalmente, dominam essa linguagem. O segundo grupo, por sua vez, é formado
pelas gerações predecessoras, isto é, “aqueles de nós que não nasceram em um
mundo digital, mas se tornaram, em algum momento de suas vidas, fascinados e
adotaram alguns ou a maioria dos aspectos da nova tecnologia”.
Segundo Prensky, é fácil
reconhecer um imigrante digital. Como qualquer imigrante que aprende a falar
uma nova língua, os imigrares digitais deixam transparecer uma espécie de
“sotaque”. Como os identificamos? São aqueles, por exemplo, que imprimem os
e-mails para lê-los depois do expediente ou algum documento digital para
editá-lo de modo analógico. É aquele indivíduo que chama um colega de trabalho
a sua mesa para mostrar um site, ao invés de enviar o link. São exemplos
espirituosos, mas que não devem ser vistos como uma piada, alerta Prensky. E é
aí que o autor apresenta a sua grande problemática no campo da educação: “os
nossos instrutores imigrantes digitais, que falam uma linguagem datada
(pertencente à era pré-digital), estão lutando para ensinar a uma população que
fala uma linguagem inteiramente nova”. De acordo com Prensky estamos diante de
um típico choque geracional: os “nativos digitais” podem não entender a
linguagem de seus professores. De um lado, segue Prensky, temos um grupo jovem,
que se tornou habituado desde cedo a lidar com uma grande carga de informações,
que acostumou-se a multitarefas, que alfabetizou-se a partir de hipertextos,
que é mais familiarizado com imagem do que com texto escrito, que tem sucesso
com gratificações e recompensas imediatas, que trabalha melhor quando se sente
parte uma rede social. De outro lado, temos um grupo mais velho e que não desenvolveu
tais habilidades e competências: essa geração – uma geração pós-baby-boom – possui um ritmo mais lento,
de passo a passo, com pensamento e ação acostumados a uma sequência linear, a
um correto ideal para todos, a atuar mais individualmente e que vive lamentando
o comportamento dos “nativos”.
A fim de evitar atritos
e frustrações de ambos os lados, o autor sugere que os professores deveriam
aprender a se comunicar na língua e no estilo de seus estudantes. Esta é a sua
principal proposta. Isso não significaria, ele pondera, abandonar antigas
abordagens e convicções, que continuam sendo úteis, mas que estas devem ser
combinadas com a linguagem daqueles jovens que estão nos bancos escolares.
Prensky fala na coexistência de um “conteúdo legado” – ler, escrever,
aritmética, raciocínio lógico, ideias do passado – com um “conteúdo futuro”,
isto é, tudo aquilo que remete ao digital e ao tecnológico, indo desde a
robótica até a nanotecnologia, passando por softwares e hardwares, bem como as
noções de ética, política ou sociologia que envolvem esses novos conteúdos. “Os
alunos de hoje”, diz Prensky, “não são os mesmos para os quais o nosso sistema
educacional foi criado”. Daí, a necessidade de se repensar esse sistema e
currículo escolar.
Repensar, revisitar, reavaliar
Passados quinze anos
desde a publicação de Digital Natives,
Digital Immigrants, devemos nos perguntar: em que medida o cenário descrito
por Marc Prensky se revelou correto e em que medida sua perspectiva continua
valendo para pensarmos nossa realidade educacional? Essa pergunta é o mote
deste artigo, mas direcionada também e, antes de tudo, a(o) leitor(a) deste
artigo. Será incrível saber como os colegas professores enxergam a questão.
Antes disso, não obstante, eu gostaria de acrescentar o que penso a respeito,
esperando impulsionar o debate.
De uma maneira geral,
acredito na validade e na importância das ideias desenvolvidas por Prensky.
Pelo menos, em essência. Nos últimos dez anos, ocupei (e ainda ocupo)
diferentes lugares no âmbito educacional: editor de rede social, aluno,
pesquisador, professor universitário, professor-tutor de curso EAD e agente de
cursos de formação continuada de professores de Ensino Fundamental e Médio. Em
todos encontrei situações que confirmam as diferenças geracionais mencionadas
por Prensky. Não há dúvida de que os jovens, em qualquer sociedade e em
qualquer tempo, sempre se portam e vivem a realidade de uma forma diferente dos
adultos. Porém, as distâncias entre as gerações nos dias de hoje aparentemente
são percebidos como muito maiores do que eram no passado recente. E os avanços
tecnológicos certamente estão no cerne deste fenômeno. Hoje, isso se tornou
ainda mais claro. Basta dizer que em 2001, quando foi publicado o artigo, nem
Prensky, nem ninguém conhecia o iPhone
e outros smartphones do gênero, os modernos
tablets, o boom da conexão de internet banda larga ou as conexões móveis 3G e
4G.
Portanto, a perspectiva
lançada por Marc Prensky em 2001 precisa ser vista à luz do que aconteceu
nestes quinze anos. Em primeiro lugar, é preciso relativizar o conceito da
geração de “nativos digitais”. Prensky nunca se preocupou muito com a exclusão
digital. Sua teoria levava em conta o desenvolvimento tecnológico nos Estados
Unidos e, de uma forma mais ampla, a realidade dos países mais ricos. Na
periferia do capitalismo, porém, o cenário era bem diferente. Nos primeiros
anos do novo milênio, em um país como o Brasil, por exemplo, se o computador
apenas começava a se consolidar como um bem de consumo razoavelmente acessível,
a internet ainda era algo para um público bastante seleto. Esse desnivelamento
nos faz perceber que aquilo que era para ser visto como uma unidade definida
pela data de nascimento (“geração”), também é fortemente delimitado pelo local
e pelas condições de nascimento. Em outras palavras, nem todos que nascem a
partir dos anos 1980 podem ser genericamente vistos como “nativo digital”. Na
verdade, sendo ainda mais criterioso, é preciso questionar o conceito de
“nativos digitais” mesmo dentro dos Estados Unidos, onde esses desnivelamento
também existe, sobretudo quando levamos em conta indicadores como classe
social, cor da pele (os negros, como quase sempre, alijados do acesso aos bens
culturais), origem étnica (latinos), etc. O acesso aos bens tecnológicos e à cultura
digital ocorre, como em qualquer lugar do mundo, de maneira desigual.
Um segundo ponto, não
desvinculado deste que acabamos de ver, refere-se à unidimensionalidade da
categoria “nativos digitais”. Mesmo considerando aqueles que nasceram já
imersos no meio digital, todos compartilhariam inequivocamente as
características elencadas por Prensky? A resposta, para mim, é não. Temos
visto, na verdade, diversos grupos dentro daquilo que poderíamos chamar de
“nativos digitais”. Esses indivíduos diferenciam-se cada vez mais entre si e
novamente o avanço tecnológico – e as mudanças relacionais-organizacionais que
provocam – desempenham um papel fundamental nesta variação. Aqueles que
nasceram na década de 1980 têm se mostrado diferentes daqueles que nasceram na
década de 1990 e estes, por sua vez, daqueles nascidos na década de 2000. É
como se tivesse ocorrido um encolhimento no intervalo entre uma geração e
outra. Meus colegas de geração, nascidos no início dos anos 1980, continuam
usando amplamente o e-mail como uma das principais ferramentas de comunicação,
sobretudo para trabalho. Acessam suas caixas de correio eletrônico praticamente
todos os dias, inclusive em casa e fora do horário de expediente. Aqueles
nascidos uma década depois, já olham para o e-mail como algo ultrapassado,
demorado, chato, “coisa de velho”. Para estes, o Facebook Messenger, por exemplo, funciona muito melhor, inclusive
para o trabalho. Entre os mais jovens ainda, nascidos no início dos anos 2000 e
que agora estão na adolescência, o próprio Facebook
se tornou uma ferramenta démodé – para
os mais jovens, o prazo de validade do Facebook expirou quando seus pais também
passaram a estar presentes nele. Muitos migraram com tudo para aplicativos de
mensagens instantâneas, como o cada vez mais famoso SnapChat ou o Periscope.
Os números sustentam esse tipo de percepção. De acordo com uma pesquisa
realizada em 2013, nos Estados Unidos, pela consultoria iStrategy, a rede social criada por Mark Zuckerberg perdeu mais de
6,7 milhões de jovens com idades entre 13 e 24 anos nos últimos três anos,
sendo que na faixa mais jovem, entre 13 e 17 anos, o índice de evasão
corresponde a uma queda de 25,3% no número de usuários.[iii]
Assim, usar indiscriminadamente o rótulo “nativos digitais” para se referir a
uma “geração” pode escamotear diferenças sociológicas importantíssimas.
Em Digital Natives, Digital Immigrants, Prensky dizia que era bem
improvável que os “nativos digitais” regredissem frente a incapacidade ou a
resistência dos “imigrantes digitais” caso esses tentassem impor “velhas fórmulas”.
De acordo com o autor, “isto insulta tudo o que conhecemos sobre migração
cultural. As crianças nascidas em qualquer nova cultura aprendem a nova linguagem
facilmente, e resistem com vigor em usar a velha”. Este é o terceiro ponto que
eu gostaria de comentar: não é exatamente isso percebemos no ambiente escolar e
mesmo no universitário. Não estou dizendo que não há resistência ou choque de
gerações, mas quero abordar especificamente os “nativos digitais” que retornam
a estes ambientes na condição de instrutores. Esperaria-se que estes trouxessem
consigo renovação e mudanças, certo? Bom, o que tenho visto em minhas
atividades profissionais como docente é que muitos “nativos digitais”, que
cresceram e se beneficiaram amplamente da cultura digital, adotaram práticas
bastante parecidas com alguns de seus professores mais conservadores – no
sentido pedagógico e não político. Boa parte das aulas ainda são demasiadamente
expositivas, com poucos recursos visuais, por exemplo. Apesar da inovação de
parte dos livros didáticos, muitos professores – e aí me refiro sempre ao
universo do ensino de história, do qual faço parte – ainda se sentem impelidos
a um ritmo linear de ensino. Sentem-se mais seguros usando antigas fórmulas. As
avaliações pouco ou nada tem de inovadoras. A maioria ainda lança mão apenas de
trabalhos mais mecânicos, fichamentos, resumos e congêneres mnemônicos que
pouco estimulam o senso de investigação dos alunos – que hoje dispõem de tantos
recursos e alguma predisposição para o trabalho investigativo, criativo e
colaborativo. É curioso notar que muitas universidades e escolas já possuem
estrutura para que o professor escape deste modelo de ensino. Possuem internet
sem fio, computadores, projetores e todo tipo de parafernália digital. Nada
disso, no entanto, parece capaz de, sozinho, garantir a mudança antigas forças.
Vale, no entanto,
ressaltar que o professor é aquele que menos tem culpa. Precisamos olhar para o
conjunto. Nossas universidades não renovaram seus currículos devidamente para
formação de professores. Quando fizeram isso, as demandas já eram outras.
Precisamos de um olhar novo especialmente para as licenciaturas. Tenho escutado
de inúmeros alunos histórias de decepção, de frustração e, em alguns casos, não
raros, de sofrimento envolvendo as “aulas de didática. Não era para ser assim.
Os cursos de formação continuada, importantíssimos para o desenvolvimento
constante do professor, também tem problemas: são poucos e nem sempre eficientes.
O docente anda cada vez mais assoberbado de trabalho, sem tempo para pensar em
como diversificar suas aulas ou torná-las mais interativas e interessantes.
Prensky imaginou que nascer em um mundo digital irremediavelmente levaria a
romper com certos grilhões educacionais. Uma década e meia depois, precisamos
considerar seriamente a possibilidade de que alguns dos antigos paradigmas,
aqueles que mais queríamos transformar, continuam fortes e em franca
autorreprodução. Prensky subestimou esse poder.
Entre os acertos do
autor, no entanto, sobressai, ao meu ver, sua convocatória para os professores
se comunicarem na “língua” e no “estilo” de seus estudantes, que não se trata
em absoluto de uso de gíria ou roupas da moda, mas sim de mergulhar nessas
novas formas de compreender o mundo e se relacionar – para tirar melhor
proveito delas. Prensky apontou ainda a necessidade de uma revisão curricular –
independente da disciplina – capaz de introduzir aquilo que o autor chama de
“conteúdo futuro”. O autor tem feito isso escrevendo e elaborando projetos de
jogos educacionais. E ele acertou em cheio. Os jogos há muito tempo deixaram de
ser uma tendência e se consolidaram no mundo digital contemporâneo. Se existe
hoje uma indústria do meio digital que cresce mais do que qualquer outra, é a
indústria dos games. Segundo dados do
relatório Global Games Market Report,
publicado em 2015 pelo site SuperData,
especializado em games e mídia, o
faturamento da indústria de jogos no ano de 2015 chegaria a US$ 74,2 bilhões,
considerando as múltiplas plataformas, dos PCs ao mobile.[iv]
Desde 2007, o faturamento dos games tem superado, ano a ano, o faturamento da
indústria de cinema.[v]
Quantos professores, no entanto, utilizam jogos para ensinar e se aproximar da
realidade de seus alunos? Bem poucos. No Brasil, há experiências realmente
interessantes neste terreno, como a NAVE – Núcleo Avançado em Educação.
Trata-se de um programa de Ensino Médio Integrado Profissionalizante desenvolvido
pelo Oi Futuro em pareceria com as Secretarias de Estado de Educação do Rio de
Janeiro e de Pernambuco. As escolas contempladas com o projeto – uma em cada
estado – oferecem cursos técnicos em tecnologias digitais. Os alunos podem
fazer cursos de Multimídia e de Programação de Jogos, sendo que no Rio de
Janeiro também têm a opção de estudar Roteiros para Mídias Sociais. Mas, tais
projetos, ainda são exceções. A maioria das escolas, públicas ou privadas, continua fazendo do quadro-negro
(ou branco) a sua única ou a sua principal tecnologia, da mesma forma estabelecida
no século XIX.
Pela primeira vez, temos
um número substancial de professores que são familiares com a cultura digital e
que poderiam, sob certas circunstâncias ideais, transformar os antigos
paradigmas educacionais. Mas sob seus ombros, como vimos, não deve ser colocado
tal descomunal responsabilidade. Essa mudança não deve só ocorrer de dentro
para fora, mas também de fora para dentro. E é aqui que as políticas públicas
em educação precisam investir cada vez mais nas áreas de ciência e tecnologia.
Jogos, aplicativos, sites, bancos de
dados, audiovisual, música, tudo isso precisa estar integrado ou disponível
para as disciplinas escolares, da matemática à história, da geografia à
educação física.
Considerações finais
Marc Prensky foi
extremamente astuto para perceber a implosão de um modelo educacional
desconectado de seu tempo. Em certo ponto, sua perspectiva criou alguns
problemas. A categoria “imigrante digital” acabou funcionando muitas vezes como
um estigma, como se os professores da “era pré-digital” fossem ultrapassados, desatualizados,
individualistas e lentos. Nada mais falacioso e prejudicial. Assim como era
equivocada também a postura de muitos que rejeitaram completamente suas ideias,
que entendiam e reproduziam o entendimento de que a nova geração era
preguiçosa, desatenta, arrogante, enfim, que os “nativos digitais” eram “anjos
do apocalipse” prestes a ameaçar seu mundo e modo de vida. Geralmente,
trabalhar com grupos binários gera esse tipo de problema.
De qualquer forma, para
além destas categorias, entendo que precisamos encontrar um equilíbrio entre
tecnologia e humanismo, um currículo que saiba inserir o professor na linguagem
digital sem que isso seja feito de forma excludente ou impositiva. Precisamos
reformar o ensino – seja o escolar ou o universitário – para que este faça
sentido no mundo atual, para que forme não apenas profissionais aptos para o
mercado de trabalho, mas também cidadãos, aptos a respeitarem as diferenças e a
construírem um mundo menos desigual. E nada disso pode ser feito com pressa.
Ainda estamos no começo desta “revolução digital”. Há trinta anos, usávamos máquinas
de escrever e penávamos para comprar – isso mesmo, comprar – uma linha
telefônica fixa.
Pela primeira vez, temos
“nativos digitais” em sala de aula, portanto estamos longe de conclusões
definitivas sobre o impacto das novas mídias na educação. Veremos qual o
alcance de nossas considerações preliminares. Mas, até lá, não nos esquivemos
de pensar. E você, o que pensa a respeito?
Referências Bibliográficas
PRENSKY, Marc. Digital natives, digital immigrants. On the horizon, v. 9,
n. 5, p. 1-6, 2001.
PRENSKY, Marc; BERRY, Bruce D. Do they really think differently. On
the horizon,
v. 9, n. 6, p. 1-9, 2001.
[i] Doutor em História
Social pela UFRJ, Professor de Teoria da História da Universidade Federal
Fluminense (UFF). Editor da rede social Café História. Professor-Tutor do Curso
de História EAD da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UNIRIO). Consultor
de Mídias Sociais da Fundação Roberto Marinho.
[ii] Na verdade, o artigo é
dividido em duas partes: Digital Natives,
Digital Immigrants, com as seis páginas mencionadas por mim, anteriormente,
e Do they really think differently?,
publicado na mesma revista, com nove páginas. Ambas as partes podem ser
acessadas em: www.marcprensky.com.
[iii] COIMBRA, André. Os
jovens estão abandonando o Facebook. Digai, 23/01/2014. Disponível em:
http://www.digai.com.br/2014/01/os-jovens-estao-abandonando-o-facebook/.
[iv] COSCELLI, João.
“Indústria de games deve faturar US$ 74,2 bilhões em 2015. 03/06/2015. Estadão
Online. Disponível em:
http://blogs.estadao.com.br/modo-arcade/industria-de-games-deve-faturar-us-742-bilhoes-em-2015/
[v] FERREIRA, Matheus.
“Indústria de games supera o faturamento de Hollywood. Webnotícias UFG. Sem
data. Disponível em:
https://webnoticias.fic.ufg.br/n/68881-industria-de-games-supera-o-faturamento-de-hollywood.
Prezado Bruno Leal, sou membro do Café História e gostaria de aproveitar esta oportunidade para parabenizá-lo pela iniciativa. Também atuo como professor ministrante da disciplina de História no Centro de Mídias de Educação do Amazonas, nas modalidade de Educação de Jovens e Adultos e Ensino Médio. Este projeto de ensino mediado por tecnologia, atende todos os 62 municípios do Estado do Amazonas, em sua maioria, comunidades indígenas e ribeirinhas que têm dificuldade de acesso à educação convencional. Aqui esta iniciativa vem causando um grande impacto positivo na vidas desses educandos, portanto, o Sr. acredita que este seja um dos caminhos viáveis da educação no século XXI?
ResponderExcluirOi, Eduardo. Tudo bem? Obrigado pelas palavras gentis e pela pergunta. É um prazer conversar com um participante do Café História. Antes de tudo, achei muito legal a sua ligação com um centro de mídias de educação. Ainda mais do Amazonas, um estado tão querido. Meu avô era de Manaus, sabia? Não cheguei a conhece-lo, mas minha mãe sempre conta várias histórias dele. Mas, vamos ao seu questionamento: eu acho esse caminho viável, sim. A educação a distância - diferente do que o senso comum pode imaginar - não pode e nem vai substituir a presença do professor. A tecnologia vem para sofisticar a prática docente. É importante que se diga isso. O caso que você traz é exemplar. Sabemos que a educação no país enfrenta muitas dificuldades, sobretudo quando estamos falando de comunidades indígenas e ribeirinhas, afastada das capitais e dos grandes centros do país. Para boa parte dessas comunidades, a educação a distância, com auxílio das novas mídias, é o único contato da população com o universo educacional formal. Por isso, estamos diante de projetos de cunho estratégico. Há vinte anos, essas comunidades eram esquecidas pelo Estado ou deixadas em segundo plano em termos de inclusão educacional. A tecnologia, então, era uma coisa distante e cara, pertencente a realidade do "sul-maravilha", como diria Henfil. Hoje, o panorama é diferente. Graças aos recursos digitais, já é possível levar ao grande público, não importa onde ele esteja, as tendências no ensino da história. É grande o número de cursos de graduação e pós-graduação. A mesma coisa para cursos de alfabetização. No futuro, contudo, eu imagino que o foco desses projetos digitais vai sofrer uma mudança. Acho que o sistema educacional tradicional como conhecemos vai criar raízes nesses locais e os projetos de tecnologia vão se tornar cursos de especialização, cursos que vão ajudar o docente ou o aluno a aprimorarem suas habilidades. Por exemplo: cursos de programação de jogos para alunos do Ensino Médio. Se isso acontecer, vamos sair ganhando. É o que espero!
ExcluirQue bacana que a perspectiva está se ampliando, só uma ressalva importante, nas comunidades também existe a figura do professor presencial, que faz a mediação entre os alunos e o professor ministrante.
ExcluirOi, Eduardo. Bom saber! A figura do professor presencial é muito importante! Parece, então, um projeto híbrido, certo?
ExcluirNão necessariamente,o projeto é oferecido com a proposta de haver uma interatividade em tempo real entre alunos, professores presenciais e ministrantes, até mesmo porque existem ferramentas que possibilitam isso, como por exemplo: um Chat, onde temos um perfil público e cada comunidade pode interagir conosco, além de recursos que tornam as aulas mais atrativas, como a realidade aumentada, Chroma, evobooks, trechos de filmes, músicas, etc...
ExcluirSeria até importante, a título de socialização, se você pudesse divulgá-lo na página do Café História, para que pessoas de outros Estados possam conhecê-lo.
ExcluirEu criei até um canal no You Tube com algumas aulas para divulgação. Só é acessar e clicar na busca por Professor Eduardo Gomes ou Simplificando a História.
Entendi. Claro, envie o link para cafehistoria@gmail.com. Posso divulgar em nos Twitter. ;)
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNa opinião do autor do artigo, qual a postura ideal do professor de história uma vez que identifica em suas turmas quem são os nativos e quem são os imigrantes digitais? - João Gilberto Solano
ResponderExcluirSalve, João! Valeu pela pergunta, que é ótima. Eu diria que o professor tem um baita desafio aí. Primeiro, acho que o professor deve cuidar para desmistificar o uso da tecnologia. Já vi muitos alunos, principalmente adultos, que se distanciam da tecnologia porque tem medo dela. Medo porque não dominam essa tecnologia. E o medo, como sabemos, paralisa. Discutir em sala de aula o uso dessas “novas mídias”, mostrando que elas são intuitivas e enriquecedoras, é fundamental. Desta forma, esse “imigrante digital” vai se sentir confortável para aprender e a empregar essa linguagem. No tempo dele e da forma dele, o que é mais importante. Em segundo lugar, o professor precisa saber incluir essas novas mídias em sua planejamento pedagógico. Não dá pra usar a tecnologia em toda a aula, para ensinar qualquer conteúdo. O professor não precisa fazer isso para se sentir “moderno” ou algo do gênero. Mas é legal mostrar aos alunos como a tecnologia está presente ao longo do semestre ou do ano letivo. Para isso, antes de iniciar as aulas, vale a pena em preparar atividades, projetos e uso de recursos que serão utilizados nos meses seguintes. Tudo que é feito de forma planejada rende muito melhor. Isso, por sua vez, vai ao encontro da expectativa dos “nativos digitais”. Respondi? Abraço!
ExcluirComo o professor de História pode contribuir para a melhor inserção dos imigrantes digitais dentro do "Mundo" dos nativos digitais? - João Gilberto Solano
ResponderExcluirAcho que vai muito no caminho da minha resposta anterior: a desmistificação da tecnologia. Há uma estratégia que pode ser muito boa. Eu explico: supomos que o professor identifique meia dúzia ou dez alunos que não se dão tão bem assim com tecnologia e, por isso, pelo menos em parte, se sentem desconfortáveis e acabam sendo mais introspectivos. O professor pode preparar palestras que tratem especificamente sobre as novas mídias e os impactos sociais que elas estão trazendo para o nosso mundo. O professor pode ainda levar especialistas no assunto para conversar com os alunos, buscar a colaboração do coordenador pedagógico ou do professor de informática em projetos interdisciplinares. Acho que tudo isso pode funcionar como um motor de inclusão. O que acha?
ResponderExcluirSegundo certa lógica, todos aqueles que nasceram após o século XV são leitores de livros. Ou seja, a partir da "revolução de Gutenberg. Porém, na realidade, isso não acontece.
ResponderExcluirComo você disse, seria importante debater essa questão do "naturalmente digital".
Então, o problema não seria pensar em uma pedagogia voltada aos diferentes estilos de aprendizagem?
Ricardo Hiroyuki Shibata
Oi, Ricardo. Tudo certo? Obrigado pela contribuição. Concordo com você. Acho que uma pedagogia plural é um caminha cada vez mais necessário. E isso não é de hoje. Acho que antes mesmo das "novas mídias" já tínhamos esse necessidade. Acredito que estamos vivendo um momento de transição, na verdade. Acho que a diferença é que a difusão do digital será mais rápida do que a difusão do livro.
ExcluirOi Bruno,
ResponderExcluirEm primeiro lugar acho que cabe parabenizar os organizadores desta atividade pela iniciativa. Tua participação e teu texto são muito pertinentes neste espaço, por isso esta sendo minha primeira leitura.
Concordo com tuas considerações ao final. Conforme nos lembram COLL e MONEREO, na obra Psicologia da Educação Virtual, de 2011, a adoção das novas tecnologias informáticas como ferramentas de transformação no ensino não se basta como 'solução'; longe disso, provoca a reflexão dos agentes envolvidos sobre a posição que ocupam, e na maioria dos estudos que têm se desenvolvido desde o fim dos anos 90 nos mostra que podem servir, também, como ferramentas de reprodução e reforço das 'tradições' em sala de aula, quando apropriados de maneira irrefletida.
Contudo, gostaria de levantar um questionamento sobre o início do teu texto - ou, mais apropriadamente, sobre o texto de Marc Prensky. Me parece que essa dicotomia entre nativos e migrantes vem sendo crescentemente superada e problematizada, a medida que outros trabalhos conseguem desbancar esse primeiro trabalho do Prensky, trazendo elementos que, entendo, aprofundam e enriquecem mais o debate.
Em The Fallacy of Digital Natives (2013), Dan Pontefract considera que os indivíduos mais velhos podem usara tecnologia para alterar os seus estilos de aprendizagem, e assim acompanhar as novas gerações. Já em The ‘digital natives’ debate: A critical review of the evidence (2008), Bennett, Maton e Kevin chamam a atenção para o fato de que embora as novas gerações vivam cercadas por tecnologia, sua utilização para a aprendizagem não é uniforme. Há questões diversas que se considerar, entre questões sociais, de desenvolvimento, investimento em infraestrutura - algumas desta inclusive são também levantadas por Coll e Monereo no livro que citei no início. O caso é que, conforme apontam esses e outros estudos mais recentes, há mais do que a data de nascimento a ser considerado quanto ao domínio e aprendizado em e com as novas tecnologias.
Bem, me estendi... Minha questão é: tendo em vista estas considerações, caberia ainda falarmos em 'nativos' digitais? Não seria mais apropriado considerar às diferenças entre gerações à luz de um debate mais amplo, que leve em conta tradições, práticas e 'apegos' dos professores e alunos envolvidos no processos de ensino-aprendizagem??
Enfim, vamos trocando ideias. Um bom debate a todos!
Israel da Silva Aquino
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Boa tarde, Israel! Obrigado pela ótima contribuição. Estou gostando bastante dos rumos do debate. Eu concordo contigo sobre o problema da dicotomia. O Prensky escreve em 2001 e o texto dele sobre o tema é bastante curto. O próprio autor, eu me lembro, disse que o esquema dele era demasiadamente esquemático, embora lançasse questões importantes. No texto acima, eu procurei rever alguns limites dessa dicotomia, como a questão “geracional” que, para mim, é um grande gargalo. E devemos levar em conta uma série de variáveis nesse sentido. Recentemente, li um livro muito interessante chamado “Smart”, de um pesquisador chamado Frédéric Martel. Nesse livro, o autor afirma que existe um mito de que a internet é uma só. Para ele, há várias internets. E isso está intimamente associado com o perfil dos usuários e da cultura em que estes estão imersos. Isso complexifica bastante os hábitos digitais dentro de uma concepção de geração. A categoria geração escamoteia diferenças expressivas. Eu, pessoalmente, acho que as categorias do Prensky de 2001 ainda são úteis apenas parcialmente. Ainda encontro certa polarização nativos x imigrantes com alguma regularidade em cursos de formação continuada que eu dou. Mas tem diminuído, é verdade. Muita coisa aconteceu nesses últimos anos. Hoje, há muitos professores “nativos-digitais”. Pelo menos em tese, pois como eu mencionei aqui o texto, nada garante que ele não vá reproduzir antigas pedagogias. Pois, como acreditamos, a questão geracional é importante, mas a coisa toda vai muito além dela. Há forças bastante poderosas nessa equação. Ultimamente, tenho trabalhado muito com “história digital” e “história pública”. E você?
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ResponderExcluirOlá Bruno! Parabéns pelo texto, muito relevante e perspicaz para o contexto contemporâneo, foi de grande acréscimo.
ResponderExcluirSou estudante de História e atuo como educador, sou entusiasta do ensino que flerta de maneira positiva com a cultura digital. Dentro da minha perspectiva, ainda na graduação, como incentivar o debate com os futuros professores tendo em vista o paradigma de reflexão conservador que ainda germina na academia?
Abraço!
Riano Marques De Oliveira
Oi, Ryano. Obrigado! Olha, sinceramente, não sei se consigo te responder satisfatoriamente. Esta é a pergunta de um milhão de dólares. (risos). Mas eu vou te falar uma coisa: o meio acadêmico tem mudado muito rápido. Se em 2001, por exemplo, ano em que o Prensky lançou o texto dele, você falasse do uso das novas mídias por parte dos historiadores, muita gente te olharia com certa desconfiança. Recentemente, isso mudou. A academia está muito aberta a inovação tecnológica. Eu percebo muito isso quando convido colegas da universidade para contribuir com o Café História. Nunca recebi um não. Pelo contrário, todos são sempre muito prestativos e abertos ao diálogo. É uma conquista e tanto. Na minha opinião, o que continua sendo um desafio é colocar a universidade para conversar com a escola. Mas mesmo sobre este aspecto, temos avanços substantivos. O caso do ProfHistória é um grande exemplo. Você conhece?
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ResponderExcluirCaro Bruno Leal, boa tarde,
ResponderExcluirA seu ver, seriam os nativos digitais, os utilizadores de tecnologias de informação digital?
Outra questão: sou historiador pesquisador e há algum tempo tenho estudado linguagem de programação de computadores, e acredito ser possível uma relação lógica para o ensino de História e a programação já para alunos do Fundamental. O que me diz disso?
Antonio Luciano Morais Melo Filho
Oi, Luciano! Obrigado pela "visita"! Não exatamente, Luciano. Os "nativos digitais", para o Marc Prensky, seriam os jovens de uma certa geração - nascidos a partir de 1980 - que dominam a linguagem tecnológica digital como língua nativa. Aqueles jovens que nasceram em um mundo plenamente digital. E que tiveram, claro, acesso a esses bens de consumo. Cara, muito legal saber que um programador está participando dos debates. Nossas áreas, hoje mais do que nunca, devem dialogar bastante. Concordo totalmente com você. Acredito, inclusive, que ma das tendências da educação é a aprendizagem da programação. E isso vale não só para o ensino de história, mas para todas as demais disciplinas!
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ExcluirObrigado pela resposta, professor Bruno :) Li seu texto sim, mas para mim não ficou clara a proposição de Prensky do que seriam os "nativos digitais". É fato que há nascidos pós 80's que não dominam em nada tecnologias digitais - população ribeirinha, analfabetos funcionais, população em situação de rua, etc... - a meu ver, não basta ter nascido pós-80´s, porém faz-se necessário ser utilizador das TICs, nessa conjuntura, não seria mais preciso afirmar-se na utilização?
ExcluirAinda não me formei em programação... estou estudando. Inclusive gostaria de fazer um doutorado nessa área, mas a CAPES ou Cnpq não parecem concordar que um Mestre em Historia possa concluir um doutorado nessa área. Uma pena, vou persistir. Mais uma vez obrigado!
Antonio Luciano Morais Melo Filho
Oi, Luciano. Sim, com certeza. Eu concordo contigo. No texto eu digo que "nem todos que nascem a partir dos anos 1980 podem ser genericamente vistos como “nativo digital”." E justamente porque, para mim, a questão geracional não dá conta. Como você mencionou, a exclusão digital é uma das variáveis que devem ser levadas em conta nessa avaliação. É claro que Marc Prensky, ao falar de geração, faz um exercício de genralização consciente, mas ainda assim precisamos ter esse cuidado. Por outro lado, acho que apenas utilizar as "TICs" também não garante ser um "nativo digital". Acho que a coisa vai além do domínio instrumental. Acho que estamos de uma questão mesmo de domínio de linguagem. Não entendi o que você quis dizer sobre a CAPES ou o CNPq. abraço!
ExcluirBoa Tarde Prof.Bruno!
ResponderExcluir-Quando estudei Metologia do Ensino de História vi que este estudo está calcado em velhos mestres do Sec.XIX e XX quando não existia a "cultura digital".A Universidade ão está totalmente dissociada da realidade dos nossos alunos?
-Jogos Eletrônicos com motivos Históricos podem ser uma forma de aprendizado bem eficaz,não lhe parece?
Boa Tarde Prof.Bruno!
Excluir-Quando estudei Metologia do Ensino de História vi que este estudo está calcado em velhos mestres do Sec.XIX e XX quando não existia a "cultura digital".A Universidade ão está totalmente dissociada da realidade dos nossos alunos?
-Jogos Eletrônicos com motivos Históricos podem ser uma forma de aprendizado bem eficaz,não lhe parece?
Grato,
Alfredo Coleraus Sommer
Salve, Afredo! Ótimo receber você por aqui. Também acho que precisamos de repensar certas metodologias de ensino. Não porque estas sejam do século XIX e XX. O velho não é sinônimo de ultrapassado ou ruim. Mas porque muita coisa não consegue mais dar conta de novos desafios historiográfico, quer estejam ligados as novas mídias ou não. Sobre a universidade, acho que estamos diminuindo a cada dia a distância que a separa da realidade dos alunos. Exemplo disso é o ProfHistória, o mestardo profissionalizante voltado para professores de história.E esse é apenas um exemplo. Por fim: sim, acredito muito em jogos eletrônicos. Aliás, o Marc Prensky, tema do meu artigo, é especialista no campo. Dê uma olhadinha no site dele. Você vai curtir.
Excluir*exercício consciente de generalização"
ExcluirBoa noite, professor.
ResponderExcluirUltimamente, tem-se encontrado entre a população jovem um número crescente de praticantes de crimes virtuais, tais como o cyberbullying, revenge porn, entre outros. Além da dificuldade que há em encontrar os culpados, parece que a geração "nativa digital", por maior facilidade que tenha em lidar com as tecnologias, ainda possui uma dificuldade muito grande em lidar de forma responsável com elas. Diante disso, eu gostaria de saber de que forma nós, professores nativos digitais ou migrantes digitais, podemos contribuir para que essa geração utilize de forma responsável esses recursos formidáveis que estão disponíveis na atualidade.
Atenciosamente,
Mayara Faccin
Oi, Mayara. Tudo certinho? Você tem razão. Afinal de contas, é tudo muito novo, né? A escola mal conseguiu pensar ainda qual o lugar disso tudo dentro do currículo. Mas, veja, também é verdade que os jovens não são os únicos por trás dos cyberbullying e crimes virtuais, mas também pessoas de outras gerações. A maldade não tem preferências. Com isso chego a sua pergunta: acho que a escola tem uma função importante. Acho que a solução passa muito para a atenção que a escola dá a esse tipo de problema. Criar semanas de conscientização sobre o usos da internet por ser algo interessante. Promover projetos digitais - jornais, concursos, blogs revistas, fanzines, etc - também pode ser uma boa. O próprio professor de informática deve repensar a sua prática para além da técnica. O que acha dessas sugestões?
ExcluirAcredito que são válidas, principalmente se realizadas em parceria com todos os professores, ou, ao menos, com um grupo de professores que se interesse pelo tema. Também penso que esse seria um esforço coletivo para ser posto em prática ao longo de todo o ano, não apenas em alguns momentos pontuais. Preocupa-me, porém, quando a questão não é "levada a sério", nem por professores, nem por alunos. E, de fato, não são apenas os jovens, mas eu quis apontar para esse público porque temos um contato maior com esse público e ouvimos relatos desse tipo de prática. Aí cabe outra questão para refletir: até que ponto não estamos mais preocupados com um conteúdo programático dos currículos, deixando passar as questões referentes à influência da era digital na vida das pessoas?
ExcluirÉ verdade. Mas, veja, eu acho que a questão digital deve ser mais uma abordagem do que exatamente um conteúdo curricular. Acho que nossos currículos já estão demasiadamente inchados. Acho que carecemos de abordagens de formas de colocar esse currículo em prática. Valeu, Mayara!
ExcluirOlá Bruno, primeiramente gostaria de parabenizá-lo pelo Café História, uma excelente ferramenta para discussões.
ResponderExcluirSou professora do Ensino Fundamental e Médio, formada em História e pós-graduada em Mídias na Educação.
Me considero uma grande entusiasta quanto a utilização das TIC's.
Concordo quando comentas que apesar da maioria das escolas hoje contar com uma infraestrutura invejável, muitas vezes, ela só junta pó.
Nesses meus seis anos de docência, vi muitos jovens professores desencorajados em ousar por achar mais cômodo e menos trabalhoso a aula tradicional, onde o quadro e o giz são os protagonistas.
Infelizmente, eles não estão errados... uma aula com o uso de tecnologia é muito mais trabalhosa e necessita de um planejamento adequado, no entanto, muitas vezes, essa desacomodação gera excelentes resultados.
Sempre que possível, gosto de introduzir na minha prática diária os mais diversos recursos e tenho também contribuído para que essa ideia se espalhe e contamine outros professores da minha escola.
Para estimular o uso de ferramentas educacionais criamos uma nuvem colaborativa que conta com objetos educacionais e jogos das mais diferentes áreas do conhecimento e nas reuniões para planejamento costumamos pensar nas mídias para a elaboração de projetos.
Oi, Camila! Obrigado pelas palavras e pela contribuição ao debate. Fico contente em saber que você gosta do Café História. Olha, é isso aí mesmo: por isso digo que o paradigma tradicional é muito forte. Ele nos leva para uma zona de conforto que é muito difícil de sair. E não porque o professor é preguiçoso ou sem criatividade. Mas porque esse paradigma favorece uma série de forças que incidem sobre a prática docente. Faltam cursos de formação continuada, cursos para dominar a parte técnica, debates metodológicos, tempo, enfim, uma série de recursos que colocam o professor em uma situação complicada. Mas, diga: o que você tem feito de interessante na sua escola? de onde você fala?
ExcluirOi Bruno, sou da cidade de Santana do Livramento, no interior gaúcho.
ExcluirComo disse anteriormente, sou bastante ligada em tecnologia...tenho um página no Facebook chamada "História Animada" para o compartilhamento de recursos digitais.
Já na escola...tenho intensificado o uso de objetos educacionais e tenho também realizado provas com o auxílio do software educacional canadense Hot Potatoes que utilizo para criar exercícios sob a forma de objetos digitais que podem ser empregados até mesmo sem o uso de Internet, o que ajuda muito no trabalho, já que o acesso nem sempre é dos melhores.
Esse ano... peguei um desafio, ou melhor, mais um... vou lecionar o componente curricular de Seminário Integrado, uma espécie de introdução a pesquisa científica e mesmo no início do trabalho tenho observado a dificuldade de muitos alunos em fazer uma tabela, formatar um texto em um editor de texto ou até mesmo enviar um arquivo em anexo do email.
A maior parte dos meus alunos se diz "expert", no entanto, o conhecimento se limita as redes sociais e a edição de fotos.
Pergunto: como mostrar aos alunos a importância de dominar o uso de tais ferramentas?
Atenciosamente,
Camila Braz Viscardi
Oi Bruno, sou da cidade de Santana do Livramento, no interior gaúcho.
ExcluirComo disse anteriormente, sou bastante ligada em tecnologia...tenho um página no Facebook chamada "História Animada" para o compartilhamento de recursos digitais.
Já na escola...tenho intensificado o uso de objetos educacionais e tenho também realizado provas com o auxílio do software educacional canadense Hot Potatoes que utilizo para criar exercícios sob a forma de objetos digitais que podem ser empregados até mesmo sem o uso de Internet, o que ajuda muito no trabalho, já que o acesso nem sempre é dos melhores.
Esse ano... peguei um desafio, ou melhor, mais um... vou lecionar o componente curricular de Seminário Integrado, uma espécie de introdução a pesquisa científica e mesmo no início do trabalho tenho observado a dificuldade de muitos alunos em fazer uma tabela, formatar um texto em um editor de texto ou até mesmo enviar um arquivo em anexo do email.
A maior parte dos meus alunos se diz "expert", no entanto, o conhecimento se limita as redes sociais e a edição de fotos.
Pergunto: como mostrar aos alunos a importância de dominar o uso de tais ferramentas?
Atenciosamente,
Camila Braz Viscardi
Oi, Camila! Adoro o sul do Brasil. Tenho muitos colegas queridos na região. Poxa, você é super ativa. Gostei bastante de suas atividades! Parabéns! Sobre sua pergunta: acho que os alunos já sabem - de alguma forma - que dominar essas ferramentas é importante. Quer uma sugestão? Faça um experimento com suas turmas: diga para os seus alunos ficarem uma semana sem usar computador, internet e celular. Peça para eles registrarem mudanças de hábitos e comportamentos em um diário. Depois de uma semana, peça para eles apresentarem os resultados. O que acha? (Se fizer mesmo, quero saber os resultados!!)
ExcluirTEMOS OS ALUNOS NATIVOS DIGITAIS NA SALA DE AULA, BEM COMO, AQUELES QUE SABEM QUE EXISTEM, MAS NÃO TEM ACESSO. TAMBÉM TEMOS OS PROFESSORES NATIVOS DIGITAIS E AQUELES QUE NÃO SÃO, MAS, BUSCARAM SE ADEQUAR A ESSA NOVA REALIDADE QUE ESTÁ PRESENTE EM NOSSA SOCIEDADE.
ResponderExcluirNESSE CENÁRIO: COMO TRABALHAR COM ALUNOS QUE NASCERAM NA ERA DIGITAL, MAS QUE SÃO EXCLUÍDOS DELA, POR SUA CONDIÇÃO SOCIAL, DENTRO DO AMBIENTE ESCOLAR QUE DISPONIBILIZA DE FORMA PRECÁRIA ESSA TECNOLOGIA E TEM UM CURRÍCULO ENGESSADO?
MARIA CECÍLIA
Oi, Maria Cecília. Tudo bem? Caramba, que pergunta difícil! Difícil, porém importante, pois é a realidade de muitos professores em nosso país. Eu acredito muito em cursos de formação continuada. Trabalho no campo há mais de dez anos e tenho visto resultados extremamente satisfatórios. Acho que a parte do equipamento é fundamental. Não existe ensino de história mediado por novas mídias sem computador ou internet. Mas, geralmente, as escolas conseguem esse tipo de coisa. O problema, em seguida, é o que fazemos com esse equipamentos. Gosto de dizer que a rede mais importante que temos quando falamos de internet não é a rede de computadores, mas a rede de pessoas. Daí a centralidade desses cursos de formação continuada. E que envolvam não só o professor, mas o coordenador pedagógico e outras lideranças da escola. Você já viu algum curso de formação continuada na escola que englobe as novas mídias?
ExcluirBoa Noite, Bruno.
ResponderExcluirEsse assunto é muito instigante para se pensar a realidade do Ensino Superior e do Ensino Básico. Atuei a alguns anos no ensino fundamental na área de História e atualmente estou com dedicação exclusiva ao Mestrado. E nesse processo de "inversão" de papéis, percebo o quanto o Brasil precisa melhor no âmbito tecnológico. Nas escolas em que trabalhei, algumas não haviam salas de informática e as que possuíam estavam desativadas. Ao ler esse texto, me fez pensar minhas práticas pedagógicas enquanto minha realidade profissional. Eis uma indagação: como usar esse recurso tão importante para nós professores e principalmente, para os nossos alunos com a falta de políticas que nos favoreça?
Abraços,
Eloane Aparecida Rodrigues Carvalho
Oi, Eloane. Gostei de ler sobre a sua experiência. A falta de políticas que nos favoreçam é realmente difícil. E pensar nisso pode realmente ser um fator desestimulante. Porém, quando isso acontece, prefiro pensar no que podemos fazer com o que temos e não com que (ainda) não temos. Pode ser mais produtivo. Não é um escapismo de minha parte, mas uma estratégia para não ficar atolado. Bom, uma coisa que tenho reparado muito é que para isso tudo dar certo a comunicação na escola precisa funcionar. Eu vejo a escola (e até a universidade) como um ambiente de comunicação antes de qualquer coisa. A começar pela sala de aula. Não estamos ali para nos comunicarmos com os alunos? E a sala de professores? Não estamos ali para nos comunicarmos com os demais docentes? O próprio processo de ensino-aprendizagem não é também ele um processo de comunicação? O problema é que nem sempre essa comunicação funciona bem. Eu sempre gosto de começar por aí. Conhecer o que o outro diz, como ele diz, por onde ele diz é muito importante. Existe um fluxo comunicacional no ambiente escolar que precisa ser otimizado. Planejamento, sinergia e coordenação são basilares. Acho que sem isso não dá pra pensar em projetos de comunicação de qualquer espécie na escola. Precisamos disso até mesmo para combater essa falta de recursos e de políticas que nos favoreçam. Abraço!
Excluir3) As inovações tecnológicas alcançaram uma rapidez em sua evolução impossível de ser alcançada e mediada pelas tradições culturais de um povo. Vivemos numa sociedade onde os idosos são considerados um peso, já que do ponto de vista capitalista não estão na fase produtiva de suas vidas, se a sociedade pensa assim, imagine nossos adolescentes em idade escolar. Já ouvi professores e pais reclamando que os jovens entendem muito da utilização das novas tecnologias, mas são incapazes de transmitir esse conhecimento à outras pessoas, não tem paciência. Meu questionamento é o seguinte: o caráter individual das TIC não seria responsável pela não utilização das mesmas em sala de aula quando um nativo digital se torna professor? Por ser um conhecimento nato, indissociável, ele não enxergaria como ferramenta do processo de aprendizagem e repetiria as aulas expositivas que vivenciou durante sua formação profissional.
ResponderExcluirDebora Shizue Matias Takano
Oi, Debora! Tudo bem? Obrigado pela contribuição ao debate. Olha, não acho que a sociedade enxerga os idosos como um peso. Na verdade, avançamos bastante com o Estatuto do Idoso. Mas, enfim, isso é um outro papo. Vamos a sua boa pergunta: antes de tudo, é importante que se diga que nenhum conhecimento é nato, a não ser aquele geneticamente programado. O restante é tudo socialmente aprendido. Mas eu concordo com você: muitos nativos digitais - segundo a classificação de Prensky - reproduzem antigas abordagens e perspectivas de ensino. É um dos pontos do meu artigo. Isso só mostra o quanto a questão geracional não explica sozinha as transformações sociais. A coisa vai além do tecnológico.
ExcluirBoa noite Prof.Bruno, sou professora, me formei a pouco tempo e este tema foi muito discutido durante meu aprendizado, e a pergunta sempre era: como incluir a tecnologia na sala de aula com a escassez de recursos? Como um professor, "imigrante digital", pode adaptar sua aula se o governo não da apoio oferecendo cursos e recursos? E como incentivar aqueles professores que não se arriscam a mudar a metodologia da aula, porque sempre deu "certo" o seu método.
ResponderExcluirAcredito que com as constantes transformações vivemos na "sociedade da informação", onde precisamos de tudo na hora. E com as novas gerações não vai ser diferente, pois tornou-se necessário estar sempre conectado e atualizado.
É importante que o professor entenda que não basta apenas levar a tecnologia para dentro da sala de aula, pois não é isso que torna a aula mais prazerosa e mais fácil de ser entendida, é também mudar o método, saber como usar a tecnologia a seu favor.
Sabemos que ainda existe muita resistência de professores e diretores quando o assunto é tecnologia, é como se eles pensassem que fosse atrapalhar e não ajudar, pelo medo de inovar.
Não digo que dever ser deixado de lado o livro didático, mas não utilizar ele como um instrumento único de aprendizagem.
Mas eu entro em contraditória quando paro para analisar como posso utilizar esses recursos e ensinar que esses também prejudicam o meio ambiente? Como vou levar a tecnologia para dentro da sala de aula para futuramente dizer aos alunos que o constante avanço da tecnologia está acabando com o nosso planeta? O que fazer?
Abraços.
Márcia Soares
Oi, Márcia. É um prazer receber você aqui no debate. O que você disse é realmente um fato: a maior dificuldade dos professores - ou de boa parte deles - não é ter acesso a tecnologia, mas saber como leva-la para sala de aula e de forma que esta faça sentido para o aluno e para o processo de ensino-aprendizagem. Acho que isso depende de cursos de formação, do currículo universitário, do interesse do professor, da disposição da escola em incentivar essa prática, do planejamento interdisciplinar, etc. Eu discordo quanto ao fato do avanço tecnológico estar acabando com o nosso planeta. O que você quis dizer com isso exatamente? Na minha perspectiva, a tecnologia tem tudo para ajudar o planeta. Acho que é o ser-humano quem está ameaçando o planeta. Se ele usa a tecnologia para isso acho que o problema não é a tecnologia em si, mas ele próprio. Concorda? Grande abraço!
ExcluirOlá tudo bem ? Sou aluno de EAD (educação a distância), e dentro desse universo nos utilizamos quase que 100% das teconlogias digitais para aprender. Desde sites, aulas em streaming, aplicativos para telefones, tablets, etc... basicamente eu não toco em livros físicos, leio muito, porem usamos de todas as mídias possíveis para aprender, desde filmes, documentários, aulas em áudio e muitos livros em pdf. Porem, por conta disso eu percebi uma resistência absurda dos imigrantes digitais com relação a educação a distância, o que no mínimo é absurdo mas o que escuto são coisas do tipo; "Você precisa ler o livro de verdade para aprender" - "aula tem ser olhando para a cara do professor, assim você não aprende" - "você não sai de casa, duvida que está aprendendo alguma coisa" e por ai vai. E vejo que muito deste modo de pensar vem de alguns professores, que não intendem, e mesmo assim criticam, Bom esse é o meu ponto, eu gostaria de trabalhar mesclando os dois mundos, ter o contato humano na sala de aula com meus alunos (que é um ponto negativo do EAD) mas permitir que eles se utilizem da tecnologia para auxilia-los no processo de aprendizagem, porque na EAD eu descobri que o professor nada mais é que um norteador, e que a educação de verdade está no interesse dos próprios alunos. O senhor poderia comentar de forma crítica os pontos bons e ruins de mesclar as duas formas de educação, se é possível ou não faze-lo, e como faze-lo, já que vivemos um mundo onde se tem muita resistência ao novo.
ResponderExcluirAbraços. Daniel Nunes Batista - Estudante de História
Olá Bruno, meu olhar é sobre a escola básica. Nesse sentido, apesar dos avanços que você pontuou no texto, as "novas tecnologias" ainda são subutilizadas no cotidiano escolar. Entre as diversas inciativas no campo das políticas públicas, a ênfase deve recair sobre a formação continuada dos profissionais da escola. O envolvimento do gestor, por exemplo, é fundamental para que o espaço escolar se transforme, e além da sala da aula. O problema é que muitas iniciativas são pontuais, esporádicas e descoladas do cotidiano escolher. Acredito que esse é um dos elementos limitadores do avanço dos trabalhos nesta perspectiva.
ResponderExcluirJosé Martins Ribeiro
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBoa Tarde Prof.Bruno.
ResponderExcluirQuando tive acesso ao artigo logo tive a impressão de se tratar de uma temática que perpassa nossa realidade, não apenas brasileira. Sou professor de ensino básico de uma instituição de ensino privada e por esse meu contato presencio uma constante experimentação do que Marc Prensky associa ao conceito de "Nativos Digitais" dos meus alunos, no entanto me considero na mesma situação que eles, um "Nativo", lógico que levando em consideração a própria tecnologia que suporta toda este fluxo de informações que se atualiza e reinventa num limite curto de tempo me faz questionar como pensar o Ensino, suas práticas e métodos para o futuro? O Professor-mediador e sua adaptação neste meio em constante "reinvenção"? A própria formação do Educador será suficiente? Na medida em que na Academia temos um contato com teorias e correntes ideológicas que estão em livros impressos e que pouco tratam de novidades tecnológicas que poderiam (ou deveriam ser implementadas às práticas de Ensino, tendo por prerrogativa que fazem parte do universo do aluno (como exemplo: video-games e aplicativos)? Gostaria de saber qual sua opinião a respeito de como esse "futuro", que na minha opinião já está mais do que presente, poderia ser trabalhado no Ensino básico?
Desde já obrigado pela oportunidade.
Eriksen Amaral de Sousa
Não sei se essa pergunta já foi mas...
ResponderExcluirProfessor você acha que o sistema educacional precisa de uma reforma urgente, atualizando o ambiente escolar e os profissionais da educação,para que eles também acompanhem essa nova era onde o homem e a tecnologia andam de mãos dadas?
Juliana Foschera
Penso que o X da questão é o professor ou a professora saber entender o quanto são diferentes os alunos que hoje estão nas nossas escolas. É preciso quebrar paradigmas e encarar a educação, como algo que pode mudar a vida das pessoas. A tecnologia muda toda hora e está cada vez mais presente no cotidiano das pessoas e no meio acadêmico. Claro, que para esta geração é mais fácil lidar com a tecnologia, mas ela precisa aprender a desenvolver mais estas ferramentas. De que forma professores (as) podem se inserir na nova forma de ensinar com as novas tecnologias?
ResponderExcluirOlá Bruno, boa tarde! Ótima indagação/reflexão!
ResponderExcluirFiquei bastante interessado em pensar o choque de gerações que marca a relação entre “nativos digitais” e “imigrantes digitais”, sobretudo os aspectos sintetizados na afirmação: “os nossos instrutores imigrantes digitais, que falam uma linguagem datada (pertencente à era pré-digital), estão lutando para ensinar a uma população que fala uma linguagem inteiramente nova.” Para além, fiquei pensando:
a) como ensinar utilizando “linguagens” e “tecnologias” que nem sempre estão disponíveis em escolas de educação básica em muitas regiões do Brasil?
b) Se possível, também gostaria que você abordasse o papel da universidade com relação a formação de professores de história para lidar com o dilema apresentado no texto (tanto na organização dos currículos das licenciaturas quanto nas escassas atividades de formação continuada).
Por fim, se possível, gostaria de saber sua opinião sobre os motivos que levam a situação abaixo:“ tenho visto em minhas atividades profissionais como docente é que muitos “nativos digitais”, que cresceram e se beneficiaram amplamente da cultura digital, adotaram práticas bastante parecidas com alguns de seus professores mais conservadores – no sentido pedagógico e não político. Boa parte das aulas ainda são demasiadamente expositivas, com poucos recursos visuais, por exemplo.”
Desde já, muito obrigado!
E parabéns pela reflexão!
Edvaldo C Sotana
Ola Professor me interessei bastante pelo seu texto principalmente por eu ainda estar vivenciando a fase da adolescência e por ter nascido na era digital.Me chamou muita atençao determinada passagem no texto em que fala sobre as redes sociais hoje os jovens de classe média e média alta tem acesso a internet mais cedo e utilizam conecções de melhor qualidade. Esses jovens realmente cresceram na era digital mas os estudantes de classes mais baixas,no entanto, acessam muitas vezes a internet na escola ou em lan houses e tem mais dificuldade para lidar com as novas tecnologias porque têm acesso a elas mais tarde. Portanto, não se pode assumir que todos os jovens sejam nativos da era digital, embora essa seja a tendência para os próximos anos.Sobre os professores penso que muitos professores nao entendem a falta de interesse dos estudantes por aulas meramente expositivas entao deve-se pensar em uma nova forma de ensinar ja que essa nova geraçao ja aprende de uma maneira diferente.
ResponderExcluirConcordo plenamente que as crianças e jovens que estão na educação básica, são outras, são digitais. Tenho tentado diversas formas para que essa tecnologia esteja presente em minhas aulas, no entanto, observo que, na escola pública, as dificuldades são de toda ordem; equipamentos ultrapassados, rede wi-fi indisponível nas salas de aula, muitos alunos não tem celular com wi-fi e, se tem, não querem usar para atividades pedagógicas. Laboratórios de informáticas com poucos computadores em funcionamento, sem laboratorista e por ai vai. Como fazer a inserção nesse contexto?
ResponderExcluirBoa noite, Bruno!
ResponderExcluirParece-me que não estamos sabendo lidar com os nativos digitais em sala de aula. Estamos muito longe de aprender procedimentos ideais, mas a estrutura escolar está tão presa à ideia das proibições, que deixa de lado os benefícios que as tecnologias têm a oferecer ao processo de ensino aprendizagem. Atuo como professora de Língua Inglesa, e os alunos ficam desesperados com a necessidade do uso de dicionários impressos, sendo que todos têm um smartphone na bolsa, por meio do qual poderiam ter acesso a um dicionário digital. Com base nas suas experiências e estudos, como você considera que devemos lidar com o uso de algumas tecnologias que, à primeira vista, parecem ora auxiliar, ora atrapalhar o processo de ensino e aprendizagem, como é o caso dos smartphones nas mãos dos adolescentes?
Atenciosamente,
Margarida Liss
Bom Dia Professor Bruno!
ResponderExcluirMe formei em História a poucos anos, na modalidade EAD e, na finalização do meu curso, já sentia que o currículo não atenderia meu público, minhas necessidades; pois era um currículo antigo, digitalizado e as ferramentas interacionais com o passar do tempo se tornaram ineficazes.
Pergunta: é possível compartilhar uma bibliografia (mesmo que pequena, para não tomar tanto de seu tempo)em que há relatos de uso das NTIC`s para o conteúdo de História?
Muito obrigada,
Penelope Assunção Britzky Quintino
Oi, Penelope. Claro. Olha, vou recomendar três livros que acho ótimos:
ExcluirCOHEN, Daniel Jared; ROSENZWEIG, Roy. Digital history: a guide to gathering, preserving, and presenting the past on the web. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 2006.
SEEFELDT, Douglas; THOMAS III, William G. What is digital history? A look at some exemplar projects. 2009.
ROSENZWEIG, Roy. Clio Wired: The future of the past in the digital age. Columbia University Press, 2011.
SOLOMON, Gwen; SCHRUM, Lynne. Web 2.0: New tools, new schools. ISTE (Interntl Soc Tech Educ, 2007.
Aqui no Brasil, você pode procurar por trabalhos de duas historiadoras: Anita Lucchesi e Marcela Albani.
Muito agradecida!!!!
ExcluirBom tarde Bruno Leal, tudo bem?
ResponderExcluirInicialmente gostaria de parabenizá-lo pelo texto e também pelo site/rede social Café História.
No decorrer da leitura de seu artigo, fiquei pensando em como a escrita de Prensky pontua bem sobre as tecnologias e seus dois grupos existentes (obviamente em seu contexto norte americano). Em algumas pesquisas das quais presenciei, muitas das características apresentadas por Prensky me pareceram um tanto verdadeiras. Alunos em uma linguagem e professores em outra (sem generalizar, claro!).
Em outro momento da leitura, lembrei-me de um texto que li do pesquisador Baumam, dizendo que em nenhum outro momento histórico da educação os professores sentiram tanta dificuldade em pensar o processo de ensino aprendizagem de seus alunos.
Ponderei sobre o papel da Universidade, como espaço de formação de professores, e em como essa instituição percebe essa “nova” realidade e atua em seus currículos para auxiliar esse futuro professor em sua sala de aula.
Pensei em três perguntas, bem distintas, mas que ao longo de seu texto me fizeram analisar:
1-Você percebe no meio em que está inserido, que os professores já atuantes no sistema educacional, entendem a importância das novas tecnologias para o processo de ensino aprendizagem? E se esses professores recebem o apoio (cursos de formação, por exemplo) necessário para atuar com os nativos digitais?
2-Os nativos digitais, das escolas atuais, estão preparados para usar educacionalmente o que as novas tecnologias têm para oferecer? Ou prezam apenas pelas redes sociais (por exemplo) das quais se identificam?
3-Com todos os avanços tecnológicos, o processo de ensino/aprendizagem tende a avançar, ou os aparatos tecnológicos/internet, com o tempo influenciarão, talvez, ao autodidatismo?
Atenciosamente
Tayssa R. M. Nascimento.
Oi, Tayssa! Obrigado pela contribuição! Que legal encontrar uma colega do Café História por aqui! Vou tentar dar conta das suas questões, todas muito boas: 1) acho que a maioria já reconhece a importância das novas mídias. Há dez anos, eu diria o contrário: uma minoria. Isso é importante. A maioria não recebe apoio. Isso é um problema. Escuto muito gente falando algo do tipo: "tá bom, isso tudo é muito bom, mas por onde começo? Como isso pode me ajudar". Só formação continuada pode resolver isso; 2) Não sei dizer se todos estão preparados. Mas acho que a pergunta pode render mais, assim: "os nativos digitais que se tornam professores vão reproduzir antigas pedagogias ou vão conseguiu inovar? Difícil responder, né?; 3) Acho que tende avançar, sim, mas não creio e nem desejo autodidatismo ou auto-suficiência. Gosto de pensar que as novas mídias emponderam e possibilitam um maior protagonismo. Mas isso é coletivo e passa sempre pela escola e pelo professor. E aí, atingi minimamente suas expectativas? :) Abração, Tayssa!
ExcluirOi, Bruno!
ExcluirQuestões relacionadas às novas tecnologias/novas mídias envolvem tantas esferas...
Gostei do modo como alterou a segunda questão, ficou melhor mesmo. Não tinha pensado desta forma.
Obrigada pelas respostas.
Superou as expectativas :)
Att,
Tayssa Machado.
Olá Bruno. Parabéns pelo artigo instigante, que que vem suscitando um debate interessante aqui, pelo que pude ler nos comentários. Minha questão é mais objetiva: na sua avaliação quais seriam os principais aspectos e/ou práticas a serem desenvolvidas numa escola pública para que professores de diferentes disciplinas, especialmente os da áreas de Humanas,possam utilizar cotidianamente em suas aulas as tecnologias digitais? Um abraço,
ResponderExcluirLuís Eduardo de Oliveira
Oi, Luís. Obrigado! Antes de tudo, acho que não precisamos lançar mão da tecnologia em todas as aulas. Acho que teríamos um colapso nervoso se tivéssemos que adaptar todas as nossas aulas para caber dentro desse tipo de orientação. (risos) E sejamos sinceros: criaríamos uma rotina suficiente para deixar a coisa desinteressante em pouco tempo. Acredito que seria mais interessante usar a tecnologia pontualmente, em projetos especiais. No caso dos professores de história, criar oficinas, projetos em rede sociais e debates sobre pesquisa na Era Digital também pode ser uma solução interessante para introduzir o aluno dentro deste universo. Esses temas nos ajudam a discutir ética, política, economia e a própria escrita da história. Eu costumo usar bastante vídeos e power points. Já pedi para meus alunos elaborarem infográficos sobre o Holocausto jornais online. Já produziram podcasts e ebooks. Dá pra fazer muita coisa. Mas acho que isso precisa ser planejado com bastante antecedência e executado ao longo do ano letivo ou semestre. O planejamento, claro, envolve conseguir os recursos necessários por parte da escola e o apoio dos colegas professores. Expor os resultados também é estratégico. A escola precisa ver esses resultados. Grande abraço!
ExcluirBacana. Boas dicas as do ebook, infográficos e podcast. Também uso slides, trechos de filmes e documentários em minhas aulas, tanto na exposição e debate de conteúdos quanto nas apresentações de trabalhos feitos por grupos. Desde 2010 venho participando da ONHB, que é também uma experiência fantástica, embora sempre com um grupo bem reduzido de alunos, bem como compartilhando materiais para minhas turmas em grupos específicos no Facebook. Mas, a leitura e debate aqui, reforçaram aqui a minha percepção de que preciso planejar melhor tudo isso daqui para frente, pois são aços que requerem muito esforço extra-classe e que, portanto, precisam ser significativas e gratificantes não apenas para os alunos, mas também para o professor que as propõe!!! Lhe enviei um pedido de amizade no Face...rs... me adicionar lá e vamos nos falando... muito obrigado mesmo, parabéns novamente e um forte abraço.
ExcluirOlá Bruno!
ResponderExcluirGostei de seu texto poi explica bem a questão dos nativos e imigrantes digitais. Abraço.
Paula
Valeu, Paula!
ExcluirOlá! Ao seu ver como o uso das tecnologias poderia ser melhor disponibilizado nas escolas públicas?
ResponderExcluirPaula Évile Cardoso
Nosso quadro hoje é muito diverso. Temos escolas bem equipadas, mas sem preparo para utilizar esse equipamento. Temos escolas com profissionais altamente capazes, mas sem equipamentos. Isso precisa ser equalizados. Alguns países estão substituindo aulas de história por aulas de programação. Isso é um retrocesso. O que precisamos é integrar esses conhecimentos. Abraço, Paula!
ExcluirAdorei , a tecnologia esta cada vez mais avançada isso é bom para um lado mas pelo outro não , pois as crianças estão entrando nesse '' mundo tecnológico '' de forma inadequada e estão perdendo a inocência cedo de mais , eu gostaria de saber do senhor qual é sua posição sobre isso e quais pontos positivos e negativos o senhor impõe .
ResponderExcluirAlana Ramos
Oi, Alana. Obrigado pela presença! Bom ter você por aqui. Antes de mais nada: por favor, não quero impor nada (risos) Vou destacar um ponto de cada. Uso negativo da tecnologia: cyberbullying e outros comportamentos abusivos. Positivo: expansão dos ambientes de aprendizagens legítimos e invoadores.
ExcluirEnviei meu comentário logo pela manhã, mas no entanto não estou visualizando-o na página. Isso é comum?
ResponderExcluirAtenciosamente, Paulo Cosme dos Santos.
Será que houve algum problema, Paulo? Pode enviar novamente?
ExcluirBoa noite, professor.
ResponderExcluirComo os professores "imigrantes digitais", podem encontrar equilíbrio para ministrar para esses alunos "nativos digitais" aulas atrativas, dinâmicas, interessantes e como aproximar gerações tão distintas, e será que realmente todos os interessados querem mudanças ?
Thereza Cristina Kling Bandeira.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPrezado Bruno, b noite.
ResponderExcluirConcordo com sua leitura acerca da permanência de antigos paradigmas. Gostei muito de seu texto, ele reflete equilíbrio. Nativos digitais e imigrantes digitais têm algo em comum, que vc não nomeou ou tipificou, mas que eu chutaria dizer que conhecer resulta de viver um processo e não alcançar um fim como algo em si mesmo. Mas o ensino é envolvido por um ambiente de resultados utilitários como fins em si mesmos, e a escola encarna isso, com notas, boletins, formas de avaliação que produzem uma ideia de aprender como algo que se coloca num lugar em que falta tudo. O grande prazer de aprender é a via por onde se aprende, e parece que está no meio e não no fim. Por isso as tecnologias devem ser intermediários para fins e não fins em si mesmas. Vejo como nativos digitais se envolvem com encaminhamentos didáticos que nem sempre são magnetizados pela tecnologia, mas por práticas, procedimentos e ações do tempo dos imigrantes digitais mesmo, práticas como montar um jornal em papel, depois de usar a máquina digital, representar um teatro, depois de gravar no celular o texto e ouvi-lo, ou mesmo ainda usar tesoura, papel e cola. Minha pergunta a você é até um pouco óbvia: imagino que você concorde com uma presumida reificação das tecnologias digitais e/ou eletrônicas. Até porque elas são comunicadas como uma projeção para o futuro, para onde se deve ir, sem se voltar ao passado. Não acha você que, de antemão, algumas práticas poderiam ser encaminhadas no sentido de prevenir-se da reificação a que me refiro acima?
Abraços.
Bruno Flávio Lontra Fagundes
Salve, Bruno! Como vão as coisas? Bom ter você aqui! Obrigado pela contribuição. Há realmente esse tipo de ambiente que você mencionou. E não só a escola está presa a esses "resultados utilitários". Mas a própria universidade. Não muda muita coisa: notas (os temidos CRs), boletins (que passam a se chamar "histórico escolar"), avaliações que não avaliam, relações de poder desequilibradas, etc. Tá tudo lá nos corredores universitários. Há muito o que ser repensado e, na medida do possível, mudado. Sobre sua pergunta, vou tentar dar conta dela em blocos: a) sim, eu concordo inteiramente com posturas que geram essa reificação (a tecnologia como via messiânica, redenção, substituição, neutra, etc.) Mas é verdade que existe um outro lado, igualmente contraproducente: a tecnologia vista como materialização do mal (imperialista, excludente, apocalíptica - pra usar o termo do Umberto Eco - patologia, fonte da destruição e da danação). Temos que nos afastar desses dois polos o máximo possível; b) acho que a tecnologia se projeta para o passado e para o futuro (como superação ou com promessa) Mas é o que ela pode fazer ou não fazer aqui e agora é o mais bacana. Nós historiadores somos péssimos cientistas políticos ou futurólogos (risos); c) evitar a reificação e a demonização são fundamentais. Todas essas duas posturas são imposturas. Neste sentido, a atuação do docente (de história ou não,) é essencial. Em história, falamos e fazemos muito a tal da "crítica das fontes". Devemos também fazer ma espécie de "crítica das mídias". Isso precisa ser parte integrante da educação básica e superior. Mas acho que ainda temos um longo caminho até que isso aconteça. Esse é um tema que realmente tem me interessado. Sobretudo com a polarização política estúpida que nosso país atravessa. Nunca criamos tantos mitos (à esquerda e a à direita). E a mídia digital tem contribuído muito para isso. Hoje, as pessoas confundem muito, por exemplo, "grande mídia" com "verdade", assim como "pequena mídia" com "mídia independente". Isso é uma tragédia. Basta ver o comportamento de grandes jornais e revistas e também dos chamados "blogs políticos". Em termos de análise de discurso, fazem a mesma coisa.
ExcluirBruno, repondo minha questão. Qual o peso relativo da realidade discursiva que exalta e promete messianicamente um mundo resolvido pelas tecnologias, de modo geral, e um mundo escolar redimido, de modo específico, se os alunos dominarem essas tecnologias?
ResponderExcluirValeu.
Bruno F L Fagundes
Salve, Xará! Acho que minha posição tá na minha resposta anterior. Mas é isso: promessas messiânicas levam a frustração, exclusão, incompreensão. Assim como promessas apocalípticas. Abração!
ExcluirTrabalho rico e relevante!
ResponderExcluirUm questionamento para enriquecer ainda mais a discussão: Até que ponto o compartilhamento de postagens de forma imediata sem que haja o mínimo de analise da veracidade e/ou legitimidade do conteúdo pode ser prejudicial a sociedade?
(José Vando Moreira da Silva – Caruaru/PE - jose_vando@live.com)
Bom dia Bruno Leal, adorei teu texto, até porque o assunto é tão real e presente no nosso dia a dia. O sistema de ensino continua arcaico enquanto a evolução em diversas áreas avança ao uso tecnológico.
ResponderExcluirAté que ponto tu acha possível uma ruptura com o sistema de ensino atualmente, lembrando que existem escolas ao sul do país que levam como base de ensino os métodos da escola da Ponte, em Portugal.
E em que direções o ensino deveria seguir, para que os alunos não sejam prejudicados no sistema de seleção para ingresso nas universidades, ou se mesmo essa seleção é a que dificulta a inovação no ensino (já que para o aluno, a decoreba é a que da resultados).
Maria Gabriela Monteiro Gil
Oi, Maria. Tudo bem contigo? Obrigado pela contribuição! Não acredito muito em rupturas atualmente. Quer dizer, não em nosso sistema educacional. Acho que as coisas ainda mudam muito lentamente. Acredito que tivemos avanços, mas eles infelizmente foram mais lentos do que desejamos. Importantes, mas lentos. Por exemplo: é fundamental ter toda criança em sala de aula. Porém, isso não necessariamente significa inclusão. Não necessariamente significa cidadania ou formação de qualidade. A propósito de sua pergunta sobre qual direção a seguir: mais uma "pergunta de um milhão de dólares" que pinta por aqui (risos). Sinceramente, não saberia responder com segurança. Acho que a seleção para as universidades tem a sua parcela de culpa. O "vestibular" ou o "Enem", por mais bem intencionados que sejam, criaram uma indústria. Estuda-se para passar nessas provas e não pela importância do conhecimento por para se tornar um cidadão crítico e capaz de construir o mundo melhor. Isso, portanto, é um problemão. Mas acho que o problema vai além disso. As cotas ajudaram a diminuir uma desigualdade, claro. Mas questões de estrutura, inserção internacional, defasagem educacional, tudo isso ainda é um gargalo que precisamos resolver.
ExcluirOlá Bruno!
ResponderExcluirPrimeiramente parabéns pelo texto.
Gostaria de saber qual seria na sua opinião a melhor maneira de inserir esses classificados no texto como "imigrantes digitais", de modo que os faça ter capacidade de lidar com essa imensa gama de informações e novas tecnologias que se utilizadas de forma correta e consciente, muito tem a acrescentar no processo ensino/aprendizagem?
Abraços,
Luis Frederico Vitorino Silva
Oi, Luis. Seja bem-vindo. Obrigado pelo retorno! É possível dizer que há várias formas de fazer isso. E isso pode variar em função da escola, da pessoa, dos projetos que ela pretende realizar, do conhecimento que ela já possui. O fundamental, ao meu ver, é que essa pessoas tenha não só acesso a esses bens materiais, mas que também domina a linguagem das novas mídias. Cursos de capacitação ou formação continuada são muito indicados. O suporte da escola e da secretaria de educação, portanto, é fundamental.
ExcluirComo se reconhece um imigrante digital? E quais suas características? Maria Izabel Nogueira
ResponderExcluirOi, Maria. Obrigado pela visita. A diferença está no meu artigo, logo acima. abs!
ExcluirQuais as diferenças entre “nativos digitais” e “imigrantes digitais”? Maria Izabel Nogueira
ResponderExcluirOi, Maria. Obrigado pela visita. A diferença está no meu artigo, logo acima. abs!
ExcluirGostei muito e acho que os dois métodos inserido tanto os professores que foram alfabetizados de um método e a nova geração de outro os dois acabam se ajustando dentro da sala de aula.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirObrigado, Alana! Também acredito neste alinhamento! Abraço!
ExcluirOlá, Bruno!
ResponderExcluirBom, vou começar dizendo que seu texto e sua colocação de PRENSKY sem duvida é interessante e que poderá levar a uma boa discussão. Como você disse, precisa manter um equilíbrio entre tecnologia e humanismo, mas vamos para o lado mais da infância. Uma criança não será necessário o uso de celular mas o que vemos hoje em dia é exatamente ao contrario, isso se refere também por parte dos pais que não tem uma audácia de ir ali, ficar um pouco com a criança e ajuda-lo no que precisar, mas não, é bem mais fácil um pai dar o celular ou deixa-lo na frente da TV e ficar quieto do que ele dissipar essa ideia que existe tecnologia da mete da criança pelo menos por enquanto.
Na adolescência já é um caso complicado, pois simplesmente se não tiver um celular "top" vai ficar para trás das tendencias modernas, sua atenção é voltada para tudo de tecnologia e é claro serve para dar grande impacto na vida, sendo estudante, universitário e principalmente nas da criança.
E agora colocando em um ponto de vista como o seu eu também concordo que a tecnologia é muito bem usado e dou graças a Deus que temos o que temos, as informações, os conhecimentos, podemos simplesmente adquiri-los mais rapidamente. Mas também é bom o professor ter uma dinâmica diferenciada e não ficar só no monótono "quadro branco" como você disse.Gostei bastante do seu texto, serviu de muito incentivo e reflexão.
Um abraço, Jéssica Batista de Mel.
Olá, Bruno!
ResponderExcluirEm seu ponto de vista, qual sua opinião do uso precoce da tecnologia na vida das crianças?
Jéssica Batista de mel
Oi, Jéssica! Nunca estudei esse tipo de questão. Geralmente, minhas reflexões estão mais voltadas para o uso das mídias digitais na história. Precisaria pensar mais a respeito. Mas de uma coisa tenho certeza: é preciso regular esse uso, especialmente porque são significativos os casos de pedofilia na internet. Isso sem falar em conteúdos inapropriados que as crianças podem estar sujeitas. Isso sem falar na questão do consumismo precoce e do uso da tecnologia sem antes mesmo de ser capaz de desenvolver competências críticas. Difícil o tema, não? Acho que quando me tornar pai, viverei esse dilema de bem pertinho. Abraço, Jéssica!
ExcluirOlá, Bruno!
ResponderExcluirParabéns pelo seu texto, muito atual e me identifiquei muito com ele, como um "imigrante digital" é muito atual e uma realidade, gostaria de saber Bruno, se uma pessoa considerada analfabeta digital,(por não ter tido o acesso) mas nascida na "era digital" tem os mesmos vícios dos imigrantes digitais e ela ao tomar conhecimento da nova tecnologia de sua geração e começando a aprender, logo ela acompanhará seus colegas que já estão universalizados digitalmente e falando a mesma linguagem, ou ela terá as mesmas dificuldades dos "imigrantes digitais"?Grato!
Alan ferreira Soares
Acredito que estejamos diante de um processo de evolução, onde uma "seleção natural" (leia-se "seleção tecnológica") é irrevogável. E a evolução está acontecendo literalmente a cada década. Eu, por exemplo, sou da década de 90, e sinto uma enorme divergência na maneira de viver quando me comparo a minha irmã, da década de 2000. E ela se sentirá "ultrapassada" ao conviver com alguém da década de 2010 daqui a alguns anos, certamente. As mudanças estão acontecendo de forma muito mais rápida do que a nossa própria adaptação pode aceitar, e é evidente que nossa relação com as gerações futuras depende do quão facilmente adaptável você é.
ResponderExcluirPelo que posso observar, o grande problema é a resistência dos "imigrantes digitais". Fala-se muito sobre como as gerações mais recentes não condizem com a realidade antiquada que moldamos, mas se analisarmos de maneira biológica, quem está fazendo o certo: aquele que se adapta ao meio ou o que critica/não aceita tais adaptações?
A divergência entre gerações provém da resistência desses "imigrantes culturais", e eu noto isso quando penso na minha relação com minha irmã e com meus pais. Minha relação com a minha irmã seria muito mais direta se eu, por exemplo, usasse as redes sociais mais recentes, como Snapchat e Instagram. Já com meu pai, que não tem nenhuma rede social, minha relação não se dá tão bem quanto com a minha mãe, com quem interajo em algumas mídias sociais.
Os professores deveriam se permitir aprender - aprender de verdade, se sujeitar a isso - com seus alunos. Ouvir as conversas entre eles com algum interesse faria-nos identificar o que há em comum no cotidiano deles, e poderemos então nos adaptar a isso.
Os professores talvez tivessem mais sucesso mostrando interesse da mesma maneira que cobram, não acham?
Gabriella Meister Ortola
Olá, achei interessante seu texto, principalmente no que toca sobre essas construções de pensamento entre a geração pré-digital e a pós-digital. Como você mencionou, há uma certa estigmatização sobre aqueles que não são familiarizados aos novos modelos tecnológicos e que muitas vezes são visto como ultrapassados. Agora pergunto, como você acha que deve ser trabalhado esses novos rumos da tecnologia entre os "nativos digitais" sem desprezar ou marginalizar aquilo que antes o antecedeu?
ResponderExcluirArnaldo Foro Cirineu
Oi, Arnaldo. Obrigado pela visita. Com certeza não podemos marginalizar o que antecedeu. Isso seria uma loucura, acho que ninguém realmente acredita nesse tipo de coisa. Até porque quem criou o mundo digital foram os imigrantes, não é mesmo? (risos). Qualquer bom currículo escolar sabe disso. Sobre este ponto, acho que os dois conceitos do Pensky que eu mencionei são fundamentais: "conteúdo legado" e "conteúdo futuro". O equilíbrio e o diálogo entre os dois é essencial. Abraço!
ExcluirOlá professor Bruno.
ResponderExcluirNa era digital há muitos jovens nascidos apos 2000 e são imigrantes digitais, pois a desigualdade é muito grande e nem todos tem acessibilidade para usar as tecnologias. As escolas fornece um meio de acesso sim, mas as condições nem sempre são favoráveis para o uso.
Na era digital onde nem todos são nativos, como o professor deve fazer para fornecer um ensino de qualidade usando todos os meios fornecidos e respeitando as peculiaridades de seus alunos e meio onde atua?
Patricia Klein de Oliveira
Oi, Patrícia. É verdade. Olha, vou repetir o que disse antes aqui. Na minha opinião, cursos de formação continuada são fundamentais. Também é fundamental pressionar as secretarias de educação e governos para que estes forneçam a infra-estrutura adequada para a inclusão digital escolar. O professor, por sua vez, deve procurar sempre participar de debates, leituras, etc. Essa é uma luta coletiva. Concorda? Abraço!
ExcluirBom dia professor.
ResponderExcluirDiscutimos muito isso nas aulas de metodologia e prática de ensino, as "novas" formas de interagir com o aluno na sala de aula.
Professor, se puder tirar algumas dúvidas. A ideia de nativo e imigrante, varia muito de escola para escola, principalmente a classe social e econômica em que ela e os alunos estão inseridos.
Por mais que os jovens saibam que existem as redes sociais, internet, muitas crianças que tenho contato, nunca viram um notebook, smartphone ou tablet na vida e o nosso ensino ainda é voltado para a forma tradicional (quadro, livro didático, caderno) e quando o professor tenta ser mais alternativo e buscar outras formas de ensinar e interagir, não leva em conta que pelo menos 2 alunos da sala, não tem como ter acesso aos blogs, páginas e as pesquisas ficam comprometidas.
A minha dúvida é: como o professor pode encontrar saídas para lidar com os nativos e imigrantes na sala de aula, quando parte dos alunos, não tem acesso a internet e aparelhos?
Att
Thays Bieberbach - UNESPAR, campus de União da Vitória - Paraná
Oi, Thays, bom dia. Obrigado pela visita! Tudo bem contigo? Então, quando os alunos não tem acesso a esses bens, o papel do Estado passa a ser ainda mais importante. É preciso pressionar as autoridades públicas no sentido de equiparem as escolas para uma melhor inclusão digital dos alunos. Sem isso, não tem ginástica que o professor faça para incluir essas crianças e jovens. De qualquer forma, os números no país, apontam cada vez mais para o fim da exclusão digital, pelo menos da maneira que nós a conhecemos hoje. Em 2015, ficamos sabendo, por exemplo, que pela 1ª vez, o acesso à internet chegara a 50% das casas no Brasil. 32,3 milhões de lares estavam conectados em 2014, segundo a TIC Domicílios. Enquanto os outros 50% não forem beneficiados, temos que fazer nossa parte e exigir do governo, até porque o governo federal tem se mostrado bastante atento às questões de conectividade. Tem um site com ótimos números. Ele é o seguinte: http://www.cgi.br/ Tem muito material bom nele, fundamental para quem quer montar projetos do tipo. Abraço, Thays!
ExcluirPrezado professor ,
ResponderExcluirMeu nome é Maria Aparecida F. Sousa,
Sou estudante do Programa de Pós Graduação em História ,Ensino e Narrativas da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA.
Estou justamente estudando o uso das novas ferramentas tecnológicas no Ensino História. Nesse sentido, algumas inquietações perpassam minha pesquisa, um vez que o meu público são os alunos e professores de História da Escola pública. Nesse sentido pergunto como aliar novas tecnologias no ensino de História em escolas muitas vezes tão sucateadas?
Também gostaria que me indicasse algumas referencias sobre esse assunto.
Obrigada.
Oi, Maria. Sua preocupação é totalmente legítimas. Repito o que disse em outro comentário: quando os alunos não tem acesso a esses bens, o papel do Estado passa a ser ainda mais importante. É preciso pressionar as autoridades públicas no sentido de equiparem as escolas para uma melhor inclusão digital dos alunos. Sem isso, não tem ginástica que o professor faça para incluir essas crianças e jovens. Mas veja uma coisa interessante: aqui no Rio de Janeiro, temos centenas de escolas muito bem equipadas. Computadores novinhos e conexões super rápidas. Porém, os resultados são decepcionantes. Acho que isso nos dá o que pensar. Abraço!
ExcluirPrezado professor ,
ResponderExcluirMeu nome é Maria Aparecida F. Sousa,
Sou estudante do Programa de Pós Graduação em História ,Ensino e Narrativas da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA.
Estou justamente estudando o uso das novas ferramentas tecnológicas no Ensino História. Nesse sentido, algumas inquietações perpassam minha pesquisa, um vez que o meu público são os alunos e professores de História da Escola pública. Nesse sentido pergunto como aliar novas tecnologias no ensino de História em escolas muitas vezes tão sucateadas?
Também gostaria que me indicasse algumas referencias sobre esse assunto.
Obrigada.
ExcluirBruno Leal11 de março de 2016 08:29
Oi, Maria. Sua preocupação é totalmente legítimas. Repito o que disse em outro comentário: quando os alunos não tem acesso a esses bens, o papel do Estado passa a ser ainda mais importante. É preciso pressionar as autoridades públicas no sentido de equiparem as escolas para uma melhor inclusão digital dos alunos. Sem isso, não tem ginástica que o professor faça para incluir essas crianças e jovens. Mas veja uma coisa interessante: aqui no Rio de Janeiro, temos centenas de escolas muito bem equipadas. Computadores novinhos e conexões super rápidas. Porém, os resultados são decepcionantes. Acho que isso nos dá o que pensar. Abraço!
Estamos vivendo neste tempo muito bem colocado por PRENSKY em seu artigo e experimentado efetivamente no dia-a-dia de sala de aula todos os desdobramentos deste binômio,a minha pergunta é :até que ponto podemos dizer que essas transformações inevitáveis, importantes e irreversíveis tem verdadeiramente qualificado a relação ensino aprendizagem? caroline pasquotto garcia nascimento
ResponderExcluirOi, Caroline, Ótima pergunta. Existe uma tese muito boa que busca pensar essa questão. Você pode fazer o download aqui: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27154/tde-17052013-111229/pt-br.php Recomendo bastante a leitura!
ResponderExcluirAdriano da Silva
ResponderExcluirBoa tarde, professor Bruno.
Em nosso país, se fala muito em inclusão digital, mais parece que a realidade em muitos pontos de nosso país é outra. estou estagiando em um colégio da rede pública e vejo que em sala de aula apenas 40 por cento dos alunos, tem internet, em casa. Como podemos incluir o restante dos alunos a novas tecnologias, para que todos tenham um ensino igualitário.
Adriano da Silva.
Boa tarde professor..Eu quero saber na sua opinião,como se deve exercer um professor de História, na sala de aula?
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAs tecnologias estão cada vez mais presentes dentro do ambiente escolar e como aluna noto que muitos professores ainda tem dificuldade com esse recurso,ou até mesmo se negam a fazer usa das diversas tecnologias. O que seria possível para que não houvesse mais esses problemas com a tecnologia e sim que ela fosse usada para ajudar no ensino por todos ?
ResponderExcluirO preconceito tecnológico existe sim e eu acredito que seja fruto da ignorância,não daqueles que sofrem mais sim os que causam,até porque a tecnologia tem avançado muito rápido e está presente em quase tudo,até os jovens tem certas dificuldades com tais recursos nada mais justo que pessoas mais velhas também tenham,levando em conta também o amadurecimento do sistema nervoso que já não recebe as coisas da mesma forma e tem dificuldades para a captação de informações .
Boa Tarde Professor
ResponderExcluirgostaria de perguntar como os novos professores podem usar esses novos recursos para o ensino mais didático de História? inserindo em uma geração totalmente informatizada o interesse de pesquisa e busca de conhecimento utilizando a tecnologia?
Renan Augusto Gonçalves Costa
Olá Bruno!
ResponderExcluirSou formado recentemente em Geografia e não pude deixar de ler seu trabalho, pois abrange uma área que muito me interessa, tecnologia na educação, sobre o trecho do seu texto “A fim de evitar atritos e frustrações de ambos os lados, o autor sugere que os professores deveriam aprender a se comunicar na língua e no estilo de seus estudantes”. Não sei se concorda comigo, mas devido a toda tecnologia existente nos dias atuais e cada vez mais presente em nosso cotidiano e claro não poderia deixar de estar presente dentro das salas de aula, acredito eu que deveria ser investido mais na capacitação do professor, para que este possa fazer uso dos novos materiais didáticos tecnológicos disponíveis, pois, por exemplo, o uso do computador, celular, entre outros aparelhos tornaria as aulas mais atraentes para os alunos, o que também faria com que ocorresse uma aproximação maior entre professor e aluno, tornando as aulas por sua vez mais dinâmicas. Gostaria de saber sua opinião a respeito disso, a respeito da capacitação dos professores para cativarem essa nova geração de alunos que já nascem conectados.
Wilian de Jesus Santos
Olá novamente Bruno,
ResponderExcluirGostaria de saber sua opinião e, se pode ser possível à aplicação de uma ou várias aulas com os alunos usando algum tipo de rede social (já que fora da sala de aula e muitas vezes dentro, estes ficam boa parte do dia conectados a estas) e se este tipo de aula vingaria ou se em algum momento esta poderia fugir do controle do professor e sairia totalmente do foco principal da aula, que é a aprendizagem.
Wilian de Jesus Santos
Olá Bruno, Onde é possível encontrar registros (publicações escritas ou na rede) de utilização de "Novas tecnologias" no Ensino de História, principalmente no ensino básico?
ResponderExcluirJosé Martins Ribeiro
Olá novamente Bruno, o que pode contribuir para modificar a postura da maioria dos professores que, independente da idade, tempo de serviço, ainda resistem em incorporar as "novas tecnologias em suas aulas de História e repetir "antigos formatos"?
ResponderExcluirJosé Martins Ribeiro
Oi Bruno por que os "nativos digitais" insistem em manter velhas práticas educacionais. Senti falta do whatsapp em seu texto esse aplicativo é bem popular atualmente e usado tanto no ambiente escolar quanto para o mercado de trabalho.
ResponderExcluirBruno da Silva Figueiredo
Olá, professor o senhor poderia mencionar no texto o fato de que as novas tecnologias facilitam o intercâmbio de ideias e a interdisciplinariedade mas que infelizmente nem sempre isso ocorre. Professor muitas pessoas nascidas antes de 1980 ainda resistem em usar as novas tecnologias e muitas delas são professores inclusive em universidades públicas federais o que fazer para estimular quem nasceu e vive digamos no mundo off-line a usar as novas tecnologias e entender que a sociedade muda?
ResponderExcluirRaquel Duarte de Lima Figueiredo
Prezado Bruno.
ResponderExcluirNa pergunta que te fiz acima, acho que estava fazendo quando teclei algo errado e a pergunta foi pela metade. Mas concordo totalmente com você quando vc se reportou à universidade. Assim:
"E não só a escola está presa a esses "resultados utilitários". Mas a própria universidade. Não muda muita coisa: notas (os temidos CRs), boletins (que passam a se chamar "histórico escolar"), avaliações que não avaliam, relações de poder desequilibradas, etc. Tá tudo lá nos corredores universitários. Há muito o que ser repensado e, na medida do possível, mudado."
Concordo integralmente, e acho que, nas universidades, os cursos de História, que deveriam ser os primeiros a "dizerem o passado" de outra forma. Não quis desenvolver isso na pergunta. Achei que não era hora. Mas toda uma conversa acerca de "renovação" ou "revisão de hábitos", ou "revisão de ethos", passa pela revisão de nossos cursos. Concordo contigo integralmente. A "velhice" conservadora dos nossos cursos se apegam a interesses, claro, mas a princípios que parecem deixá-los estagnados numa época dos telefone com fio... Por aqui, tudo bem. Trabalho demais e dinheiro para atividades de menos. Temos trabalhado e, de algum jeito, colocando a webquest. Estamos na web como http://janelaparaahistoria.unespar.edu.br/home.html. Abs. Bruno Flávio Lontra Fagundes